Clara Averbuck

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bitencourt, Sheyla de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3181
Resumo: Se, por um lado, os blogs respondem à aceleração do tempo no mundo contemporâneo, por outro lado, criam a possibilidade de encontros subjetivos de forma quase inaudita: são foros potenciais de discussão, de abertura para o dissenso e, assim, espaços políticos por excelência. Não obstante, é como espaço de escrita de si que os blogs nos interessam nessa proposta. Paula Sibilia (2008, p.12) entende como diários íntimos as histórias cotidianas contadas pelos usuários da internet, em cujas postagens de escritos, fotos e vídeos ocorre uma grande variedade de estilos e assuntos. É, pois, nesse sentido que os blogs aparecem como nosso objeto de estudo: como escrita que, ao se colocar entre o diário e o confessionário, permitem observar a emergência de sujeitos. Clara Averbuck, escritora gaúcha, é a chave para toda essa discussão sobre exposição digital. A autora escreve em diversos endereços na internet: blogs Brazileira Preta e Adios Lounge encontram-se ativados, embora não tenham novas postagens desde 11 de dezembro de 2009. Clara também escreveu para o R7, que é um megaportal de notícias e entretenimento do conglomerado Record. Atualmente a escritora tem postado no seu novo blog Clara Averbuck Oficial e no Facebook (rede social). E é esse o universo que exploramos nessa pesquisa. As perguntas que balizam esta proposta são: que tipos de questionamentos para a subjetividade os escritos nos blogs de Clara Averbuck produzem, principalmente quando os vemos como uma forma de escrever sobre si que remete ao confessionário e ao diário? Seriam esses questionamentos apenas efeitos de uma espetacularização do eu? O espaço virtual se abre para uma reconfiguração do que é próprio : quem tem o direito de escrever, quem pode ler, sobre o que é possível escrever. Os blogs, ao transformar o modo como as pessoas escrevem sobre si, permitem a emergência de novos sujeitos que desafiam (em uma perspectiva mais otimista) ou reforçam (em um ponto de vista apocalíptico) o modo como o que é próprio de cada um é estabelecido.