A moralidade dos artefatos técnicos: reflexões sobre a educação tecnológica a partir da Escola Holandesa de Filosofia da Tecnologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Ana Paula da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica
Brasil
CEFET-MG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/498
Resumo: Esta pesquisa procura associar os conceitos de “moralidade”, “artefatos técnicos” e “educação tecnológica” sob a perspectiva teórica da Escola Holandesa de Filosofia da Tecnologia. Especificamente, o trabalho busca investigar aspectos nos quais essa Escola Filosófica contribui para a Educação Tecnológica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada através de pesquisa bibliográfica e da descrição de um estudo de caso do desenvolvimento de um etilômetro no Centro Federal de Educação Tecnológica de Divinópolis em Minas Gerais. Um novo capítulo na reflexão filosófica sobre os artefatos, especialmente com o programa de pesquisa “A Natureza Dual dos Artefatos” encampado pela Escola Holandesa de Filosofia da Tecnologia, surgiu no século XXI. O Programa Dual detalhou o aspecto funcionalestrutural dos artefatos e apontou como os objetos técnicos seriam, essencialmente, materializações de intencionalidades. Os filósofos holandeses questionam a neutralidade da tecnologia argumentando que a moralidade também pode estar nas “coisas” atribuindo, dessa forma, moralidade aos artefatos técnicos e desenvolvendo uma abordagem internalista aos mesmos através do desenvolvimento de um design responsável. No geral, a tese da moralidade dos artefatos defende uma conexão entre design e ética que, por sua vez, implica uma reorientação na compreensão da visão comum segundo a qual artefatos técnicos são neutros e engenheiros meros produtores de artefatos. Nesse sentido, é possível estabelecer-se um diálogo entre a Escola Holandesa de Filosofia da Tecnologia e o terreno da Educação Tecnológica.