Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Zim, Aline Stefânia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UniCEUB
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/14526
|
Resumo: |
O problema central da tese “O alto e o baixo na arquitetura” é desenvolvido a partir do estranhamento dos sistemas de classificações. O suporte categórico vem do Formalismo russo, movimento que revolucionou a Teoria Literária na segunda década do século XX. Sugerem-se dois conceitos fundamentais, o da automatização da linguagem e o de estranhamento sobre o sistema de classificações, que serão a base para formar a constelação categórica entre os estudos de caso, os recursos da arquitetura e os recursos da Teoria Literária. A partir da problematização central, apresenta-se uma análise dos gêneros que põe em visão panorâmica as dicotomias convencionadas em torno da verdade e representação, dos recursos de elevação e rebaixamento, do popular e erudito, dos sagrados e profanos, da beleza e da feiura. Os conceitos são direcionados às contradições e tensões inerentes ao objeto arquitetônico, questionando-se as verdades por trás das convenções estabelecidas. Os estudos de caso compreendem uma cadeia genética que é o fio condutor da tese e que dará sentido à constelação categórica. Cronologicamente, o movimento inicial foi dado por Dismaland, sendo o primeiro objeto a ser estranhado. Criou-se então a seguinte estrutura hipotética: a instalação parodia o best-seller “Disney” que se sustenta pelo gosto popular (kitsch), sendo um gênero menor que imita o elevado. O elevado é representado pelo castelo da Baviera, uma estilização dos castelos medievais. Mais do que estudar a perspectiva da arquitetura como expressão renegada, estudam-se os gêneros e as espécies renegadas. Ao questionar-se as classificações dentro dos sistemas arquitetônicos, questionam-se os critérios que definiram os exemplares e os renegados. O olhar particular pode revelar, além da realidade aparente, a realidade oculta. O conceito de aparência, nesse sentido, dialoga com a ideia da beleza aparente como verdade. Estudar a arquitetura no sistema das artes é um meio de elevar algo que foi rebaixado, deixando o objeto em si em segundo plano, assim como estudar os “renegados” na arquitetura pode, igualmente, deslocar o foco do objeto para o sistema que o envolve. Diante dessa contradição, o trabalho sugere dois movimentos: a visão panorâmica do sistema de convenções e classificações da arquitetura e a visão particular de determinadas obras como chaves hermenêuticas de interpretação desse mesmo sistema que as compõem. Em outras palavras, a sinédoque: ver a parte no todo e o todo no fragmento. Admitindo-se que a Literatura Comparada pode contribuir fundamentalmente para o desenvolvimento da disciplina de “arquitetura comparada”, propõese o deslocamento de alguns dos recursos de elevação e de rebaixamento da literatura para objetos arquitetônicos. Estudam-se os recursos e gêneros da dissimulação, ou seja, do disfarce e do ocultamento da verdade. Quem ri de quem? Quem parodia e quem é parodiado? São perguntas que permeiam o texto na tentativa de revelar os agentes ocultos, disfarçados pelos recursos de automatização da experiência e de supressão da linguagem. |