A influência da obesidade na encefalopatia séptica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Vieira, Andriele Aparecida da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3007
Resumo: A sepse é uma doença de caráter heterogêneo e complexo, definida como uma resposta inflamatória sistêmica (SIRS), associada a um quadro de infecção sendo a maior causa de morbidade e mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O dano cerebral contribui severamente para o aumento das taxas de mortalidade. A sepse e suas consequências podem ser exacerbadas quando associadas a um quadro de inflamação crônica, como a obesidade. Na obesidade ocorre aumento dos níveis de várias citocinas pró-inflamatórias e proteínas de fase aguda. Quando essa situação é exposta a um insulto inflamatório agudo, como a sepse, os tecidos tornam-se mais vulneráveis à lesão via inflamação exagerada. Portanto, o objetivo é avaliar a suscetibilidade a encefalopatia séptica em ratos obesos. Foram utilizados ratos machos, pertencentes à linhagem Wistar (rattus norvegicus), com idade de 60 dias, pesando entre 250-300g. Os grupos experimentais foram divididos em Sham (controle) + Eutrofia, Sham + Obesidade, CLP (ligação e perfuração cecal ) + Eutrofia e CLP + Obesidade. Durante dois meses os animais foram induzidos à obesidade através da alimentação hipercalórica e após, submetidos a sepse por CLP. A avaliação quantitativa do aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE) foi investigada no hipocampo, córtex e córtex pré-frontal nos tempos de 12 e 24h após a indução de sepse assim como foram quantificadas as concentrações de nitrito/nitrato, a atividade de mieloperoxidase (MPO), os parâmetros de dano oxidativo em lipídios e proteínas e a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Os dados foram avaliados por ANOVA seguido pelo teste post hoc Tukey e os resultados foram considerados significantes para p<0.05. Os dados encontrados indicam que em ratos obesos e submetidos a sepse ocorre um aumento de permeabilidade da BHE em diferentes regiões cerebrais em comparação com ratos eutróficos sépticos. Essa alteração refletiu sobre a migração de neutrófilos, concentração de nitrito/nitrato, dano oxidativo em lipídios e proteínas e um desequilíbrio das defesas antioxidantes, especialmente, 24 horas após a sepse. Conclui-se que a obesidade devido ao seu fenótipo pró-inflamatório exacerba o quadro clínico já conhecido da sepse, podendo assim agravar ou preciptar a encefalopatia séptica (ES) e contribuir para disfunção e degeneração neuronal.