Avaliação da eco-exérgia da comunidade de macroinvertebrados como indicadora da qualidade ecológica de rios da Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Rafael Dellamare da
Orientador(a): Baptista, Darcílio Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23804
Resumo: Sistemas de indicadores biológicos para mensuração da qualidade ambiental vêm sendo amplamente utilizados para gestão de ecossistemas aquáticos. Recentemente, tem se investido na avaliação de orientadores holísticos termodinâmicos com objetivo de capturar uma imagem total do ecossistema, através da análise e qualificação dos fluxos de energia. A Eco-exérgia é usada principalmente para resumir a dinâmica complexa dos ecossistemas lóticos. A eco-exérgia representa uma qualificação da energia e mensura a quantidade de trabalho que um sistema pode realizar enquanto se distancia do equilíbrio termodinâmico com o ambiente, sendo uma medida efetiva para expressar o nível de organização e informação das comunidades. O presente estudo teve como objetivo, descrever a tendência temporal das eco-exérgias e analisar seu potencial como indicadora de impacto em comunidades de macroinvertebrados em um gradiente de impacto em rios tropicais da Floresta Atlântica no sudeste brasileiro. Foram selecionados 12 riachos pertencentes a duas tipologias de leito de rios (leito rochoso e sedimentar). Os rios foram enquadrados em três classes de integridade ambiental (referência, intermediária e impactada). Amostragens das comunidades foram realizadas em dois períodos anuais (inverno/verão) por dois anos Para o cálculo das eco-exérgias, a biomassa dos organismos individuais foi quantificada e os táxons enquadrados em 5 grupos funcionais tróficos de alimentação: carnívoro, onívoro, herbívoro, detritívoroherbívoro e detritívoro. Foram utilizados os fatores de ponderação específicos para cada grupamento trófico ( -valores) e as respectivas biomassas individuais para aferir os diferentes tipos de eco-exérgias. Os índices das Ecoexérgias total e específica (estrutural) foram utilizados para caracterizar o estado termodinâmico das comunidades num gradiente de impacto. Os resultados indicam alta estabilidade sazonal para ambas as Eco-exérgias. As correlações de Spearman entre as eco-exérgias contra o primeiro eixo da PCA ambiental revelou que apenas as eco-exérgias tróficas de organismos onívoros, herbívoros e detritívoro-herbívoros foram significativamente correlacionadas ao gradiente de impacto. Entretanto, todos os tipos de ecoexérgias demonstraram potencial para serem usadas como indicadoras termodinâmicas e auxiliar na expressão do grau de complexidade e estabilidade dos ecossistemas aquáticos de rios