Perfil de expressão de retrovírus endógenos humanos e resposta humoral anti HERV-K e W em pacientes com artrite reumatoide
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Publication Date: | 2023 |
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Summary: | Introdução: Os Retrovírus Endógenos Humanos (HERVs) são vírus que infectaram células germinativas dos nossos ancestrais há milhões de anos atrás. Esses vírus se integraram e se fixaram no genoma humano que chega a ser composto de 8% de sequências dos HERVs. Esses vírus têm sido associados com um possível papel na patogênese de doenças autoimunes, em especial a Esclerose Múltipla (EM) e em Lúpus Eritematoso Sistêmico, mas pouco se tem estudado na Artrite Reumatoide (AR). A AR não apresenta etiologia definida e os pacientes acometidos pela doença podem apresentar quadros graves e consideravelmente debilitantes. Desta forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a expressão desses HERVs (em especial HERVs da família K e W) e uma possível resposta humoral anti HERV em pacientes com AR. Métodos: As plataformas Genbank e expasy foram utilizados para selecionar os peptídeos com similaridade acima de 50%, comparando as sequências do HERV (K e W) com componentes articulares e a proteína Mielina Oligodendrócito Glicoproteína (MOG), componente da bainha de mielina e está relacionada a EM. Os peptídeos sintetizados foram utilizados no ensaio de ELISA para anticorpos anti-HERV-K e W. Para o ELISA, foram utilizados soros de pacientes com esclerose múltipla - EM (n= 31), com Artrite Reumatoide - AR (n= 31) e doadores saudáveis sem histórico de doenças autoimunes (n= 54). Os leucócitos dos pacientes com Atrite Reumatoide (n= 31) e doadores saudáveis (n= 31) foram processados e submetido à análise por PCR em Tempo Real para investigação da expressão de HERV-K (HML-1) e HERV-W (HERV-17) por quantificação relativa pelo método de -2ΔΔCt. Resultados: Foram selecionados e sintetizados 2 peptídeos (pep) referentes ao HERV-W e 8 peptídeos de HERV-K. A validação do ELISA indireto com soros de pacientes com EM mostrou que houve imunoreatividade para todos os peptídeos comparados com os controles saudáveis (p<0,0001). Os peps 3 (HERV-W) , 6 e 8 (HERV-K) apresentaram os maiores valores de sensibilidade e especificidade, bem como a acurácia diagnóstica apresentando 93,55%, 93,55% e 96,77%, respectivamente. Os cut off variaram de 0,08975 (W Pep 1) a 0,1758 (K Pep 10), valor usado para determinar quais amostras eram positivas e quais amostras eram negativas. Estes valores de corte foram utilizados para calcular o índice ELISA - IE, no qual divide-se a densidade ótica pelo cut off e os valores acima de 1 são considerados positivos. Surpreendentemente, os IE dos controles saudáveis deram mais positivos que os pacientes com AR, chegando a ser, respectivamente, 16,13% vs 3,23% para o pep 1, 29,03 vs 0,00% para os peps 2 e 9 ; 64,52% vs 16,13% para o pep 4, 25,81 vs 0,0% para o pep 7, sendo todos estes estatisticamente diferentes (p<0,008). O PCR mostrou uma expressão em média 2 vezes maior no HERV-W em comparação com o grupo controle e o HERV-K não teve diferença significativa em relação ao grupo controle. Conclusão: Os pacientes com artrite reumatoide tiveram uma menor imunoreatividade aos peptídeos relacionados ao HERV-W e K em relação aos doadores saudáveis sem histórico de doenças autoimunes. Com os primers selecionados foi possível verificar a expressão 2 vezes maior de HERV-W, e uma expressão basal de HERV-K, nas amostras com pacientes com artrite reumatoide em comparação ao controle. |
