Alimento funcional: musse de chocolate enriquecida com frutooligossacarídeos presentes no suco concentrado de yacon (Polymnía sonchífolia)

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Main Author: Silva, Ester Yoshie Yosino da
Publication Date: 2003
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
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Summary: O yacon (Polymnia sonchifolia) é uma planta herbácea, perene, originária dos Andes. Suas raízes tuberosas possuem como carboidratos de reserva, frutanos constituídos, principalmente, de frutooligossacarídeos (FOS), com grau de polimerização de 3 a 1 Os monômeros de frutose. O corpo humano não possui enzimas para hidrolisar os frutanos (FOS e inulina), portanto não são metabolizados através do trato gastrintestinal, fazendo deles uma fibra alimentar solúvel. Os FOS estimulam a microbiota do cólon, especialmente as bifidobactérias, onde são fermentados, resultando na produção de ácidos graxos de cadeia curta (acetato, propionato e butirato) e ácido láctico, responsáveis pela diminuição do pH do cólon, podendo ser absorvidos e promover efeitos fisiológicos benéficos em uma ou mais funções do corpo. A inulina e os FOS têm sido utilizados em produtos alimentícios, como substitutos de gorduras, na redução do conteúdo calórico, para a retenção de água, para evitar a formação de cristais, como emulsificantes e em geral na modificação da textura e cremosidade de alguns alimentos. Esse estudo tem por objetivo incorporar, na musse de chocolate, os frutanos presentes na raiz tuberosa de yacon sob a forma de suco concentrado, produzindo um alimento com propriedades nutricionais e de características sensoriais aceitáveis. O yacon autoclavado (YA) foi obtido a partir de amostras de yacon de oito meses, as quais, foram lavadas, autoclavadas, descascadas e homogeneizadas. Após filtração e concentração a vácuo do YA obteve-se o suco concentrado de yacon (SCY) de 25,6ºBrix. Posteriormente, adicionou-se o SCY na musse de chocolate, de modo a se obter uma concentração de frutanos (FOS e inulina) no produto final de 4% (MSCY). Também foi produzida a musse de chocolate padrão (MP) para comparação com a MSCY. Na formulação da musse MSCY houve redução no conteúdo de sacarose de 21 % em relação à musse MP devido à presença de açúcares provenientes do SCY. Reduziu-se, também, em 50 % a quantidade de ovo integral líquido para evitar uma diminuição muito acentuada de sua consistência. Nas amostras de YA, no SCY, na musse MP e MSCY foram avaliadas os parâmetros microbiológicos, físico-químicos e sensoriais. Nas musses MP e MSCY aplicou-se, também, o Teste de Aceitação, utilizando 30 consumidores potenciais do produto. Verificou-se a vida de prateleira das musses (MP e MSCY) durante 3 meses. Os parâmetros físicoquímicos avaliados foram: umidade, cinzas, proteína, extrato etéreo, fibra alimentar, minerais, glicose, frutose, sacarose, frutanos, colesterol, gordura saturada, valor calórico, pH, índice de acidez, sólidos solúveis (ºBrix), densidade, atividade de água e grau de polimerização dos frutanos. Determinaram-se os minerais por espectrometria de emissão atômica por plasma induzido (ICP/AES), o colesterol e a gordura saturada por cromatografia a gás, utilizando-se um detector de ionização de chama (CG-FID) e os açúcares e os frutanos, com seu respectivo grau de polimerização, por cromatografia líquida de alta eficiência, utilizando-se um detector de pulso amperométrico (CLAE-PAD). As análises microbiológicas de contagem de bactérias mesófilas, bolores, leveduras, coliformes totais, coliformes fecais, Escherichia coli, Estafilococos coagulase positiva, Clostrídios sulfito redutores, Clostridium perfringens, Bacillus cereus e determinação da presença de Salmonella sp também fizeram parte deste estudo. Pelos resultados obtidos observamos que o SCY contém 72,8 % de umidade, 1, 1 % de cinzas, 0,6 % de proteína, 0, 1 % de extrato etéreo, 0,68 %, de fibra alimentar solúvel, 0,68 % de fibra alimentar total, 1,70 % de glicose, 1,69 % de frutose, 1,63 % de sacarose e 21,67 % de frutanos. O índice de acidez (equivalente em ácido cítrico) foi de 0,39 %, o pH 5,4, os sólidos solúveis em ºBrix 25,6 e a densidade 35,6 g/ml. Dentre os minerais avaliados no SCY observou-se um conteúdo elevado de potássio, correspondendo a 0,45 %. A musse MSCY apresentou uma redução de 45,4 % no