“Percurso museológico história de mulheres: vozes e silêncios”: olhares sobre a experiência numa formação de professoras/es da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Daiana Maria da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica
Brasil
CEFET-MG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/505
Resumo: Esta pesquisa trata da análise das experiências reflexivas de cinco profissionais da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RMEBH) que participaram do Percurso Museológico História de Mulheres: Vozes e Silêncios, em 2014. Os espaços museais são lócus potencializadores de possíveis reflexões sobre as contribuições de mulheres e homens ao longo da história, possibilitando, consequentemente, discussões sobre as relações sociais de gênero para a seleção patrimonial, para a curadoria e para ressignificação de acervos e instituições. A experiência dos sujeitos em questão ilumina a singularidade da fruição nos museus e como ela é potente para formação da consciência crítica dos cidadãos, uma vez que possibilita democratizar – de certo modo – o conhecimento humano, ao passo que permite conexões entre as dimensões afetivas e cognitivas para que aprendizagens sejam construídas. Por conseguinte, a prática reflexiva da formação continuada deve ser instrumento para transformar da sociedade a partir de ideais de justiça, respeito à diversidade, solidariedade e igualdade de direitos. Metodologias diversificadas foram utilizadas nesta pesquisa, como pesquisas bibliográficas, entrevistas semiestruturadas e Análise de Conteúdo. Para fundamentação teórica três campos de pesquisa foram considerados, sendo a) formação de professoras/es; b) relações de gênero e educação e c) sociomuseologia de gênero, discussão recente no âmbito acadêmico e da prática museológica. A pesquisa mostrou que para que a RMEBH se tornasse uma Rede formadora de suas/seus profissionais, especialmente no tocante ao debate sobre as relações de gênero, muitas disputas e negociações foram realizadas. Mostrou também que embora a autonomia docente tenha sido considerada pela SMED/BH na proposição de um projeto que conectasse escola e museu para problematizar as relações de gênero, tal autonomia encontrou limites na burocracia escolar, na incompatibilidade dos tempos da escola e dos museus e no contexto atual de retrocessos e conservadorismo político que vem provocando muitos tensionamentos em relação à discussão sobre a temática de gênero e sexualidade na Rede. Além disso, discussões realizadas no âmbito das relações de trabalho apareceram nas falas dos profissionais, indo do debate sobre ser artista ou artesão aos desafios - até mesmo aos silêncios - das mulheres em determinados nichos do mercado de trabalho, ou mesmo pela discussão que perpassa os desafios da profissão docente.