Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Michels, Monique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3077
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Resumo: |
A sepse e síndrome de disfunção orgânica múltipla representam um problema clínico de alta relevância, principalmente devido a sua grande incidência em pacientes críticos e aos seus altos índices de mortalidade. Apesar de medidas terapêuticas terem sido capazes de diminuir a mortalidade, sabe-se que muitos sobreviventes de sepse não são capazes de retomar suas atividades usuais. A encefalopatia associada à sepse (EAS) é muitas vezes a primeira disfunção orgânica a se manifestar. A presença da EAS está associada a maior mortalidade e pior prognóstico e muitos pacientes apresentam dano cognitivo a médio e longo prazo que pode ser irreversível. Os mecanismos associados estao em torno do aumento de citocinas pró-inflamatórias, alterações na permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE), ativação microglial com a potencializacao da liberação de citocinas e o estresse oxidativo resultando no dano neuronal. Por conseguinte, tais eventos podem ser potencializados através da participação de moléculas que, quando ativadas perpetuam a resposta inflamatória e a quebra da BHE. Sendo assim é possível postular que a molécula CD40 possa estar envolvida nesse processo inflamatório. O objetivo deste estudo foi investigar a interação entre as moléculas CD40-CD40L sob parâmetros neuroinflamatórios e comportamentais em ratos submetidos a modelo de sepse. Ratos Wistar machos foram submetidos à ligação e perfuração cecal (CLP) para indução de sepse. Os animais foram divididos em sham, CLP, CLP + 1ug/kg, 10ug/kg e 100ug/kg de anticorpo antiCD40 administrado por via intracerebroventricular. Foram acompanhados por 10 dias para curva de sobrevivência e testes comportamentais. Em outro experimento, animais foram mortos em 12, 24 e 48 horas após CLP para avaliar expressão de CD40 e CD40L por Western Blotting e 24 horas após para avaliação de dano oxidativo em lipídios (TBARS), dano às proteínas por carbonilação protéica, concentração de nitrito/nitrato (ON), mieloperoxidase (MPO), quebra da barreira hematoencefálica (BHE) e níveis de citocinas. Dados foram avaliados por teste t e análise de variância de uma via e teste post hoc Tukey. Teste de Kaplan-Meier e log-rank foram utilizados para sobrevivência e teste de Man Whitney para análise comportamental todos com significância p<0,05. Os resultados mostram que o tratamento com anti-CD40 não é capaz de interferir na sobrevivência de animais submetidos a sepse, por outro lado, apresentam melhoras na memória e aprendizado. Os resultados também apresentam aumento nos níveis de CD40 e CD40L em hipocampo, mostram que a dose de 100 ug/kg foi mais efetiva na redução da permeabilidade da BHE, níveis de citocinas e MPO. A dose de 10 e 100 ug/kg foram efetivas na diminuição de TBARS e doses de 1 e 10 e 100 ug/kg foram efetivas apenas na redução de ON. Carbonil não mostrou resultado significativo em nenhuma dose. Conclui-se que o tratamento com anti-CD40 é eficaz na redução de dano cognitivo e parâmetros inflamatórios em sobreviventes de sepse. |