Contribuição para o Controle da Qualidade de vacinas inativadas: estudo da decomposição da betapropiolactona em solução aquosa e na presença dos tampões HEPES e TRIS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Joyce Alves da
Orientador(a): Leandro, Kátia Christina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38665
Resumo: A vacina contra febre amarela utilizando o vírus atenuado apresenta um histórico de segurança e eficácia, no entanto os relatos esporádicos de eventos adversos em indivíduos sadios e a contraindicação da imunização em indivíduos imunocomprometidos, incentivam o desenvolvimento de pesquisas em prol de uma formulação utilizando o vírus inativado. Dentre as formas de inativação viral, a inativação química utilizando a betapropiolactona é a mais imunogênica. Para vacinas já disponíveis no mercado que utilizam esta forma de inativação órgãos internacionais especificam limtes residual abaixo de 25 nanogramas por 0,5 mL, em função do potencial cancerígeno da BLP. Dessa forma, torna-se fundamental o desenvolvimento de metodologia analítica sensível para a detecção do residual da BPL na vacina contra a Febre Amerela. No presente trabalho foram desenvolvidas metodologias utilizando a CGAR e CLAE com diferentes detectores e a escolha da metodologia mais adequada foi auxiliada pela espectroscopia de RMN de hidrogênio (1H) e carbono (13C). O método proposto para o estudo da BPL nas soluções virais em meio aquoso e tampão TRIS e HEPES foi a CLAE-UV em fase reversa, coluna C18, comprimento de onda 195 nm e fase móvel composta de solução de ácido fórmico 0,1% pH 2,5: Acetonitrila (60:40). Em 105 minutos o residual de BPL em tampão HEPES foi indetectável e nos demais meios testados até 150 minutos ainda foi possível detectar sinal relativo à molécula. A BPL se decompôs em meio aquoso a 40C seguindo um modelo de pseudo primeira ordem. Em meio aquoso a 20 0C e em tampão TRIS, o decaimento ocorreu seguindo o modelo de pseudo segunda ordem. Em tampão HEPES as reações ocorreram rapidamente impossibilitando a determinação da cinética. A mudança nos modelos de decaimento para a BPL a 4 0C e 20 0C confirmou experimentalmente a grande influência que a temperatura exerce sobre as reações com BPL e a diferença observada no comportamento da molécula nos dois tampões estudados confirmou a que natureza dos nucleófilos modifica a estabilidade da molécula. Os resultados revelaram que o método proposto é promissor para uma avaliação semi quantitativa da BPL nas soluções virais, além de contribuir na investigação do comportamento da BPL na presença de nucleófilos. Para tal, o método precisa ser otimizado e validado para uso em rotina de Controle da Qualidade da produção de vacina inativada contra o vírus da febre amarela de forma a garantir a segurança da vacina a ser oferecida à população.