Focos de calor no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG

• Main Author: Jesus Júnior, Paulo Renato de
• Publication Date: 2021
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UFRRJ
• Download full: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/8883
• topic: Incêndios florestais; Unidades de conservação; Cerrado

O Parque Nacional da Serra do Cipó está localizado no estado de Minas Gerais e foi criado com o intuito de proteger as nascentes do rio Cipó, a rica flora dos campos rupestres e combater o desmatamento. Embora o fogo ocorra há milhões de anos, ele é capaz de influenciar na dinâmica e estrutura das populações de plantas através da remoção de serapilheira, controle das espécies dominantes, além de modificar a temperatura do solo. Deste modo, considerando que a atividade humana tem sido cada vez mais efetiva nos focos de incêndio, monitorar os focos de incêndio torna-se extremamente importante para estabelecer políticas de combate e conscientização ambiental. Assim, o presente trabalho teve como objetivo a realização de um levantamento sobre os focos de incêndios incidentes no Parque Nacional da Serra do Cipó (MG) nos últimos cinco anos. Os dados de focos de incêndios foram coletados na base de dados do site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), através Banco de Dados de Queimadas. O período de recorte para a análise dos dados compreendeu os últimos cinco anos (de janeiro de 2017 a setembro de 2021). Os satélites utilizados para obtenção dos dados foram o NPP-375 e o Acqua-MT (tido como satélite de referência), com buffer de 10 km, na Unidade de Conservação do Parque Nacional da Serra do Cipó. Após realizar o download dos arquivos gerados em formato KML pelo site do Banco de Dados de Queimadas, os mesmos foram introduzidos no site do Google Earth, onde foram gerados os gráficos com os pontos onde ocorreram os focos de calor para cada ano e satélite. Durante o período de 2017 a setembro de 2021 observou-se uma variação no número de focos de calor, sendo que o ano de 2019 apresentou 184 focos. Destaca-se também que foi no mês de setembro dos anos de 2019 e 2020 onde houve os maiores números de focos registrados. Com relação à média dos últimos cinco anos de avaliação, o regime de chuva tem grande influência no número de focos de calor, apresentando maior pico no mês de setembro (transição das estações inverno e primavera). O satélite NPP-375 apresenta grande potencial para tornar-se um satélite de referência, pois ele foi capaz de registrar um número muito maior de focos em relação ao satélite Acqua-MT, atualmente tido como referência pelo Banco de Dados de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.