Bases para o planejamento de estratégias de educação em segurança sanitária alimentar para portadores de HIV/AIDS ambulatoriais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Leite, Luísa Helena Maia
Orientador(a): Waissmann, William
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8250
Resumo: Os propósitos deste estudo foram avaliar os conhecimentos, as percepções e práticas sobre segurança alimentar entre nutricionistas e portadores de HIV/AIDS ambulatoriais, visando o planejamento de estratégias educacionais para prevenir doenças transmitidas por alimentos (DTA). O modelo educacional PRECEDE-PROCEED, foi usado para identificar os fatores comportamentais e não comportamentais relacionados ao problema de saúde. O estudo foi conduzido em 14 unidades públicas de saúde, localizadas no Rio de Janeiro. Questionários validados em torno de cinco temas (contaminação cruzada, higiene pessoal e ambiental, controle de temperaturas e controle de alimentos de fontes inseguras) foram aplicados para 26 nutricionistas e 444 portadores de HIV/AIDS para o diagnóstico educacional. A análise dos fatores predisponentes mostrou para nutricionistas e pacientes: baixo nível de conhecimentos sobre segurança alimentar (< 50 por cento de acertos); baixa prevalência de aconselhamento em segurança alimentar (42 por cento) e alta prevalência de falhas de segurança alimentar, entre os pacientes, tais como: somente 16,2 por cento higienizam vegetais crus com solução de hipoclorito; 77 por cento nunca fervem a água para consumo; 64,0 por cento descongelam as carnes à temperatura ambiente e 30 por cento consumiram alimentos de risco, nos últimos 6 meses. Os fatores facilitadores ou barreiras revelaram falta de motivação, baixa percepção de risco e baixa auto-eficácia sobre segurança alimentar e HIV/AIDS. Os fatores de reforço revelam que 71 por cento dos pacientes, nunca receberam informações sobre segurança alimentar nas consultas hospitalares. Os resultados sugerem a necessidade da implentação de estratégias educacionais, tais como: a educação continuada de profissionais de saúde sobre segurança alimentar e o desenvolvimento de habilidades para motivar a educação em segurança alimentar de pessoas imunodeprimidas.