Utilização de membranas de osmose inversa descartadas no reúso de efluente final da ETE de uma indústria

• Main Author: Zotti, Juliana Schenhel
• Publication Date: 2019
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UFRGS
• Download full: http://hdl.handle.net/10183/200378
• topic: Reúso da água; Efluentes industriais; Osmose inversa; Membranas; Wastewater reuse; Discarded RO membranes; Industrial wastewater; Membrane technology

O reúso de efluentes é uma interessante alternativa para a otimização do uso de recursos hídricos pelos diversos setores da indústria. Nesse contexto, é necessário que sejam estudadas tecnologias que viabilizem essa prática. A osmose inversa (OI) é amplamente utilizada em plantas de dessalinização de água ao redor do mundo e pode ser também empregada no tratamento de efluentes que contém quantidades consideráveis de sais dissolvidos em sua composição. Os módulos espirais das membranas de OI tem vida útil esperada de 5 a 8 anos e após são descartados, gerando um passivo ambiental. Uma alternativa para esse resíduo pode ser no tratamento de efluentes para produção de água de melhor qualidade, para reúso como água de resfriamento, na agricultura ou recarga de aquíferos. A proposta do presente trabalho é avaliar a utilização de membranas de OI descartadas de processos de desmineralização no tratamento de efluente final da ETE de uma indústria, visando atender à legislação e ao reúso dessa água. A avaliação da eficiência das membranas foi realizada através de ensaios com o efluente em um sistema de osmose inversa de bancada, utilizando pré-tratamento com filtro cartucho. Foram analisados os parâmetros pH, condutividade elétrica e turbidez, do efluente bruto, filtrado e permeado. Verificou-se que o pré-tratamento escolhido foi suficiente para a obtenção de efluente filtrado com turbidez menor que 1 NTU, condição requerida para a alimentação de sistemas de OI, para as três amostras de efluente testadas. Os permeados obtidos com as três amostras de membranas testadas foram comparados em relação à especificação de condutividade elétrica para a água de resfriamento fornecida pela indústria (400 μS/cm). Verificou-se que o permeado obtido com a amostra de membrana III satisfazia a condição anterior, com condutividade elétrica de aproximadamente 180 μS/cm. A análise das caracterizações indicou que houve degradação das amostras de membrana I e II. O depósito de incrustrações (fouling), foi observado para amostra de membrana III.