Farmacocinética e análise da distribuição placentária da betametasona em gestações gemelares

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Main Author: Rodrigues, Grazielle de Fátima Pinto
Publication Date: 2020
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Download full: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-03112020-120720/
Summary: As gestações múltiplas estão associadas a altas taxas de morbimortalidade perinatal relacionadas à prematuridade. Nas gestações únicas, na iminência do parto prétermo, recomenda-se a administração antenatal de corticosteroides, visando redução das consequências prejudiciais desse nascimento. Porém, nas gestações múltiplas, a prescrição dos mesmos corticosteroides parece não trazer benefícios com similar magnitude. O presente estudo tem como objetivo comparar a farmacocinética e transferência placentária da betametasona em gestantes com fetos únicos e gestantes com fetos gemelares, entre 24-34 semanas, e observar se os parâmetros farmacocinéticos são diferentes entre gemelares dicoriônicos e monocoriônicos. Das pacientes que preencheram os critérios de inclusão, após administração antenatal de 12mg de betametasona intramuscular, foram coletadas amostras seriadas de sangue materno para análise farmacocinética durante 24 horas. Foram investigadas 26 gestantes, sendo 9 do grupo controle (fetos únicos) 9 do grupo gemelar dicoriônico (DC) e 8 do grupo gemelar monocoriônico (MC). A betametasona foi analisada em plasma empregando LC-MS/MS. O teste para análise estatística utilizado foi o Kruskal-Wallis para dados não pareados com nível de significância fixado em p<0,05. O método não apresentou efeito residual e efeito matriz. A linearidade do método validado em plasma foi de 2-250 ng/mL e os coeficientes de variação e o erro padrão relativo do estudo de precisão e exatidão foram inferiores a 15%. O Cmax do grupo gemelar DC foi menor (40,17 vs 43,87 vs 47,87 ng/mL ) e o Vd/F foi maior (116 vs 99,74 vs 107,8 L) quando comparado aos grupos gemelar MC e grupo controle, respectivamente. AUC foi significativamente menor e CL/F foi significativamente maior nos grupos de gestações gemelares quando comparados às gestações com fetos únicos. Os resultados dos parâmetros farmacocinéticos e os dados preliminares do compartimento materno-fetal sugerem que a gemelaridade, principalmente a DC, influencia na farmacocinética e transferência placentária da betametasona. Para confirmar o comportamento da betametasona na transferência placentária e a repercussão dessa diferença sobre os fetos são necessários estudos clínicos com número maior de participantes e diferentes esquemas posológicos de betametasona.
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O presente estudo tem como objetivo comparar a farmacocinética e transferência placentária da betametasona em gestantes com fetos únicos e gestantes com fetos gemelares, entre 24-34 semanas, e observar se os parâmetros farmacocinéticos são diferentes entre gemelares dicoriônicos e monocoriônicos. Das pacientes que preencheram os critérios de inclusão, após administração antenatal de 12mg de betametasona intramuscular, foram coletadas amostras seriadas de sangue materno para análise farmacocinética durante 24 horas. Foram investigadas 26 gestantes, sendo 9 do grupo controle (fetos únicos) 9 do grupo gemelar dicoriônico (DC) e 8 do grupo gemelar monocoriônico (MC). A betametasona foi analisada em plasma empregando LC-MS/MS. O teste para análise estatística utilizado foi o Kruskal-Wallis para dados não pareados com nível de significância fixado em p<0,05. O método não apresentou efeito residual e efeito matriz. A linearidade do método validado em plasma foi de 2-250 ng/mL e os coeficientes de variação e o erro padrão relativo do estudo de precisão e exatidão foram inferiores a 15%. O Cmax do grupo gemelar DC foi menor (40,17 vs 43,87 vs 47,87 ng/mL ) e o Vd/F foi maior (116 vs 99,74 vs 107,8 L) quando comparado aos grupos gemelar MC e grupo controle, respectivamente. AUC foi significativamente menor e CL/F foi significativamente maior nos grupos de gestações gemelares quando comparados às gestações com fetos únicos. Os resultados dos parâmetros farmacocinéticos e os dados preliminares do compartimento materno-fetal sugerem que a gemelaridade, principalmente a DC, influencia na farmacocinética e transferência placentária da betametasona. Para confirmar o comportamento da betametasona na transferência placentária e a repercussão dessa diferença sobre os fetos são necessários estudos clínicos com número maior de participantes e diferentes esquemas posológicos de betametasona.Multiple pregnancies are associated with high rates of perinatal morbidity and mortality related to prematurity. Under unique conditions, when premature birth is imminent, prenatal administration of corticosteroids is recommended, reducing the nocuous consequences of that birth. However, in multiple pregnancies, the prescription of the same corticosteroids does not seem to bring benefits of similar magnitude. The present study aims to compare the pharmacokinetics and placental transfer of betamethasone in twin and singleton pregnancies between 24-34 weeks and to observe whether the pharmacokinetic parameters are different between dichorionic and monochorionic twin pregnancies. Patients who met the inclusion criteria, after intramuscular administration of 12 mg of betamethasone intramuscularly, were collected samples of maternal blood for pharmacokinetic analysis for 24 hours. 26 pregnant women were investigated, 9 from the control group (singleton) 9 from the dichorionic twin group (DC) and 8 from the monochorionic twin group (MC). The betamethasone was analyzed in plasma using LC-MS/MS. The statistical analysis used was the Kruskal-Wallis test for unpaired data, with a significance at p <0.05. The method does not show residual effect and matrix effect. A linearity method validated in the plasma was 2-250 ng/mL and the coefficients of variation and relative standard error of the accuracy and precision studies were less than 15%. The Cmax of the DC twin group was lower (40.17 vs 43.87 vs 47.87 ng/mL) and Vd/F was higher (116 vs 99.74 vs 107.8 L) when compared to the MC twin group and control group, respectively. The AUC of betamethasone was significantly higher, and CL/F was significantly lower in singleton pregnancies than in both groups of twin pregnancies. The results of pharmacokinetic parameters and preliminary data from the maternal-fetal compartment suggest that twinning, especially DC, influences the pharmacokinetics and placental transfer of betamethasone. To confirm the behavior of betamethasone on placental transfer and the impact of this difference on the newborns it is necessary clinical trials with a larger number of participants and different betamethasone dosing schedules.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMarcolin, Alessandra CristinaRodrigues, Grazielle de Fátima Pinto2020-08-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-03112020-120720/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-28T22:27:02Zoai:teses.usp.br:tde-03112020-120720Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-28T22:27:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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