Administração central de UFP-101 sobre parâmetros comportamentais e neuroquímicos em modelo animal de autismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Schlickmann, Eloise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3030
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neuropsiquiátrico com base biológica significativa, que se desenvolvem primeiros três anos de vida. O sistema opióide endógeno faz parte de uma família de neuropeptídios com ação em receptores específicos que estão distribuídos no SNC e tecidos periféricos. Este sistema regula diversas funções fisiológicas, entre elas, os níveis de ansiedade, caráter depressivo, perfil locomotor, memória, comportamento e atua no desenvolvimento do SNC, com participação na proliferação, migração e diferenciação celular cerebral. Os opióides, pelas suas ações, parecem estar envolvidos nos processos ligados às disfunções comportamentais observadas no TEA, em particular o sistema N/OFQ-receptor NOP. O UFP-101 é um antagonista do receptor NOP que se liga com alta afinidade e seletividade superior a 3000 vezes mais que os receptores opióides clássicos, para o receptor NOP. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da administração central de UFP-101, sobre parâmetros comportamentais e neuroquímicos de ratos Wistar submetidos ao modelo animal de autismo através da exposição pré-natal de ácido valpróico (VPA). Os resultados demonstraram que a administração pré-natal ao VPA no dia 12º gestacional foi capaz de produzir padrões comportamentais estereotipados (movimentos de grooming) e prejuízo na interação social em ratos jovens. A administração central de UFP-101 na dose de 2µL nos animais do grupo expostos ao VPA em período pré-natal reduziu significativamente o número de movimentos de crossing, porém não alterou de forma significativa o número e o tempo de grooming, número de rearing, número de visitas ao centro e número de bolo fecal. A atividade da cadeia respiratória mitocondrial dos complexos I e II não foram alteradas pela administração de UFP-101, no entanto, na atividade do complexo IV ocorreu a inibição no córtex pré-frontal, além disso após a administração deste antagonista, ocorreu uma diminuição na atividade da creatina quinase (CK) no hipocampo e córtex pré-frontal. Os conjuntos desses resultados revelam que o VPA é um importante modelo experimental de comportamento autista e que o bloqueio do neuropeptídeo NOP, através do antagonista UFP-101 não reverteu à maioria dos parâmetros analisados.