Uma investigação escolar acerca das concepções ambientais sobre a lagoa Azul - Siderópolis/SC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Janaina Antunes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3583
Resumo: O conhecimento das concepções que as pessoas possuem e tecem acerca do ambiente são fundamentais a processos educativos em e para a Educação Ambiental. Este estudo objetivou analisar a concepção socioambiental que a comunidade escolar possui sobre a Lagoa Azul/ Siderópolis/SC e seu entorno, buscando compreender se aspectos atinentes a tal lagoa são contemplados na prática pedagógica dos professores da Escola de Ensino Fundamental Deputado Sílvio Ferraro. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa de cunho qualitativo, do tipo estudo de caso, por meio da aplicação de questionários semiestruturados. A pesquisa contou com a participação de 42 sujeitos, dentre eles, 35 alunos e sete professores das oitavas séries da mencionada escola. Os dados foram interpretados a partir da construção de categorias emergentes. Dentre os resultados, destaca-se que a concepção de ambiente que predomina é a de um problema, tanto para alunos como para os professores. O processo educativo vivenciado ao tratar da lagoa não se baseia em uma abordagem crítica, emancipatória e transformadora de Educação Ambiental. A lagoa não é considerada elemento pedagógico importante pelos professores. Alguns dos professores (minoria) mencionam conhecer o contexto histórico do ambiente, sendo que apenas um deles afirma fazer uso de tal informação em sala de aula. A maioria dos professores envolvidos neste estudo não conhece a lagoa. Confrontando as respostas dos alunos e dos professores quando se referem à lagoa e seu entorno, ambos os grupos ressaltam a poluição e o perigo que a lagoa oferece. Outro aspecto importante é salientar que a poluição atribuída à lagoa, na concepção dos alunos, decorre apenas dos dejetos lançados neste corpo d¿água, não se referem aos problemas oriundos na origem da formação da lagoa e decorrentes do processo de mineração de carvão na região. Já com relação ao perigo enfatizado por alunos e professores, percebe-se que os alunos tecem tal argumento em função da profundidade da lagoa. Para aqueles professores que dizem conhecer a lagoa e a contemplam em sala de aula, o perigo não está somente relacionado à profundidade, mas também à transmissão de doenças por meio da utilização da lagoa como balneário, face à poluição por esgoto. Acredita-se que um processo de Educação Ambiental nesta escola deva enfocar questões de ordem socioeconômica; a construção de conhecimentos a respeito do ecossistema local; a identificação de agentes sociais na própria escola/comunidade que sejam capazes de atuarem como educadores ambientais; a clarificação de conceitos e, ainda, uma educação que agrega valor, sentimento, comprometimento, respeito e cumplicidade com o outro e o ambiente. Evidenciou-se a importância de as universidades atuarem no processo de formação inicial e continuada de professores, englobando aspectos socioambientais e comprometidos com a sustentabilidade.