conteúdo de colesterol. A musse MSCY continha 4,14 % de frutanos (FOS) com grau de polimerização calculado correspondente a 3,25. O valor calórico diminuiu de 11 % passando de 400,7 kcal (MP) para 358,1 kcal (MSCY). O conteúdo total de fibra alimentar presente na musse MSCY foi de 7,0 % e correspondeu ao teor de fibra alimentar total determinado pelo método enzimico-gravimétrico (2,9 %) mais o conteúdo de frutanos (FOS) determinado por CLAE-PAD (4,1 %). A incorporação de SCY na musse de chocolate (MSCY) mostrou diferenças nas características sensoriais em relação à musse de chocolate padrão (MP), apresentando maior intensidade de brilho, maior aeração, menor consistência, maior intensidade no sabor chocolate, menor intensidade nos gostos doce e amargo, maior cremosidade e menor arenosidade. No teste de aceitabilidade, os consumidores não perceberam as diferenças sensoriais verificadas pelos provadores treinados, para os atributos avaliados, aparência, odor, sabor e textura/consistência entre as amostras de musse MP e MSCY. A vida de prateleira da musse MSCY mostrou melhor estabilidade em relação à MP, não apresentando diferenças sensoriais durante os três meses de estudo quando armazenadas a -18 ºC. Nesse caso, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a alegação de propriedade nutricional a ser utilizada no rótulo deverá ser musse de chocolate com alto conteúdo de fibras solúveis e a alegação de propriedade funcional poderá ser “contribui para uma flora intestinal mais saudável” e “ajuda a manter o equilíbrio da flora intestinal”. Os FOS contidos na musse conferem ao produto efeitos prebióticos no ceco e cólon proximal. No Brasil não existe ainda a legislação para produtos com características de prebióticos, mas futuramente poderá ser utilizada no rótulo do produto.
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Os FOS estimulam a microbiota do cólon, especialmente as bifidobactérias, onde são fermentados, resultando na produção de ácidos graxos de cadeia curta (acetato, propionato e butirato) e ácido láctico, responsáveis pela diminuição do pH do cólon, podendo ser absorvidos e promover efeitos fisiológicos benéficos em uma ou mais funções do corpo. A inulina e os FOS têm sido utilizados em produtos alimentícios, como substitutos de gorduras, na redução do conteúdo calórico, para a retenção de água, para evitar a formação de cristais, como emulsificantes e em geral na modificação da textura e cremosidade de alguns alimentos. Esse estudo tem por objetivo incorporar, na musse de chocolate, os frutanos presentes na raiz tuberosa de yacon sob a forma de suco concentrado, produzindo um alimento com propriedades nutricionais e de características sensoriais aceitáveis. O yacon autoclavado (YA) foi obtido a partir de amostras de yacon de oito meses, as quais, foram lavadas, autoclavadas, descascadas e homogeneizadas. Após filtração e concentração a vácuo do YA obteve-se o suco concentrado de yacon (SCY) de 25,6ºBrix. Posteriormente, adicionou-se o SCY na musse de chocolate, de modo a se obter uma concentração de frutanos (FOS e inulina) no produto final de 4% (MSCY). Também foi produzida a musse de chocolate padrão (MP) para comparação com a MSCY. Na formulação da musse MSCY houve redução no conteúdo de sacarose de 21 % em relação à musse MP devido à presença de açúcares provenientes do SCY. Reduziu-se, também, em 50 % a quantidade de ovo integral líquido para evitar uma diminuição muito acentuada de sua consistência. Nas amostras de YA, no SCY, na musse MP e MSCY foram avaliadas os parâmetros microbiológicos, físico-químicos e sensoriais. Nas musses MP e MSCY aplicou-se, também, o Teste de Aceitação, utilizando 30 consumidores potenciais do produto. Verificou-se a vida de prateleira das musses (MP e MSCY) durante 3 meses. Os parâmetros físicoquímicos avaliados foram: umidade, cinzas, proteína, extrato etéreo, fibra alimentar, minerais, glicose, frutose, sacarose, frutanos, colesterol, gordura saturada, valor calórico, pH, índice de acidez, sólidos solúveis (ºBrix), densidade, atividade de água e grau de polimerização dos frutanos. Determinaram-se os minerais por espectrometria de emissão atômica por plasma induzido (ICP/AES), o colesterol e a gordura saturada por cromatografia a gás, utilizando-se um detector de ionização de chama (CG-FID) e os açúcares e os frutanos, com seu respectivo grau de