Resíduos de construção e demolição em materiais álcali-ativados

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Grigoleto, Flávia Müller
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais; Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais; Brasil; CEFET-MG
• Palavras-chave em Português: Resíduos como material de construção; Geopolímeros; Materiais de construção - Vida útil
• Link de acesso: https://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/765

A cerâmica vermelha e os materiais cimentícios são os principais constituintes do grande volume de resíduos provenientes da indústria da construção civil e, quando reaproveitados, são em sua maioria como agregados reciclados. Entretanto, o resíduo fino e ultrafino não possui aplicação como o resíduo particulado grosso. O pó do resíduo da cerâmica vermelha, por ser constituído de silício e alumínio, apresenta potencial para ser utilizado no desenvolvimento de materiais álcali-ativados e o pó do resíduo cimentício, apesar de ser gerado em quantidades menores, pode ser fonte de cálcio. Nesta pesquisa foram avaliadas as pastas elaboradas pela ativação de pó reciclado de tijolos (PRT) e das pastas elaboradas com PRT combinado com o de pó reciclado cimentício (PRC), com metacaulim (MK) e com escória granulada de alto-forno (EGAF). Os precursores foram ativados com soluções alcalinas de hidróxido de sódio com concentrações de 8mol.l-1 e 12mol.l-1. Os precursores foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura (MEV), picnometria, BET, análise química através de espectrometria por fluorescência de raios X (FRX), difração de raios X (DRX) e espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). A relação ativador/precursor foi fixada em 0,55 e após moldagem e cura em temperatura ambiente, os ensaios de resistência à compressão, FTIR, DRX e MEV validaram a ocorrência de ativação alcalina nas formulações propostas para idades de cura à temperatura ambiente de 28 dias e 91 dias. A pasta PRT50EGAF50 8M apresentou a maior resistência à compressão, dentre as amostras analisadas (58,39MPa, aos 91 dias) e para as pastas compostas somente por RCD o melhor resultado foi na dosagem PRT50PRC50 (média de 22,97MPa aos 91 dias). Ensaios de ataque de ácidos validam a durabilidade das formulações propostas. Assim, esta pesquisa valida a utilização de resíduos de construção e demolição (RCD) como precursor de materiais álcali-ativados.