Instabilidades cinéticas na eletro-oxidação de 2-propanol sobre Pt
| Main Author: | |
|---|---|
| Publication Date: | 2024 |
| Format: | Master thesis |
| Language: | por |
| Source: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
| Download full: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75134/tde-05082025-160716/ |
Summary: | A eletro-oxidação de 2-propanol em platina forma majoritariamente acetona em um processo de dois elétrons e altamente seletivo. A reversibilidade do par 2-propanol/acetona é particularmente apropriada para a transferência de hidrogênio, e as células a combustível operando com 2-propanol apresentam baixas taxas de cruzamento de combustível do ânodo para o cátodo e potencial de circuito aberto consideravelmente maior do que o observado para o metanol nas mesmas condições. Além disso, o 2-propanol apresenta baixa toxicidade, sendo frequentemente utilizado para desinfecção e limpeza. Mecanisticamente falando, a acetona, além de produto majoritário, é também a principal espécie de envenenamento, já que nenhum CO adsorvido, COad, é detectado, e apenas quantidades muito pequenas de CO2 são observadas em altos potenciais. Instabilidades cinéticas na forma de oscilações de potencial auto-organizadas, por exemplo, na electro-oxidação de 2-propanol em catalisadores de platina e à base de platina, são muitas vezes referidas como a causa da queda do desempenho e um fator limitante à utilização deste sistema. Isso vai de encontro com estudos recentes acerca de combustíveis líquidos empregados em células a combustível e em reformadores eletroquímicos para produzir hidrogênio limpo. O principal objetivo desta dissertação é entender as oscilações eletroquímicas observadas na eletro-oxidação de 2-propanol em platina e então ajustar parâmetros tais como temperatura e composição do eletrólito para manipular as oscilações visando a melhora da atividade e desempenho de dispositivos práticos de geração e armazenagem de energia. Os resultados obtidos mostram que as oscilações presentes na eletro-oxidação do 2-propanol apresentam o típico comportamento de Arrhenius. Em altas temperaturas há três regiões distintas de oscilações, incluindo oscilações de modo misto, que prolongam a duração das oscilações e promovem um aumento considerável de atividade do sistema. Além disso, a adição de metanol ao sistema proporcionou resultados surpreendentes, promovendo elevado ganho de atividade e potência. Também foi realizado um estudo comparativo entre o 2-propanol e etanol acerca da interação dessas espécies com a superfície oxidada de platina por meio de transientes de circuito aberto e varreduras de potencial a altas velocidades. Foi possível observar que a eletro-oxidação do 2-propanol ocorre em potenciais mais baixos do que a do etanol, entretanto este último interage mais fortemente com a superfície oxidada de platina, enquanto a oxidação de 2-propanol é significativamente dificultada pelo elevado teor de óxido de platina na superfície. |
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Instabilidades cinéticas na eletro-oxidação de 2-propanol sobre PtKinetic intabilities in the electro-oxidação of 2-propanol over Pt2-propanol2-propanolelectro-oxidationeletro-oxidaçãooscilaçõesoscillationsA eletro-oxidação de 2-propanol em platina forma majoritariamente acetona em um processo de dois elétrons e altamente seletivo. A reversibilidade do par 2-propanol/acetona é particularmente apropriada para a transferência de hidrogênio, e as células a combustível operando com 2-propanol apresentam baixas taxas de cruzamento de combustível do ânodo para o cátodo e potencial de circuito aberto consideravelmente maior do que o observado para o metanol nas mesmas condições. Além disso, o 2-propanol apresenta baixa toxicidade, sendo frequentemente utilizado para desinfecção e limpeza. Mecanisticamente falando, a acetona, além de produto majoritário, é também a principal espécie de envenenamento, já que nenhum CO adsorvido, COad, é detectado, e apenas quantidades muito pequenas de CO2 são observadas em altos potenciais. Instabilidades cinéticas na forma de oscilações de potencial auto-organizadas, por exemplo, na electro-oxidação de 2-propanol em catalisadores de platina e à base de platina, são muitas vezes referidas como a causa da queda do desempenho e um fator limitante à utilização deste sistema. Isso vai de encontro com estudos recentes acerca de combustíveis líquidos empregados em células a combustível e em reformadores eletroquímicos para produzir hidrogênio limpo. O principal objetivo desta dissertação é entender as oscilações eletroquímicas observadas na eletro-oxidação de 2-propanol em platina e então ajustar parâmetros tais como temperatura e composição do eletrólito para manipular as oscilações visando a melhora da atividade e desempenho de dispositivos práticos de geração e armazenagem de energia. Os resultados obtidos mostram que as oscilações presentes na eletro-oxidação do 2-propanol apresentam o típico comportamento de Arrhenius. Em altas temperaturas há três regiões distintas de oscilações, incluindo oscilações de modo misto, que prolongam a duração das oscilações e promovem um aumento considerável de atividade do sistema. Além disso, a adição de metanol ao sistema proporcionou resultados surpreendentes, promovendo elevado ganho de atividade e potência. Também foi realizado um estudo comparativo entre o 2-propanol e etanol acerca da interação dessas espécies com a superfície oxidada de platina por meio de transientes de circuito aberto e varreduras de potencial a altas velocidades. Foi possível observar que a eletro-oxidação do 2-propanol ocorre em potenciais mais baixos do que a do etanol, entretanto este último interage