polimerização, por cromatografia líquida de alta eficiência, utilizando-se um detector de pulso amperométrico (CLAE-PAD). As análises microbiológicas de contagem de bactérias mesófilas, bolores, leveduras, coliformes totais, coliformes fecais, Escherichia coli, Estafilococos coagulase positiva, Clostrídios sulfito redutores, Clostridium perfringens, Bacillus cereus e determinação da presença de Salmonella sp também fizeram parte deste estudo. Pelos resultados obtidos observamos que o SCY contém 72,8 % de umidade, 1, 1 % de cinzas, 0,6 % de proteína, 0, 1 % de extrato etéreo, 0,68 %, de fibra alimentar solúvel, 0,68 % de fibra alimentar total, 1,70 % de glicose, 1,69 % de frutose, 1,63 % de sacarose e 21,67 % de frutanos. O índice de acidez (equivalente em ácido cítrico) foi de 0,39 %, o pH 5,4, os sólidos solúveis em ºBrix 25,6 e a densidade 35,6 g/ml. Dentre os minerais avaliados no SCY observou-se um conteúdo elevado de potássio, correspondendo a 0,45 %. A musse MSCY apresentou uma redução de 45,4 % no conteúdo de colesterol. A musse MSCY continha 4,14 % de frutanos (FOS) com grau de polimerização calculado correspondente a 3,25. O valor calórico diminuiu de 11 % passando de 400,7 kcal (MP) para 358,1 kcal (MSCY). O conteúdo total de fibra alimentar presente na musse MSCY foi de 7,0 % e correspondeu ao teor de fibra alimentar total determinado pelo método enzimico-gravimétrico (2,9 %) mais o conteúdo de frutanos (FOS) determinado por CLAE-PAD (4,1 %). A incorporação de SCY na musse de chocolate (MSCY) mostrou diferenças nas características sensoriais em relação à musse de chocolate padrão (MP), apresentando maior intensidade de brilho, maior aeração, menor consistência, maior intensidade no sabor chocolate, menor intensidade nos gostos doce e amargo, maior cremosidade e menor arenosidade. No teste de aceitabilidade, os consumidores não perceberam as diferenças sensoriais verificadas pelos provadores treinados, para os atributos avaliados, aparência, odor, sabor e textura/consistência entre as amostras de musse MP e MSCY. A vida de prateleira da musse MSCY mostrou melhor estabilidade em relação à MP, não apresentando diferenças sensoriais durante os três meses de estudo quando armazenadas a -18 ºC. Nesse caso, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a alegação de propriedade nutricional a ser utilizada no rótulo deverá ser musse de chocolate com alto conteúdo de fibras solúveis e a alegação de propriedade funcional poderá ser “contribui para uma flora intestinal mais saudável” e “ajuda a manter o equilíbrio da flora intestinal”. Os FOS contidos na musse conferem ao produto efeitos prebióticos no ceco e cólon proximal. No Brasil não existe ainda a legislação para produtos com características de prebióticos, mas futuramente poderá ser utilizada no rótulo do produto.Yacon (Polymnia sonchifolia) is a perennial herbaceous plant, originating from the Andes. Their tuberous roots have as storage carbohydrates, fructans that are mainly constituted by fructo-oligosacharides (FOS), with 3 to 1 o monomers of fructose. Human body has no enzymes to hydrolyze fructans (FOS or inulin); therefore they are not metabolized through the gastrointestinal trate, making them a soluble dietary fiber. FOS stimulate the microbiota of colon, specially the bifidobacteria, where they are fermented, resulting in the production of short chain fat acids (acetate, propionate and butyrate) and lactic acid, responsible for decreasing pH of colon, and it may be absorbed and promotes positive physiologic effects in one or more functions of the body. Inulin and FOS have been used in food products, as fat substitutes, in the reduction of caloric content, for water retention, for avoiding crystal formation, as emulsificants and, in the modification of texture and creaming of some foods. This study had as target to incorporate fructans of yacon root as concentrate juice in the chocolate mousse in order to produce a food with nutritional properties and acceptable sensorial characteristics. The autoclaved yacon (YA) was obtained from samples of yacon, stored for eight months, that were washed in tap water before autoclavation, and homogenized before processing. After filtration and vacuum concentration, the YA originated the yacon concentrate juice (SCY) with 25,6 ºBrix. Then, SCY was added to the chocolate mousse for obtain the concentration