Integração de dados multifonte e implicações para a evolução geológica e metalogenética da Bacia de Castro, Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: MARQUES, Ivan Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/23911
Resumo: Localizada no estado do Paraná, a Bacia de Castro apresenta preenchimento vulcanossedimentar. Nesta bacia há uma mina de ouro em implementação e minas inativas de hematita e argila, além de outras ocorrências minerais. As ocorrências auríferas são classificadas na literatura epitermais do tipo low-sulfidation, porém há poucas informações sobre a gênese da hematita e da argila. Este trabalho propôs estudar a evolução do sistema mineral da Bacia de Castro e suas relações com a história magmática e tectônica da bacia. Para atingir esse objetivo foram utilizados dados de: mapeamento geológico e de caracterização das zonas de alteração hidrotermal, processamento e interpretação de dados geofísicos e de sensoriamento remoto; petrografia; inclusões fluidas; litogeoquímica; geoquímica prospectiva; difração de raios X; isótopos estáveis; e geocronologia. A partir dos dados de campo, geoquímica prospectiva, geofísica e sensoriamento remoto foram criados mapas convencionais e gerados por scripts utilizando técnicas de machine learning, os quais ressaltaram novas áreas prospectivas. Inclusões fluidas, análise dos difratogramas e isótopos estáveis balizaram as temperaturas e composições fluidos dos sistemas minerais da bacia. Resultados geocronológicos e litogeoquímicos correlacionaram o magmatismo félsico da bacia com os álcali-feldspato granitos do tipo A2 presentes no embasamento. Interpreta-se que esse evento magmático foi correlacionado com a ascensão mantélica pós-orogênica, que gerou um sistema de riftes que acomodou a Bacia de Castro. Os depósitos de maior teor e baixo volume de ouro são associados a veios e zonas silicificadas e apresentam dois tipos de controles estruturais distintos. Parte dos veios são controlados pelas estruturas associadas aos horsts e grabens internos da bacia e os restantes pelo contato basal de derrames riolíticos, devido ao contraste de permeabilidade. Também na base de derrames foi observada alteração sericítica com lithophysae associadas. A zona de alteração sericítica relacionada a este contexto tem potencial para gerar depósitos de baixo teor de ouro e alto volume. A semelhança da composição isotópica dos fluidos magmáticos formadores das lithophysae e dos veios de quartzo auríferos controlados pelo contato basal dos derrames sugere a conexão entre estes sistemas. Devido ao seu ambiente tectônico, a bacia tem potencial para hospedar também depósitos do tipo intermediate-sulfidation. As ocorrências de hematita hidrotermal são conectadas com estruturas profundas e podem representar partes rasas de um sistema IOCG. Os depósitos de argila apresentam origem hidrotermal, são relacionados com os sistemas epitermais e representam blankets, o que denota a baixa erosão da bacia. Parte da Bacia de Castro e do seu embasamento são recobertos por sedimentos cenozoicos não cartografados anteriormente, sendo a unidade denominada aqui como Formação Castrolanda.