mais fortemente com a superfície oxidada de platina, enquanto a oxidação de 2-propanol é significativamente dificultada pelo elevado teor de óxido de platina na superfície.The electro-oxidation of 2-propanol on platinum proceeds with very high selectivity to acetone through a two-electrons process. The reversibility of the 2-propanol/acetone pair is particularly appropriate for hydrogen transfer, and fuel cells operating with 2-propanol present low crossover rates, and open circuit potential of 810mV, which is considerably higher than 580mV observed for methanol, under identical conditions. Furthermore, isopropanol is non-toxic and often used for disinfection and cleaning. Mechanistically speaking, acetone, in addition being the main product, is also the main poisoning species, as no adsorbed CO, COad, is detected and only very small amounts of CO2 is observed at high potentials. Kinetic instabilities, namely self-organized potential oscillations, in the electrooxidation of isopropanol on platinum and platinum-based catalysts, are often referred to as the cause of performance decrease and even a limiting factor to the wider use of this system. This is in contrast with recent studies about liquid fuels employed in fuels cell and also in electrochemical reformer to produce clean hydrogen. The main goal of this work is to understand the electrochemical oscillations observed in the electro-oxidation of isopropanol on platinum and then tune the reaction parameters, like temperature and electrolyte composition, in order to engineer the oscillations towards the optimization of practical devices of energy generation and storage. The results obtained show that the oscillations arising from the electro-oxidation of 2-propanol present the typical Arrhenius behavior. At high temperatures there are three distinct regions of oscillations, including mixed-mode oscillations, which prolong the lifetime of oscillations and promotes a considerable increase in system activity. The addition of methanol to the system provided surprising results, promoting great improvement in activity and potency. It was also perform a comparative study between 2-propanol and ethanol about their interation with the oxidized platinum surface through open circuit transients and fast potential scans. It was possible to note that the electro-oxidation of 2-propanol occurs at lower potentials than ethanol, however this last interacts more strongly with the oxidized platinum surface, while the oxidation of 2-propanol is significantly hampered by the high content of platinum oxide on the surface.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlbuquerque, Hamilton Brandão Varela deRagassi, Gianluca2024-06-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75134/tde-05082025-160716/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2025-08-06T13:51:02Zoai:teses.usp.br:tde-05082025-160716Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212025-08-06T13:51:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A eletro-oxidação de 2-propanol em platina forma majoritariamente acetona em um processo de dois elétrons e altamente seletivo. A reversibilidade do par 2-propanol/acetona é particularmente apropriada para a transferência de hidrogênio, e as células a combustível operando com 2-propanol apresentam baixas taxas de cruzamento de combustível do ânodo para o cátodo e potencial de circuito aberto consideravelmente maior do que o observado para o metanol nas mesmas condições. Além disso, o 2-propanol apresenta baixa toxicidade, sendo frequentemente utilizado para desinfecção e limpeza. Mecanisticamente falando, a acetona, além de produto majoritário, é também a principal espécie de envenenamento, já que nenhum CO adsorvido, COad, é detectado, e apenas quantidades muito pequenas de CO2 são observadas em altos potenciais. Instabilidades cinéticas na forma de oscilações de potencial auto-organizadas, por exemplo, na electro-oxidação de 2-propanol em catalisadores de platina e à base de platina, são muitas vezes referidas como a causa da queda do desempenho e um fator limitante à utilização deste sistema. Isso vai de encontro com estudos recentes acerca de combustíveis líquidos empregados em células a combustível e em reformadores eletroquímicos para produzir hidrogênio limpo. O principal objetivo desta dissertação é entender as oscilações eletroquímicas observadas na eletro-oxidação de 2-propanol em platina e então ajustar parâmetros tais como temperatura e composição do eletrólito para manipular as oscilações visando a melhora da atividade e desempenho de dispositivos práticos de geração e armazenagem de energia. Os resultados obtidos mostram que as oscilações presentes na eletro-oxidação do 2-propanol apresentam o típico comportamento de Arrhenius. Em altas temperaturas há três regiões distintas de oscilações, incluindo oscilações de modo misto, que prolongam a duração das oscilações e promovem um aumento considerável de atividade do sistema. Além disso, a adição de metanol ao sistema proporcionou resultados surpreendentes, promovendo elevado ganho de atividade e potência. Também foi realizado um estudo comparativo entre o 2-propanol e etanol acerca da interação dessas espécies com a superfície oxidada de platina por meio de transientes de circuito aberto e varreduras de potencial a altas velocidades. Foi possível observar que a eletro-oxidação do 2-propanol ocorre em potenciais mais baixos do que a do etanol, entretanto este último interage mais fortemente com a superfície oxidada de platina, enquanto a oxidação de 2-propanol é significativamente dificultada pelo elevado teor de óxido de platina na superfície. |
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