Métodos de inoculação e fontes de resistência para Diplodia maydis (Berk.) Sacc. e Fusarium moniliforme Sheldon, agentes causadores de podridões de espigas de milho (Zea mays L.)

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Main Author: Perea Correa, Carlos Fernando
Publication Date: 1978
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
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Summary: Os efeitos de concentração do inóculo, métodos e épocas de inoculação sobre a severidade de podridões de espigas foram testados, separadamente, para Diplodia maydis e Fusarium moniliforme, em espigas de milho nos experimentos preliminares. A severidade da doença causada por cada patógeno, avaliada em porcentagem de área afetada na espiga, foi muito influenciada pela concentração do inóculo e métodos de inoculação utilizados. Para Diplodia, a pulverização, método considerado como mais natural, causou uma severidade bem menor de podridão branca, quando comparada com aquela resultante de inoculações por injeção e palito, Também foram detectadas interações entre cultivares, métodos e épocas de inoculação. Para Fusarium, a pulverização e a injeção causaram uma severidade da podridão rosada dos grãos e da espiga bem menor do que aquela obtida por palito, método considerado, portanto, como mais seguro, além de mais natural, para a avaliação de resistência varietal. No experimento principal, a avaliação das reaçoes a Diplodia e Fusarium, separadamente e em conjunto, em espigas de trinta cultivares de milho inoculadas, respectivamente, por pulverização e injeção, demonstrou grandes diferenças nas reações dos diversos cultivares, para cada patógeno, permitindo a detecção de algumas possíveis fontes de resistência. Considerando-se em conjunto a reação, em espigas, a Diplodia e Fusarium, as cultivares mais resistentes foram Cargill 111 e Antigua Grupo 2., seguidas de ETO Colombia e Cateto São Simão. Considerando-se separadamente as reações a cada patógeno, as cultivares mais resistentes a Diplodia foram Cargill 111, Cateto São Simão, ETO Colombia e Cateto Nortista, enquanto que para Fusarium foram Antigua Grupo 2, IPEACO HV-53 e Piracar I. Na comparação das reações a Diplodia e Fusarium, em espigas, nas diferentes cultivares, foram detectadas todas as combinações possíveis, entre resistência e suscetibilidade, demonstrando a falta de associação entre elas. Além disso, também não houve associação entre as reações para podridão do colmo e podridão da espiga, tanto para Diplodia como para Fusarium, nem associação entre as reações em espiga, para cada patógeno, e diversas características agronômicas das cultivares testadas, incluindo altura de planta, ciclo vegetativo, origem geográfica, variabilidade genética e tipo de endosperma, separadamente. Portanto, na pesquisa de resistência genética a Diplodia e/ou Fusarium, em espigas de milho, torna-se necessária a inoculação artificial com cada patógeno, através da metodologia mais confiável, em cada caso.