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Perfil de expressão de retrovírus endógenos humanos e resposta humoral anti HERV-K e W em pacientes com artrite reumatoideAutoimunidadeBioinformáticaRetrovírus Endógenos HumanosIntrodução: Os Retrovírus Endógenos Humanos (HERVs) são vírus que infectaram células germinativas dos nossos ancestrais há milhões de anos atrás. Esses vírus se integraram e se fixaram no genoma humano que chega a ser composto de 8% de sequências dos HERVs. Esses vírus têm sido associados com um possível papel na patogênese de doenças autoimunes, em especial a Esclerose Múltipla (EM) e em Lúpus Eritematoso Sistêmico, mas pouco se tem estudado na Artrite Reumatoide (AR). A AR não apresenta etiologia definida e os pacientes acometidos pela doença podem apresentar quadros graves e consideravelmente debilitantes. Desta forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a expressão desses HERVs (em especial HERVs da família K e W) e uma possível resposta humoral anti HERV em pacientes com AR. Métodos: As plataformas Genbank e expasy foram utilizados para selecionar os peptídeos com similaridade acima de 50%, comparando as sequências do HERV (K e W) com componentes articulares e a proteína Mielina Oligodendrócito Glicoproteína (MOG), componente da bainha de mielina e está relacionada a EM. Os peptídeos sintetizados foram utilizados no ensaio de ELISA para anticorpos anti-HERV-K e W. Para o ELISA, foram utilizados soros de pacientes com esclerose múltipla - EM (n= 31), com Artrite Reumatoide - AR (n= 31) e doadores saudáveis sem histórico de doenças autoimunes (n= 54). Os leucócitos dos pacientes com Atrite Reumatoide (n= 31) e doadores saudáveis (n= 31) foram processados e submetido à análise por PCR em Tempo Real para investigação da expressão de HERV-K (HML-1) e HERV-W (HERV-17) por quantificação relativa pelo método de -2ΔΔCt. Resultados: Foram selecionados e sintetizados 2 peptídeos (pep) referentes ao HERV-W e 8 peptídeos de HERV-K. A validação do ELISA indireto com soros de pacientes com EM mostrou que houve imunoreatividade para todos os peptídeos comparados com os controles saudáveis (p<0,0001). Os peps 3 (HERV-W) , 6 e 8 (HERV-K) apresentaram os maiores valores de sensibilidade e especificidade, bem como a acurácia diagnóstica apresentando 93,55%, 93,55% e 96,77%, respectivamente. Os cut off variaram de 0,08975 (W Pep 1) a 0,1758 (K Pep 10), valor usado para determinar quais amostras eram positivas e quais amostras eram negativas. Estes valores de corte foram utilizados para calcular o índice ELISA - IE, no qual divide-se a densidade ótica pelo cut off e os valores acima de 1 são considerados positivos. Surpreendentemente, os IE dos controles saudáveis deram mais positivos que os pacientes com AR, chegando a ser, respectivamente, 16,13% vs 3,23% para o pep 1, 29,03 vs 0,00% para os peps 2 e 9 ; 64,52% vs 16,13% para o pep 4, 25,81 vs 0,0% para o pep 7, sendo todos estes estatisticamente diferentes (p<0,008). O PCR mostrou uma expressão em média 2 vezes maior no HERV-W em comparação com o grupo controle e o HERV-K não teve diferença significativa em relação ao grupo controle. Conclusão: Os pacientes com artrite reumatoide tiveram uma menor imunoreatividade aos peptídeos relacionados ao HERV-W e K em relação aos doadores saudáveis sem histórico de doenças autoimunes. Com os primers selecionados foi possível verificar a expressão 2 vezes maior de HERV-W, e uma expressão basal de HERV-K, nas amostras com pacientes com artrite reumatoide em comparação ao controle.UNISA2025-02-13T15:12:07Z2025-02-13T15:12:07Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFLOSE, Bruna Reimberg. Perfil de expressão de retrovírus endógenos humanos e resposta humoral anti HERV-K e W em pacientes com artrite reumatoide. Orientador: Luiz Henrique da Silva Nali. Coorientadora: Marina Tiemi Shio. 2023. 75 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2023.http://dspace.unisa.br/handle/123456789/2862ark:/30103/00130000015wpFlose, Bruna Reimbergporreponame:Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaroinstname:Universidade Santo Amaro (UNISA)instacron:UNISAinfo:eu-repo/semantics/openAccess2025-08-12T09:54:27Zoai:dspace.unisa.br:123456789/2862Repositório InstitucionalPRIhttps://dspace.unisa.br/server/oai/requestjesantos@prof.unisa.br || mimartins@unisa.bropendoar:2025-08-12T09:54:27Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro - Universidade Santo Amaro (UNISA)false |
