Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Castro, Rafael Dias de |
Orientador(a): |
Facchinetti, Cristiana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16091
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Resumo: |
O objeto deste trabalho é a circulação e as apropriações da psicanálise pela psiquiatria no Rio de Janeiro no início do século XX. O objetivo principal será o de investigar de que modo a teoria psicanalítica foi recepcionada pelos psiquiatras num amplo contexto de discussão de projetos para a nação brasileira. Para demarcar o grupo de psiquiatras-psicanalistas no Rio de Janeiro no recorte em questão, nos apropriamos do conceito de geração proposto pelo sociólogo Karl Mannheim (1928). Através da proposta metodológica da teoria da recepção/teoria da ação e as discussões sobre as relações entre recepção e circulação de teorias científicas, trabalhamos com a concepção de que não existem interpretações falsas ou corretas quando se fala em recepção de textos, mas sim que a interpretação de cada leitor sobre determinada obra se dá a partir de influências sociais, históricas e experiências pessoais. Nesse sentido, adotando como recorte cronológico os anos de 1926 a 1944, buscamos mostrar como os discursos médicos psiquiátricos que se fundamentavam em pressupostos psicanalíticos tentavam dar conta de detectar e educar o primitivismo do brasileiro (o id nacional), com o intuito de ajustar seus valores e comportamentos aos ideais do mundo moderno e civilizado. A função da teoria psicanalítica neste projeto seria sustentar os discursos que recomendavam a educação ou evolução do id primitivo brasileiro (ligado às paixões, aos impulsos, aos excessos, aos comportamentos desviantes) para que se transformasse num ego civilizado , para enfim se encontrar a identidade nacional. |