Propriedade das normas de lançamento de esgoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Amigo, Nisete Augusto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4719
Resumo: As normas utilizadas na avaliaçäo de lançamento de esgotos, NT-202, DZ-205 e DZ-215, foram utilizadas, para verificar se os esgotos domésticos, portanto de origem näo industrial, realmente mantêm esta condiçäo nos dias atuais, década de 90 e com cinqüenta anos de evoluçäo da industria química. O esgoto bruto, estudado, representativo de uma populaçäo de 4000 habitantes, apresentou uma carga orgânica unitária de 98 g/hab.d, maior do que a prevista pela DZ-215, que é de 54 g/hab.d. A concentraçäo de MBAS encontrada, de 6,09 mg/l, é maior que a concentraçäo permitida pela NT-202 para o lançamento industrial, na rede de esgotos, que é de 2,0 mg/l; implica num consumo percapita de surfactante de 2,9 g/hab.d, contra 4,0g/hab.d previstos na Europa Ocidental (Painter & Zabel, 1988) e 4,5 g/hab.d em Owlwood, U.K (Holt, et al., 1995). Os metais pesquisados estäo todos abaixo dos valores preconizados pela NT-202. O cádmio foi o que registrou maior percentual comparado com limite exigido, 29 por cento , seguido igualmente do chumbo e do zinco com 18 por cento, e, ainda, a maior variaçäo percentual de crescimento do consumo percapita. Esse crescimento poderia ser uma tendência ligada ao consumo exagerado, quer por desperdício ou excesso de oferta de produtos, somado, provavelmente, ao controle inadequado desses elementos nos produtos. A relaçäo DBO/DQ, de referência para a NT-205 (FEEMA, 1991) como indicativo da necessidade de implantaçäo de sistema de pré-tratamento de controle de carga orgânica näo-biodegradável, a ser lançada na rede de esgotos, por uma atividade poluidora industrial. Essas tendências devem ser consideradas, para que se busque formas de controle aplicáveis aos esgotos domésticos, ante a expectativa de mais alteraçöes futuras. A carga industrial, pontual, pode ser devidamente controlada para näo agredir o meio ambiente, ou, aos cofres públicos, com demandas näo previstas para as ETE'S. O controle de uma carga difusa - esgoto doméstico - formada pelos mais variados produtos domissanitários, cosméticos e de higiene, exigirá, num futuro próximo, outras formas de controle, para que näo atinja valores que venha a comprometer o tratamento municipal de esgotos e o meio ambiente.