of fructans (FOS and inullin) in the final product of 4 % (MSCY). Also, a blank chocolate mousse (MP) was prepared to be compared with the MSCY. ln the formulation of mousse MSCY, sucrose concentration was reduced to 21 % in relation to mousse MP due to the presence of sugars from SCY. The amount of liquid integral egg added was reduced in 50 % in arder to avoid a significant reduction in consistence. Microbiologic, physicochemicals and sensorial parameters were analyzed in the samples of YA, SCY, mousses MP and MSCY. In the mousses MP and MSCY acceptance test was applied using 30 potential consumers of the product. Shelf life of mousses MP and MSCY was verified for three months. Physicochemicals parameters evaluated were: moisture, ash, protein, dietary fiber, minerals, glucose, fructose, sucrose, fructans, cholesterol, saturated fat, pH, acid index, soluble solids (ºBrix), density, water activity and polymerization of fructans. Minerals were determined by spectrometry of atomic emission by induced plasma (ICP/AES), cholesterol and saturate fat by gaseous chromatography using a flame ionizing detector (CG-FID) and sugars and fructans, with its respective polymerization grade, were analysed by liquid chromatography of high efficiency, through a pulse amperometric detector (CLAE-PAD). Microbiologic analysis of aerobic plate counts, moulds, yeasts, coliform bacteria, Escherichia coli, Staphylococcos positive coagulase, sulfite reductors clostridium, Clostridium perfringens, Bacillus cereus and determination of Salmonella sp also were part of this study. By the results, it was observed that SCY contents 72,8 % of moisture, 1,1 % of ash, 0,6 % of protein, 0,1 % of fat (ether extraction method), 0,68 % of soluble dietary fiber, 0,68 % of total dietary fiber, 1,70 % of glucose, 1,69 % de fructose, 1,63 % de sucrose and 21,67 % de fructans. The acid index (citric acid equivalent) was of 0,39 %, the pH 5,4, soluble solids 25,6 ºBrix and density 35,6 g/ml. Among the minerais evaluated in the SCY, it was observed a high content of Potassium (0,45 %). The mousse MSCY showed a reduction of 45,4 % in cholesterol content. The mousse MSCY contented 4,14 % of fructans (FOS) with calculated polymerization grade equal to 3,25. Caloric value diminished 11 % from mousse MP to MSCY, passing from 400,7 kcal (MP) to 358,1 kcal (MSCY). The total content of dietary fiber present in the mousse MSCY was of 7,0 % and corresponded to the content of total dietary fiber determined by the enzymic-gravimetric method (2,9%) plus the fructans (FOS) contend determined by CLAE-PAD (4,1 %). Incorporation of SCY in the chocolate mousse (MSCY) showed differences in sensorial characteristics in relation to the blank chocolate mousse (MP), showing: more intense bright, more aeration, lower consistence, higher intensity in the chocolate flavor, less intensity in the sweetness and bitter flavors, more creaming and less particle amount. In the acceptability test, consumers did not notice the sensorial differences verified by trained testers in relation to the attributes that were evaluated such as appearance, smell, flavor and texture/consistence between samples of mousse MP and MSCY. The shelf life of mousse MSCY showed better stability comparing to MP, once it did not present sensorial differences during the three months of study when stored at -18 ºC. In this case, according to the Brazilian Sanitary Surveillance Agency (ANVISA), the nutritional claim to be used in the label should be “chocolate mousse with high soluble fiber content” and the functional claim can be “contribute for the healthiness of the gut flora” and “help to keep the balance of the gut flora”. The FOS contained in the mousse gives to the product prebiotic effects in the cecum and proximal colon. In Brazil, there are no laws for products with prebiotics characteristics yet, but in the future could be used in the product label.