Espectroscopia de reflectância e imageamento hiperespectral no depósito do tipo escarnito de W-Mo de Brejuí (RN), Faixa Seridó, Província Borborema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: COSTA, Manoel Augusto Corrêa da
Orientador(a): SOUZA FILHO, Carlos Roberto de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/22366
Resumo: O depósito do tipo escarnito de W-Mo de Brejuí é historicamente conhecido como a maior reserva brasileira de minério de tungstênio, sendo o principal depósito de scheelita na Província de Tungstênio de Seridó (Faixa Móvel Seridó, Província Borborema, nordeste do Brasil). Os corpos de minério estão hospedados em uma seqüência supracrustal do Grupo Seridó (610 - 650 Ma) e posicionados próximos à margem do plúton Neoproterozóico Acari (Orogenia Brasiliana). Este depósito foi imageado pelo sensor hiperespectral aerotransportado ProSpecTIR ™ - VS. Adicionalmente, medidas espectrais pontuais (ASD-FieldSpec-3 Hi-Resolution) foram realizadas nas amostras de rocha de testemunhos de sondagem e afloramentos deste depósito, bem como a aquisição de dados de imagem hiperespectral das amostras dos testemunhos (Specim SisuCHEMA ™). Análises de difração de raios-X, química mineral e estudos petrográficos também foram realizados para confirmação dos resultados espectrais obtidos. A assembleia de minerais hidrotermais espectralmente detectada (misturas espectrais) inclui: (i) vesuvianita, actinolita e flogopita (zona da escapolita-vesuvianita), (ii) epidoto, prehnita, illita muscovítica (zona do epidoto-prenita) e (iii) laumontita, montmorilonita, clorita, gipso (zona da zeólita). O imageamento hiperespectral das amostras revelou processos de overprinting entre as três zonas hidrotermais. A alteração da flogopita (zona escapolita-vesuvianita) para clorita (zona zeólita) foi espectralmente identificada pelo deslocamento da feição de absorção relacionada à molécula de Fe-OH (2246 nm - 2251 nm) nas misturas espectrais dos escarnitos. A identificação de actinolita presente nas três zonas hidrotermais (overprinting) permitiu o desenvolvimento de um índice espectral prospectivo, avaliando-se as misturas espectrais entre a actinolita e as fases minerais mais hidratadas da zona do epidoto-prenita (illita) e da zeólita (montmorilonita e laumontita). Este índice espectral permitiu mapear camadas de escarnito mineralizadas (WO3 + Mo > 0,1%) ao longo dos testemunhos de sondagem. Na superfície de intemperismo, as assinaturas espectrais dos escarnitos saprolitizados convergem para misturas espectrais formadas principalmente por laumontita, actinolita, prehnita (fases minerais primárias), montmorilonita (fase mineral primária ou secundária), nontronita e caulinita (fases minerais secundárias). A classificação dos dados de imageamento hiperespectral aéreo permitiu mapear os regolitos dos escarnitos de W-Mo, utilizando-se de membros finais (endmembers) contendo misturas espectrais com feições de absorção relacionadas à actinolita, prehnita e nontronita, posicionadas em ~ 2290 nm e ~ 2315 nm.