Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante

Bibliographic Details
Main Author: Machado, Marina Amaral de Ávila
Publication Date: 2016
Other Authors: Moura, Cristiano Soares de, Ferré, Felipe, Bernatsky, Sasha, Rahme, Elham, Acurcio, Francisco de Assis
Format: Article
Language: eng
por
Source: Revista de Saúde Pública
DOI: 10.1590/S1518-8787.2016050006265
Download full: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126542
Summary: OBJETIVO Avaliar a persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante que iniciaram terapia com medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) e agentes bloqueadores do fator de necrose tumoral (anti-TNF). MÉTODOS Este estudo de coorte retrospectiva de julho de 2008 a setembro de 2013 avaliou a persistência na terapia, definida como o tempo do início até a descontinuação, permitindo-se um intervalo de até 30 dias entre o fim da prescrição e o início da prescrição seguinte. Odds ratio (OR) com intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados por meio de modelos de regressão logística para estimar a chance de apresentar persistência na terapia após o primeiro e os dois primeiros anos de seguimento. RESULTADOS Foram incluídos 11.642 pacientes com artrite reumatoide – 2.241 iniciaram uso de agentes anti-TNF (+/-MMCD) e 9.401 iniciaram MMCD – e 1.251 pacientes com espondilite anquilosante – 976 iniciaram uso de agentes anti-TNF (+/-MMCD) e 275 iniciaram MMCD. No primeiro ano de acompanhamento, 63,5% persistiram em terapia com anti-TNF (+/-MMCD) e 54,1% em uso de MMCD do grupo com artrite reumatoide. Em relação à espondilite anquilosante, 79,0% do grupo anti-TNF (+/-MMCD) e 41,1% do grupo MMCD persistiram no tratamento. O OR (IC95%) para persistência na terapia foi de 1,50 (1,34–1,67) para o grupo anti-TNF (+/-MMCD) comparado com MMCD no primeiro ano em pacientes com artrite reumatoide, e de 2,33 (1,74–3,11) em pacientes com espondilite anquilosante. Foi observada tendência semelhante ao final do segundo ano. CONCLUSÕES Observou-se uma tendência geral de taxas mais elevadas de persistência na terapia com anti-TNF (+/-MMCD) em relação a MMCD no período estudado. Foram observadas taxas de persistência mais elevadas para os usuários de anti-TNF (+/-MMCD) em pacientes com espondilite anquilosante em relação a artrite reumatoide, e maior persistência para MMCD em pacientes com artrite reumatoide em relação à espondilite anquilosante.
id USP-23_c01bcd48abaa3cef4c487bfbf73eab44
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/126542
network_acronym_str USP-23
network_name_str Revista de Saúde Pública
spelling Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante Treatment persistence in patients with rheumatoid arthritis and ankylosing spondylitis OBJETIVO Avaliar a persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante que iniciaram terapia com medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) e agentes bloqueadores do fator de necrose tumoral (anti-TNF). MÉTODOS Este estudo de coorte retrospectiva de julho de 2008 a setembro de 2013 avaliou a persistência na terapia, definida como o tempo do início até a descontinuação, permitindo-se um intervalo de até 30 dias entre o fim da prescrição e o início da prescrição seguinte. Odds ratio (OR) com intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados por meio de modelos de regressão logística para estimar a chance de apresentar persistência na terapia após o primeiro e os dois primeiros anos de seguimento. RESULTADOS Foram incluídos 11.642 pacientes com artrite reumatoide – 2.241 iniciaram uso de agentes anti-TNF (+/-MMCD) e 9.401 iniciaram MMCD – e 1.251 pacientes com espondilite anquilosante – 976 iniciaram uso de agentes anti-TNF (+/-MMCD) e 275 iniciaram MMCD. No primeiro ano de acompanhamento, 63,5% persistiram em terapia com anti-TNF (+/-MMCD) e 54,1% em uso de MMCD do grupo com artrite reumatoide. Em relação à espondilite anquilosante, 79,0% do grupo anti-TNF (+/-MMCD) e 41,1% do grupo MMCD persistiram no tratamento. O OR (IC95%) para persistência na terapia foi de 1,50 (1,34–1,67) para o grupo anti-TNF (+/-MMCD) comparado com MMCD no primeiro ano em pacientes com artrite reumatoide, e de 2,33 (1,74–3,11) em pacientes com espondilite anquilosante. Foi observada tendência semelhante ao final do segundo ano. CONCLUSÕES Observou-se uma tendência geral de taxas mais elevadas de persistência na terapia com anti-TNF (+/-MMCD) em relação a MMCD no período estudado. Foram observadas taxas de persistência mais elevadas para os usuários de anti-TNF (+/-MMCD) em pacientes com espondilite anquilosante em relação a artrite reumatoide, e maior persistência para MMCD em pacientes com artrite reumatoide em relação à espondilite anquilosante. OBJECTIVE To evaluate treatment persistence in patients with rheumatoid arthritis and ankylosing spondylitis who started therapies with disease-modifying antirheumatic drugs (DMARD) and tumor necrosis factor blockers (anti-TNF drugs). METHODS This retrospective cohort study from July 2008 to September 2013 evaluated therapy persistence, which is defined as the period between the start of treatment until it is discontinued, allowing for an interval of up to 30 days between the prescription end and the start of the next prescription. Odds ratio (OR) with 95% confidence intervals (95%CI) were calculated by logistic regression models to estimate the patients’ chances of persisting in their therapies after the first and after the two first years of follow-up. RESULTS The study included 11,642 patients with rheumatoid arthritis – 2,241 of these started on anti-TNF drugs (+/-DMARD) and 9,401 patients started on DMARD – and 1,251 patients with ankylosing spondylitis – 976 of them were started on anti-TNF drugs (+/-DMARD) and 275 were started on DMARD. In the first year of follow-up, 63.5% of the patients persisted in their therapies with anti-TNF drugs (+/-DMARD) and 54.1% remained using DMARD in the group with rheumatoid arthritis. In regards to ankylosing spondylitis, 79.0% of the subjects in anti-TNF (+/-DMARD) group and 41.1% of the subjects in the DMARD group persisted with their treatments. The OR (95%CI) for therapy persistence was 1.50 (1.34-1.67) for the anti-TNF (+/-DMARD) group as compared with the DMARD group in the first year for the patients with rheumatoid arthritis, and 2.33 (1.74-3.11) for the patients with ankylosing spondylitis. A similar trend was observed at the end of the second year. CONCLUSIONS A general trend of higher rates of therapy persistence with anti-TNF drugs (+/-DMARD) was observed as compared to DMARD in the study period. We observed higher persistence rates for anti-TNF drugs (+/-DMARD) in patients with ankylosing spondylitis as compared to rheumatoid arthritis; and a higher persistence for DMARD in patients with rheumatoid arthritis as compared to ankylosing spondylitis. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2016-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/12654210.1590/S1518-8787.2016050006265Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 50Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 50Revista de Saúde Pública; v. 50 (2016); 501518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126542/123507https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126542/123508Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessMachado, Marina Amaral de ÁvilaMoura, Cristiano Soares deFerré, FelipeBernatsky, SashaRahme, ElhamAcurcio, Francisco de Assis2018-02-26T17:09:52Zoai:revistas.usp.br:article/126542Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2018-02-26T17:09:52Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
Treatment persistence in patients with rheumatoid arthritis and ankylosing spondylitis
title Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
spellingShingle Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
Machado, Marina Amaral de Ávila
Machado, Marina Amaral de Ávila
title_short Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
title_full Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
title_fullStr Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
title_full_unstemmed Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
title_sort Persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante
author Machado, Marina Amaral de Ávila
author_facet Machado, Marina Amaral de Ávila
Machado, Marina Amaral de Ávila
Moura, Cristiano Soares de
Ferré, Felipe
Bernatsky, Sasha
Rahme, Elham
Acurcio, Francisco de Assis
Moura, Cristiano Soares de
Ferré, Felipe
Bernatsky, Sasha
Rahme, Elham
Acurcio, Francisco de Assis
author_role author
author2 Moura, Cristiano Soares de
Ferré, Felipe
Bernatsky, Sasha
Rahme, Elham
Acurcio, Francisco de Assis
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Machado, Marina Amaral de Ávila
Moura, Cristiano Soares de
Ferré, Felipe
Bernatsky, Sasha
Rahme, Elham
Acurcio, Francisco de Assis
description OBJETIVO Avaliar a persistência do tratamento em pacientes com artrite reumatoide e espondilite anquilosante que iniciaram terapia com medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) e agentes bloqueadores do fator de necrose tumoral (anti-TNF). MÉTODOS Este estudo de coorte retrospectiva de julho de 2008 a setembro de 2013 avaliou a persistência na terapia, definida como o tempo do início até a descontinuação, permitindo-se um intervalo de até 30 dias entre o fim da prescrição e o início da prescrição seguinte. Odds ratio (OR) com intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados por meio de modelos de regressão logística para estimar a chance de apresentar persistência na terapia após o primeiro e os dois primeiros anos de seguimento. RESULTADOS Foram incluídos 11.642 pacientes com artrite reumatoide – 2.241 iniciaram uso de agentes anti-TNF (+/-MMCD) e 9.401 iniciaram MMCD – e 1.251 pacientes com espondilite anquilosante – 976 iniciaram uso de agentes anti-TNF (+/-MMCD) e 275 iniciaram MMCD. No primeiro ano de acompanhamento, 63,5% persistiram em terapia com anti-TNF (+/-MMCD) e 54,1% em uso de MMCD do grupo com artrite reumatoide. Em relação à espondilite anquilosante, 79,0% do grupo anti-TNF (+/-MMCD) e 41,1% do grupo MMCD persistiram no tratamento. O OR (IC95%) para persistência na terapia foi de 1,50 (1,34–1,67) para o grupo anti-TNF (+/-MMCD) comparado com MMCD no primeiro ano em pacientes com artrite reumatoide, e de 2,33 (1,74–3,11) em pacientes com espondilite anquilosante. Foi observada tendência semelhante ao final do segundo ano. CONCLUSÕES Observou-se uma tendência geral de taxas mais elevadas de persistência na terapia com anti-TNF (+/-MMCD) em relação a MMCD no período estudado. Foram observadas taxas de persistência mais elevadas para os usuários de anti-TNF (+/-MMCD) em pacientes com espondilite anquilosante em relação a artrite reumatoide, e maior persistência para MMCD em pacientes com artrite reumatoide em relação à espondilite anquilosante.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126542
10.1590/S1518-8787.2016050006265
url https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126542
identifier_str_mv 10.1590/S1518-8787.2016050006265
dc.language.iso.fl_str_mv eng
por
language eng
por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126542/123507
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126542/123508
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 50
Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 50
Revista de Saúde Pública; v. 50 (2016); 50
1518-8787
0034-8910
reponame:Revista de Saúde Pública
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista de Saúde Pública
collection Revista de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br
_version_ 1822178995687391232
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S1518-8787.2016050006265