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFilisetti, Tullia Maria Clara CaterinaSilva, Ester Yoshie Yosino da2003-09-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-24032025-101456/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2025-03-24T13:31:02Zoai:teses.usp.br:tde-24032025-101456Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212025-03-24T13:31:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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A inulina e os FOS têm sido utilizados em produtos alimentícios, como substitutos de gorduras, na redução do conteúdo calórico, para a retenção de água, para evitar a formação de cristais, como emulsificantes e em geral na modificação da textura e cremosidade de alguns alimentos. Esse estudo tem por objetivo incorporar, na musse de chocolate, os frutanos presentes na raiz tuberosa de yacon sob a forma de suco concentrado, produzindo um alimento com propriedades nutricionais e de características sensoriais aceitáveis. O yacon autoclavado (YA) foi obtido a partir de amostras de yacon de oito meses, as quais, foram lavadas, autoclavadas, descascadas e homogeneizadas. Após filtração e concentração a vácuo do YA obteve-se o suco concentrado de yacon (SCY) de 25,6ºBrix. Posteriormente, adicionou-se o SCY na musse de chocolate, de modo a se obter uma concentração de frutanos (FOS e inulina) no produto final de 4% (MSCY). Também foi produzida a musse de chocolate padrão (MP) para comparação com a MSCY. Na formulação da musse MSCY houve redução no conteúdo de sacarose de 21 % em relação à musse MP devido à presença de açúcares provenientes do SCY. Reduziu-se, também, em 50 % a quantidade de ovo integral líquido para evitar uma diminuição muito acentuada de sua consistência. Nas amostras de YA, no SCY, na musse MP e MSCY foram avaliadas os parâmetros microbiológicos, físico-químicos e sensoriais. Nas musses MP e MSCY aplicou-se, também, o Teste de Aceitação, utilizando 30 consumidores potenciais do produto. Verificou-se a vida de prateleira das musses (MP e MSCY) durante 3 meses. Os parâmetros físicoquímicos avaliados foram: umidade, cinzas, proteína, extrato etéreo, fibra alimentar, minerais, glicose, frutose, sacarose, frutanos, colesterol, gordura saturada, valor calórico, pH, índice de acidez, sólidos solúveis (ºBrix), densidade, atividade de água e grau de polimerização dos frutanos. Determinaram-se os minerais por espectrometria de emissão atômica por plasma induzido (ICP/AES), o colesterol e a gordura saturada por cromatografia a gás, utilizando-se um detector de ionização de chama (CG-FID) e os açúcares e os frutanos, com seu respectivo grau de polimerização, por cromatografia líquida de alta eficiência, utilizando-se um detector de pulso amperométrico (CLAE-PAD). As análises microbiológicas de contagem de bactérias mesófilas, bolores, leveduras, coliformes totais, coliformes fecais, Escherichia coli, Estafilococos coagulase positiva, Clostrídios sulfito redutores, Clostridium perfringens, Bacillus cereus e determinação da presença de Salmonella sp também fizeram parte deste estudo. Pelos resultados obtidos observamos que o SCY contém 72,8 % de umidade, 1, 1 % de cinzas, 0,6 % de proteína, 0, 1 % de extrato etéreo, 0,68 %, de fibra alimentar solúvel, 0,68 % de fibra alimentar total, 1,70 % de glicose, 1,69 % de frutose, 1,63 % de sacarose e 21,67 % de frutanos. O índice de acidez (equivalente em ácido cítrico) foi de 0,39 %, o pH 5,4, os sólidos solúveis em ºBrix 25,6 e a densidade 35,6 g/ml. Dentre os minerais avaliados no SCY observou-se um conteúdo elevado de potássio, correspondendo a 0,45 %. A musse MSCY apresentou uma redução de 45,4 % no conteúdo de colesterol. A musse MSCY continha 4,14 % de frutanos (FOS) com grau de polimerização calculado correspondente a 3,25. O valor calórico diminuiu de 11 % passando de 400,7 kcal (MP) para 358,1 kcal (MSCY). O conteúdo total de fibra alimentar presente na musse MSCY foi de 7,0 % e correspondeu ao teor de fibra alimentar total determinado pelo método enzimico-gravimétrico (2,9 %) mais o conteúdo de frutanos (FOS) determinado por CLAE-PAD (4,1 %). 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Nesse caso, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a alegação de propriedade nutricional a ser utilizada no rótulo deverá ser musse de chocolate com alto conteúdo de fibras solúveis e a alegação de propriedade funcional poderá ser “contribui para uma flora intestinal mais saudável” e “ajuda a manter o equilíbrio da flora intestinal”. Os FOS contidos na musse conferem ao produto efeitos prebióticos no ceco e cólon proximal. No Brasil não existe ainda a legislação para produtos com características de prebióticos, mas futuramente poderá ser utilizada no rótulo do produto.
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