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spelling Métodos de inoculação e fontes de resistência para Diplodia maydis (Berk.) Sacc. e Fusarium moniliforme Sheldon, agentes causadores de podridões de espigas de milho (Zea mays L.)Inoculation methods and sources of resistance to Diplodia maydis (Berk.) Sacc. and Fusarium moniliforme Sheldon, causal agents for ear rots of cornFUNGOS FITOPATOGÊNICOSINOCULAÇÃOMILHOPODRIDÃO-DE-ESPIGARESISTENCIA À DOENÇAOs efeitos de concentração do inóculo, métodos e épocas de inoculação sobre a severidade de podridões de espigas foram testados, separadamente, para Diplodia maydis e Fusarium moniliforme, em espigas de milho nos experimentos preliminares. A severidade da doença causada por cada patógeno, avaliada em porcentagem de área afetada na espiga, foi muito influenciada pela concentração do inóculo e métodos de inoculação utilizados. Para Diplodia, a pulverização, método considerado como mais natural, causou uma severidade bem menor de podridão branca, quando comparada com aquela resultante de inoculações por injeção e palito, Também foram detectadas interações entre cultivares, métodos e épocas de inoculação. Para Fusarium, a pulverização e a injeção causaram uma severidade da podridão rosada dos grãos e da espiga bem menor do que aquela obtida por palito, método considerado, portanto, como mais seguro, além de mais natural, para a avaliação de resistência varietal. No experimento principal, a avaliação das reaçoes a Diplodia e Fusarium, separadamente e em conjunto, em espigas de trinta cultivares de milho inoculadas, respectivamente, por pulverização e injeção, demonstrou grandes diferenças nas reações dos diversos cultivares, para cada patógeno, permitindo a detecção de algumas possíveis fontes de resistência. Considerando-se em conjunto a reação, em espigas, a Diplodia e Fusarium, as cultivares mais resistentes foram Cargill 111 e Antigua Grupo 2., seguidas de ETO Colombia e Cateto São Simão. Considerando-se separadamente as reações a cada patógeno, as cultivares mais resistentes a Diplodia foram Cargill 111, Cateto São Simão, ETO Colombia e Cateto Nortista, enquanto que para Fusarium foram Antigua Grupo 2, IPEACO HV-53 e Piracar I. Na comparação das reações a Diplodia e Fusarium, em espigas, nas diferentes cultivares, foram detectadas todas as combinações possíveis, entre resistência e suscetibilidade, demonstrando a falta de associação entre elas. Além disso, também não houve associação entre as reações para podridão do colmo e podridão da espiga, tanto para Diplodia como para Fusarium, nem associação entre as reações em espiga, para cada patógeno, e diversas características agronômicas das cultivares testadas, incluindo altura de planta, ciclo vegetativo, origem geográfica, variabilidade genética e tipo de endosperma, separadamente. Portanto, na pesquisa de resistência genética a Diplodia e/ou Fusarium, em espigas de milho, torna-se necessária a inoculação artificial com cada patógeno, através da metodologia mais confiável, em cada caso.The effects of inoculum concentration, methods and stages of inoculation on the severity of corn ear rots, were tested, through separate ear inoculations for each pathogen, in preliminary trials. The severity of Diplodia and Fusarium ear rot, evaluated through the ear diseased-area percentage, depended largely on the inoculum concentration and inoculation methods and stages. In the case of Diplodia, spraying, which is considered a more natural method, led to a much less severe white ear rot, as compared to those resulting from injection and toothpicks. Interactions among cultivars, methods and stages of inoculation, were also detected. As for Fusarium, spraying and injection caused much less pink kernel-and ear rot than toothpicks, the latter being considered, therefore, more accurate (and more natural) for variety reaction testing. In the main trial, the evaluation of thirty cultivars, for reaction to Diplodia and Fusarium, was performed, respectively, through spraying and injection, showing large and significant differences among cuftivars, for each pathogen, allowing to detect some resistance sources, With respect to the reaction to both pathogens, considered together, the outstanding resistant cultivars were Cargill 111 and Antigua Grupo 2, followed by ETO Colombia and Cateto São Simão. When considering separately the reaction to each pathogen, the most resistant cultivars for Diplodia were Cargill 111, Cateto São Simão, ETO Colombia and Cateto Nortista, while for Fusarium they were Antigua Grupo 2, IPEACO HV-53 and Piracar I. When comparing cultivar reactions to Diplodia and Fusarium, all possible combinations between resistance and susceptibility were detected, showing a lack of association between those reactions. Further-more, a lack of association between reactions to stalk-and ear rots from each pathogen, was also shown, together with a lack of association between reaction either to Diplodia or Fusarium ear rot, and several agronomic variety characteristics such as plant height, cycle, geographic origin, genetic variability and type of endosperm, separately. Consequently, when searching for resistance to Diplodia and or Fusarium ear rots is to be faced, it becomes clearly necessary to perform reliable artificial inoculations, for each pathogen.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBalmer, EricPerea Correa, Carlos Fernando1978-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220207-191025/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-02-08T19:49:23Zoai:teses.usp.br:tde-20220207-191025Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-02-08T19:49:23Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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