Avaliação do potencial terapêutico de monócitos e vias de ativação de macrófagos em modelos experimentais de hepatopatias crônicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Veruska Cintia Alexandrino de
Orientador(a): Oliveira, Sheilla Andrade de, Figueiredo, Regina Célia Bressan Queiroz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23221
Resumo: As doenças crônicas do fígado são caracterizadas por alterações no processo de reparo tecidual, resultando na deposição excessiva de tecido fibroso e inibição da dinâmica de regeneração. Atualmente não há métodos terapêuticos eficazes para as hepatopatias avançadas, e a terapia celular tem aberto novas perspectivas de tratamento. Nesse contexto, os monócitos têm se destacado como potenciais candidatos ao transplante celular, devido à sua plasticidade e envolvimento nos processos de inflamação e reparo. Assim, o presente estudo avaliou os efeitos terapêuticos de monócitos derivados de medula óssea em modelos experimentais de lesão hepática crônica. Para isso, Camundongos C57BL/6 foram utilizados para a obtenção de dois modelos de injúria hepática: 1) Modelo tóxico, induzido por tetracloreto de carbono (CCl4) e etanol, e 2) Modelo parasitário, induzido por infecção pelo Schistosoma mansoni. Após o estabelecimento dos modelos de lesão hepática, monócitos isolados por separação imunomagnética, a partir da medula óssea de camundongos doadores, foram administrados via endovenosa nos animais com hepatopatias. Os efeitos da terapia foram avaliados por meio de análises morfológica, morfometria, avaliação bioquímica, imunológica e de expressão gênica. A terapia com monócitos promoveu redução significativa da fibrose hepática e do estresse oxidativo. Além disso, citocinas pró-inflamatórias e fatores pró-fibróticos foram reduzidos, bem como fatores anti-inflamatórios e anti-fibrogênicos tiveram seus níveis aumentados. O transplante de monócitos induziu alterações significativas na expressão hepática de alfa-actina de músculo liso (α-SMA), além de mudança nos níveis de expressão de marcadores de perfis de ativação de macrófagos. Pôde-se concluir que a terapia com monócitos foi capaz de promover diminuição do quadro de fibrose hepática em modelos murinos de lesão crônica de fígado, reduzindo o estresse oxidativo e inflamação e atuando na regulação de mediadores da fibrogênese.