Intervenções dietéticas, microbiota e doença inflamatória intestinal : uma revisão sistemática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/143763 |
Resumo: | Introdução: As doenças inflamatórias intestinais (DIIs) são um grupo de desordens crônicas do trato gastrointestinal, que incluem principalmente a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn (DC) e afetam mais de 3,6 milhões de pessoas no mundo. Acredita-se que a intervenção dietética, incluindo a suplementação de pre e probióticos, é capaz de modular a microbiota e melhorar os sintomas e desfechos clínicos, principalmente associados à resposta inflamatória. Objetivo: Revisar a literatura de forma sistemática e verificar as possíveis associações entre componentes dietéticos e a microbiota intestinal nos parâmetros clínicos da doença inflamatória intestinal, identificando o tipo, a dose e o tempo de intervenção. Materiais e métodos: Foram utilizadas as bases de dados PuBmed, Bireme, Cochrane, Embase e Scielo, utilizando a seguinte combinação de descritores: "microbiota","inflammatory bowel disease", "food", "diet" e “randomized controlled trial". Foram incluídos estudos publicados até outubro de 2015 nos quais tenha sido avaliada a modulação da microbiota intestinal por algum componente dietético e que apresentassem desfechos clínicos associados às DIIs. Resultados: Na busca inicial foram encontrados 28 artigos, dos quais 4 preenchiam o delineamento desejado (ensaios clínicos). Após a leitura dos resumos, os estudos permacneceram e foram incluídos mais três através de busca manual. A intervenção mais utilizada foi uso de prebioticos, incluindo Frutooligossacarídeos (FOS) ou FOS com Inulina, seguido pelo uso de probióticos. Os principais achados em relação à microbiota foram aumento da quantidade total de bactérias e da variabilidade (filos). Quanto ao impacto das intervenções do ponto de vista clínico, houve melhora da inflamação, verificada em parâmetros como proteína C reativa (PCR), interleucinas e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Conclusão: Há evidências de que a dieta, especialmente os FOS e Inulina, têm impacto sobre a microbiota intestinal e que esta modulação estaria associada à melhora de parâmetros clínicos nos pacientes com DIIs. Porém, os estudos são heterogêneos, utilizando diferentes amostras, doses, tempo de intervenção e técnicas de análise da microbiota. |
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