A África do Sul de Mandela bioética, biopolítica e biopoder: considerações sobre o exercício da representação social e política - relação entre representantes e representados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Simplicio, Jairly Guimarães
Orientador(a): Schramm, Fermin Roland
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47587
Resumo: O presente trabalho intenta estudar e analisar as relações entre representante(s) e representado(s) dentro do Estado, sob uma perspectiva bioética. Neste trabalho serão estudadas as três principais Teorias Contratualistas do Estado, produzidas pelos pensadores Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau e John Locke. Estas teorias apresentam o "Estado de Natureza" onde todos poderiam tudo sem qualquer limite, gerando um ambiente social hostil, instável, inseguro e violento. Era esse o contexto social que antecedeu e motivou o surgimento do Pacto e/ou Contrato Social, celebrado pelo Corpo Político, tendo como resultado o advento do Estado Soberano. Junto com o Estado surgem as relações de representação como uma delegação da função representativa, atribuída pelo(s) representado(s) ao(s) representante(s), a fim de que estes expressem as vontades daqueles perante o Estado. Da mesma forma, em uma sociedade funcional, o papel desempenhado pelo(s) representante(s) do Estado junto a estas sociedades deve coadunar-se com os objetivos definidos no contrato social constituinte do Estado \2013 a promoção do bem-estar coletivo. A não correspondência no exercício destes mandatos aos propósitos, originalmente pactuados, representa um desvio ético, pois implica um conflito de interesses na dinâmica da representação. A persistência no desvio da finalidade da representação desencadeará a corrosão do sistema de representação sócio-político desta sociedade. No entanto, este trabalho optou por analisar uma relação de representação social e política, eticamente bem exercida e por isso bem-sucedida em transformar sua dura realidade. Devido ao êxito, amplamente reconhecido, esse emblemático movimento-processo social e político tornou-se o objeto deste trabalho. Esse extraordinário evento social e político foi: "O Movimento pelo fim do regime do apartheid e a democratização da África do Sul", representado pela liderança e trajetória política de Nelson Rolihlahla Mandela, primeiro presidente negro da África do Sul. Este trabalho destaca o potencial e a potência da Bioética como "caixa de ferramentas e instrumentos" de análise, de resistência, de ação normalizadora, normatizadora e reguladora, de intervenção, da proteção contra a biopolítica, o biopoder, e por fim, de harmonização da vida (bíos).