Congresso comercial, industrial e agrícola: representações sobre o trabalho e o trabalhador (1928-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gouveia, Fernanda Michelle Nicácio Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica
Brasil
CEFET-MG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/516
Resumo: A presente dissertação tem como objeto de estudo os discursos das elites mineiras ou classes produtoras no Congresso Comercial, Industrial e Agrícola de Belo Horizonte, realizado no ano de 1928. No Congresso discutiu-se as teses para fomento ao desenvolvimento do estado, no qual o Ensino Profissional figurou como tese debatida. Com o objetivo de identificar e analisar as representações sobre o trabalho e o trabalhador, nesses discursos, utilizou-se a metodologia de pesquisa documental que tomou como fontes os jornais das associações comerciais, jornais da época, bem como as atas de diretoria e registros das associações comerciais de Belo Horizonte e Juiz de Fora, organizadoras dos Congressos de Classe no período enfocado. Com esse intuito de analisar os discursos das classes produtoras, propôs-se o intercruzamento teórico-metodológicos da História Cultural com a História da Educação. Assim, desenvolveuse a análise das fontes associando as noções de representações, de Roger Chartier e de estratégia e tática, de Michel de Certeau, com o fim de captar tais noções presentes nos discursos das elites econômicas e políticas. Portanto, trata-se de uma pesquisa documental e bibliográfica. Como resultados verificou-se que houve no Congresso de 28 a educação profissional utilizada como estratégia, empregada pelas classes produtoras, para irradiar uma nova representação do trabalho, atrelada ao taylorismo e americanismo. Verificou-se também a tática das classes produtoras e a sua polivalência para agregar o discurso do engenheiro e do sanitarismo para infiltrar-se no aparato burocrático e político estatal e assim minimizar o conflito direto com os trabalhadores para fazer prevalecer seus interesses por meio do Estado.