Ocorrência de hiperpotassemia em portadores de insuficiência cardiaca classes funcionais III e IV em uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina associada ou não a espironolactona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Cruz, Constança Margarida Sampaio
Orientador(a): Souza, Carlos A. Marcílio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34007
Resumo: Ensaios clínicos randomizados inclusive o The Randomized Aldactone Evaluation Study (RALES), vêm preconizando a associação de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECAs) e espironolactona (SLN), entre outras drogas, para o tratamento da insuficiência cardíaca demonstrando queda na mortalidade global para o grupo que usou espironolactona quando comparado ao uso de placebo. Apesar da ocorrência de hiperpotassemia ter sido baixa nestes estudos, há diversos relatos de ocorrência de hiperpotassemia severa na literatura quando tais drogas são associadas. Conduzimos um estudo de coorte retrospectivo através de amostragem consecutiva de portadores de insuficiência cardíaca internados no Hospital Santo Antonio, Salvador, Bahia, Brasil, entre março de 1999 a março de 2000. Analisamos os seus prontuários durante o período de 30 dias de internação, registrando o potássio sérico pré e pós-exposição a diferentes esquemas terapêuticos até o desenvolvimento de um dos seguintes desfechos: hiperpotassemia, alta ou óbito. Hiperpotassemia ocorreu em 32,65% dos pacientes que fizeram uso da associação IECA e espironolactona independentemente do uso de outras drogas (16 casos de hiperpotassemia em um total de 49 pacientes) versus 2,0% dos pacientes que fizeram uso de IECA sem espironolactona independentemente de outras drogas (01 caso de , hiperpotassemia em um total de 51 pacientes) O odds ratio de desenvolvimento de hiperpotassemia quando comparados os pacientes que usaram IECA e espironolactona versus IECA sem espironolactona foi de 24,24, (1 C 95% 3,07 a 191,65) pacientes que usaram a associação IECA e espuronolactona independentemente de outras drogas para tratamento de insuficiência cardíaca estiveram sob maior risco de desenvolver hiperpotassemia do que os pacientes que usaram IECA sem espironolactona (odds ratio = 24,24; I.C. 95%: 3,07 a 191,65).