Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Medrado, Ana Teresa Amoedo |
Orientador(a): |
Rabelo, Maria Marcílio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34654
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Resumo: |
A osteoporose (OP) é uma das doenças osteometabólicas mais importantes da atualidade, sendo reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um significativo problema de saúde pública. Com o aumento da expectativa de vida, observado no último século, sua incidência e prevalência têm aumentado consideravelmente.A OP é mais freqüente nas mulheres, mas também ocorre em homens, sendo estes responsáveis por 20% dos casos. Contudo esta doença apresenta distribuição diferente entre os gêneros. A OP masculina apresenta um padrão distinto de prevalência em relação à faixa etária (bimodal), maior prevalência de OP secundária e taxas mais altas de morbimortalidade. Avaliar a prevalência de OP e osteopenia (OE) masculina em um serviço de densitometria óssea na cidade de Salvador-Bahia, bem como identificar os prováveis fatores associados a esta doença. Foram avaliados questionários padrão de um serviço de densitometria óssea (DO) na cidade de Salvador-Bahia, no período de março de 1998 a dezembro de 2002, e selecionados pacientes que preenchiam os critérios de inclusão. A avaliação foi feita com ficha protocolo contendo dados de identificação, dados do exame de densitometria óssea e fatores associados (FA) à OP (tabagismo, sedentarismo, ingestão de café, uso de corticosteróides, ingestão de bebidas alcoólicas, dieta pobre em cálcio, história familiar de OP, uso de quimioterapia antineoplásica, uso de hormônio tireoidiano, história de transplante renal, diagnóstico de diabetes melfitus, artrite reumatóide, espondilite anquilosante e história de cirurgia do trato digestivo). Na análise estatística, foram calculadas medidas de ocorrência epidemiológica, prevalência de OP e OE e prevalência de FA à OP. Para medida de associação epidemiológica, calculou-se a razão de prevalências com intervalo de confiança (IC) de 95%. Também foram utilizados testes para comparação de médias de idade e associação de OP e OE em coluna lombar (CL) e fêmur proximal (FP). Foram selecionados 283 pacientes com média de idade de 63,62 anos e desvio padrão de 12,89 anos. Os pacientes foram agrupados de acordo com a faixa etária (FE) de 20 a 39 anos, 40 a 59 anos e acima de 60 anos, sendo que este último grupo englobou 65,3 dos pacientes. A prevalência de OP foi de 29,68% e, de OE, de 57,60%. Em relação à FE, a prevalência de OP apresentou um padrão bimodal, com o primeiro pico no grupo de 20 a 39 anos (3O%) e, o segundo, no grupo com mais de 60 anos (35,14%). A prevalência de OE em relação à FE apresentou uma tendência crescente com a idade. A prevalência dos FA à OP nos pacientes com OP revelou o uso de corticosteróides e o sedentarismo, como os mais freqüentes, e a ingestão de café, como o menos freqüente. Houve uma associação significativa entre a presença de OP em CL e FP, simultaneamente. A pesquisa de OP através das DO, nesta amostra, é menos freqüente nos homens do que em mulheres. A prevalência de OP masculina em um serviço de DO na cidade de Salvador-Bahia foi maior que a descrita na literatura. A prevalência de OE, nesta amostra, foi maior do que a prevalência de OP. A idade avançada foi um fator de risco importante para a presença de OP. A prevalência de OP no homem obedeceu a um padrão bimodal em relação à idade, com um pico no grupo de 20 a 39 anos e outro no grupo acima de 60 anos, semelhante à literatura. Nesta amostra, o uso de corticosteróides e o sedentarismo foram os FA à OP mais freqüentes nos pacientes com OP, e a ingestão de café, o menos freqüente. |