Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Guilardo Fontes |
Orientador(a): |
Araújo, Leila Maria Batista |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35448
|
Resumo: |
Avaliar a prevalência da disfunção pulmonar em indivíduos com peso normal, com sobrepeso e com diversas classes de obesidade em ambos os gêneros, correlacionando essas possíveis disfunções com a distribuição da gordura corpórea. Neste estudo, analisou-se a função ventilatória de 156 indivíduos voluntários (79 mulheres e 77 homens), sendo 85 obesos, 39 com sobrepeso e 33 com peso normal, com idade de 15 a 51 anos, procedentes do ambulatório do Hospital Professor Edgard Santos (HUPES), ou provenientes da clínica privada. Excluíram-se os indivíduos com asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e outras patologias sistêmicas ou pulmonares, fumantes e portadores de deformidades torácicas. Os exames foram realizados com espirômetro computadorizado Anamed modelo 486, importado dos Estados Unidos, sendo revisado e atualizado na versão 2000, utilizando-se como parâmetros normais da espirometria, as tabelas de referência nacional. Para cada paciente foram realizadas três avaliações e, pelo menos, duas deveriam ser aceitáveis para permitir a sua inclusão na análise final, seguindo as normas da American Thoracic Society (ATS). Observou-se que 44,2% (69/156) dos indivíduos apresentaram anormalidade na função ventilatória. Houve uma nítida associação dos distúrbios ventilatórios com o aumento da classe de obesidade (p <0,0001). Os indivíduos com sobrepeso apresentaram disfunção ventilatória em 28,1%, enquanto que nos obesos de classe 1, II e III apresentaram 56,7%, 52,1% e 78,1% respectivamente. Quanto à gravidade da disfunção ventilatória, foi observado ser de padrão grau leve em 89,9% (62/69) e de grau moderado em 10,1% (7/69). Nas mulheres o padrão obstrutivo foi o mais prevalente 26,6% (21/79), seguídos de misto em 12,7% (10/79) e restritivo em 5,1% (4/79) e nos homens predominou o padrão misto em 20,8% (16/77) seguido de obstrutivo em 13% (10/77) e restritivo em 10,4% (8/77). Nesse estudo, todos os 69 indivíduos que apresentaram anormalidades na função ventilatória, foram submetidos à prova farmacodinâmica com salbutamol. Houve resposta positiva em 55,1% (38/69) indivíduos, sendo 60.5% (23/38) em mulheres e 39,5% (15/38) em homens, cuja diferença não foi significativa. Em relação à distribuição da gordura corporal, houve uma nítida associação entre adiposidade central e disfunção ventilatória em ambos os gêneros. Os parâmetros utilizados para aferir essa correlação foram a relação cintura/quadril (p=0,0l9) e a medida da circunferência abdominal (Pr=0,000), caracterizada como cintura de risco, para os homens, quando a medida da circunferência foi 95 cm, e para as mulheres a medida da circunferência 80 cm. Concluiu-se que distúrbios da função ventilatória são comuns em indivíduos com sobrepeso e obesidade e a espirometria poderia ser incluída na avaliação clínica geral dos mesmos. |