Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Martinez Fernandes, Nilo |
Orientador(a): |
Castiel, Luís David |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5024
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Resumo: |
O objetivo principal deste estudo qualitativo foi investigar, através das narrativas, as construções simbólicas e imaginárias de voluntários dispostos a participar de um ensaio de vacina anti-HIV. Foi utilizado o banco de dados do Projeto Praça Onze, um estudo de soroincidência, preparatório de um futuro ensaio de vacina anti-HIV, realizado no Rio de Janeiro entre 1995 e 1998. O Projeto estava localizado no centro do Rio de Janeiro, no Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA/UFRJ). A população-alvo deste projeto era a de homens que fazem sexo com homens (HSH). O método de pesquisa foi o de construção de fontes orais, que prioriza o falar como recurso importante e revelador não só da subjetividade, mas também das visões de mundo inseridas nas suas condições históricas, sócio-econômicas e culturais. A análise e interpretação dos dados foi construída a partir dos marcos teóricos da análise indiciária, apresentada por Carlo Ginzburg (1995). As entrevistas indicaram que a AIDS ainda é um grave problema para os HSH e que a adesão desta população a ensaio de vacina é influenciada por múltiplas motivações. Inicialmente, os voluntários procuram o projeto pela necessidade de conhecer seu status sorológico, por ter tido uma prática sexual de risco. Depois do resultado negativo do teste anti-HIV, passam a ter outras motivações. Estas podem ser desde motivações de fundo altruístas e de “prestígio”, até um certo “mito de batalha” contra o HIV. É também marcante o engajamento dos homossexuais nesta luta contra a epidemia de AIDS, motivados pelo impacto sofrido por esse grupo em particular. Em muitos dos relatos pode ser identificado um sentimento de solidariedade e de “honrar” os amigos, que vivem ou morreram com a doença. |