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Introdução: Os Retrovírus Endógenos Humanos (HERVs) são vírus que infectaram células germinativas dos nossos ancestrais há milhões de anos atrás. Esses vírus se integraram e se fixaram no genoma humano que chega a ser composto de 8% de sequências dos HERVs. Esses vírus têm sido associados com um possível papel na patogênese de doenças autoimunes, em especial a Esclerose Múltipla (EM) e em Lúpus Eritematoso Sistêmico, mas pouco se tem estudado na Artrite Reumatoide (AR). A AR não apresenta etiologia definida e os pacientes acometidos pela doença podem apresentar quadros graves e consideravelmente debilitantes. Desta forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a expressão desses HERVs (em especial HERVs da família K e W) e uma possível resposta humoral anti HERV em pacientes com AR. Métodos: As plataformas Genbank e expasy foram utilizados para selecionar os peptídeos com similaridade acima de 50%, comparando as sequências do HERV (K e W) com componentes articulares e a proteína Mielina Oligodendrócito Glicoproteína (MOG), componente da bainha de mielina e está relacionada a EM. Os peptídeos sintetizados foram utilizados no ensaio de ELISA para anticorpos anti-HERV-K e W. Para o ELISA, foram utilizados soros de pacientes com esclerose múltipla - EM (n= 31), com Artrite Reumatoide - AR (n= 31) e doadores saudáveis sem histórico de doenças autoimunes (n= 54). Os leucócitos dos pacientes com Atrite Reumatoide (n= 31) e doadores saudáveis (n= 31) foram processados e submetido à análise por PCR em Tempo Real para investigação da expressão de HERV-K (HML-1) e HERV-W (HERV-17) por quantificação relativa pelo método de -2ΔΔCt. Resultados: Foram selecionados e sintetizados 2 peptídeos (pep) referentes ao HERV-W e 8 peptídeos de HERV-K. A validação do ELISA indireto com soros de pacientes com EM mostrou que houve imunoreatividade para todos os peptídeos comparados com os controles saudáveis (p<0,0001). Os peps 3 (HERV-W) , 6 e 8 (HERV-K) apresentaram os maiores valores de sensibilidade e especificidade, bem como a acurácia diagnóstica apresentando 93,55%, 93,55% e 96,77%, respectivamente. Os cut off variaram de 0,08975 (W Pep 1) a 0,1758 (K Pep 10), valor usado para determinar quais amostras eram positivas e quais amostras eram negativas. Estes valores de corte foram utilizados para calcular o índice ELISA - IE, no qual divide-se a densidade ótica pelo cut off e os valores acima de 1 são considerados positivos. Surpreendentemente, os IE dos controles saudáveis deram mais positivos que os pacientes com AR, chegando a ser, respectivamente, 16,13% vs 3,23% para o pep 1, 29,03 vs 0,00% para os peps 2 e 9 ; 64,52% vs 16,13% para o pep 4, 25,81 vs 0,0% para o pep 7, sendo todos estes estatisticamente diferentes (p<0,008). O PCR mostrou uma expressão em média 2 vezes maior no HERV-W em comparação com o grupo controle e o HERV-K não teve diferença significativa em relação ao grupo controle. Conclusão: Os pacientes com artrite reumatoide tiveram uma menor imunoreatividade aos peptídeos relacionados ao HERV-W e K em relação aos doadores saudáveis sem histórico de doenças autoimunes. Com os primers selecionados foi possível verificar a expressão 2 vezes maior de HERV-W, e uma expressão basal de HERV-K, nas amostras com pacientes com artrite reumatoide em comparação ao controle. |
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