Caracterização de nanovesículas contendo peptídeos bioativos obtidos do soro de leite ovino
| Autor(a) principal: | |
|---|---|
| Data de Publicação: | 2016 |
| Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
| Idioma: | por |
| Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
| Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/149584 |
Resumo: | O soro de leite é um subproduto formado durante a produção de leite e da caseína. Esse subproduto compõe a fração aquosa do leite, além de conter cerca de metade de seus componentes solúveis. O soro de leite possui um valor nutricional considerável, principalmente por causa de suas proteínas, que possuem excelentes qualidades nutricionais e funcionais. Em contrapartida, a produção de soro causa um grande impacto ambiental, em função do grande volume de rejeitos gerados, os quais possuem uma elevada carga orgânica. Desse modo, é de grande interesse o desenvolvimento de novas alternativas para seu manejo e melhor aproveitamento. Atualmente, os consumidores estão interessados em alimentos minimamente processados ou que possuem características funcionais e que possuam um tempo prolongado de prateleira, mas sem adição de conservantes químicos. Uma alternativa promissora para esse fim é a bioconservação por meio do uso de peptídeos bioativos, os quais podem ser obtidos através da hidrólise de proteínas do soro do leite. A aplicação desses peptídeos, no entanto, é dificultada por sua baixa resistência à degradação e hidrólise. Uma forma de proteger os peptídeos bioativos de degradação é sua encapsulação em vesículas lipídicas, denominadas lipossomas. O objetivo desse trabalho foi desenvolver e caracterizar, ao longo de 1 mês, lipossomas contendo peptídeos bioativos parcialmente purificados obtidos da hidrólise enzimática do soro de queijo ovino, utilizando uma preparação enzimática bacteriana. Os lipossomas foram avaliados quanto a seu diâmetro médio, polidispersividade e potencial zeta (ζ), que foram utilizados como parâmetros de estabilidade. Os peptídeos encapsulados foram comparados com peptídeos não encapsulados quanto a sua atividade biológica, que foi avaliada pela atividade antioxidante, avaliada pela capacidade de captura do radical ABTS, e anti-hipertensiva, avaliada pela capacidade de inibição da enzima conversora de angiotensina I (ECA). O diâmetro médio dos lipossomas se apresentou na escala nanométrica. A polidispersividade se apresentou superior ao ideal, ao mesmo tempo em que os valores observados para o potencial ζ foram ligeiramente inferiores aos valores que caracterizam boa estabilidade. Os três parâmetros, no entanto, se mantiveram constantes no decorrer de 1 mês. As atividades antioxidante e anti-hipertensiva dos peptídeos sofreram reduções após a encapsulação. Não obstante, a encapsulação foi capaz de tornar menos expressiva a perda de atividade dos peptídeos encapsulados, quando comparados aos não encapsulados. Conclui-se que a encapsulação de peptídeos bioativos em lipossomas é capaz de protegê-los de degradação por condições ambientais adversas, sem causar perda demasiada de sua atividade. |
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