Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos

Bibliographic Details
Main Author: Virgínia Ferreira Chaves, Ândrea
Publication Date: 2003
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFPE
Download full: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7051
Summary: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética de caráter autossômico dominante em cerca de 50% dos casos e é a principal causa de morte súbita (MS) de origem cardíaca em pessoas abaixo dos 35 anos de idade, especialmente nos atletas. Nos últimos anos pesquisas têm sido realizadas visando a identificação de marcadores de risco para MS. O eletrocardiograma de alta resolução (ECGAR) é um método não invasivo que baseia-se no registro dos potenciais tardios (PT). Vários investigadores têm demonstrado que o registro destes potenciais em pacientes acometidos de infarto do miocárdio pode estar relacionado a maior probabilidade para o desenvolvimento de arritmias ventriculares e MS. O valor deste exame na estratificação de risco de outras cardiopatias não está bem estabelecido. O presente estudo tem por finalidade verificar a associação da presença dos PT com marcadores de malignidade em um grupo de pacientes (pct.) portadores de cardiomiopatia hipertrófica familiar (CMH). Entre março de 2001 e dezembro de 2002, 32 pct. foram selecionados através do ecocardiograma transtorácico, dos quais 22 foram incluídos e interrogados sobre MS familiar e ocorrência de síncope. O Holter de 24h foi realizado para a pesquisa de arritmias ventriculares complexas e o ECGAR para a pesquisa de PT. A idade variou de sete a 54 anos, com média 25,6 ± 14,7 anos, sendo 12 pct. do sexo feminino (55%). Hipertrofia septal assimétrica predominou em 16 pct. (73%). Do ponto de vista hemodinâmico apenas três apresentavam obstrução (14%). História familiar de CMH foi relatada por 14 pct. (64%); MS súbita familiar foi referida por 12 (55%) e síncope por cinco (23%). Arritmias ventriculares complexas foram detectadas em três pct. (14%) e PT em cinco (23%). Foi analisado, então, se a presença dos PT 8 estava associada a MS familiar, síncope e arritmias ventriculares complexas. O teste estatístico utilizado foi o exato de Fisher, sendo considerado significante p≤ 0,05. Os resultados do presente estudo não mostraram associação estatística de PT com MS familiar (p=1,00), síncope (p=0,54) nem com arritmias ventriculares complexas (p=1,00). Neste estudo, a presença dos PT não contribuiu na estratificação de risco dos portadores de CMH e não foram associados a outros marcadores prognósticos já estabelecidos
id UFPE_da51313256b2dba8fc9d001260b05a49
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7051
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticosCardiomiopatia HipertroficaHipertrofia Septal AssimétricaA cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética de caráter autossômico dominante em cerca de 50% dos casos e é a principal causa de morte súbita (MS) de origem cardíaca em pessoas abaixo dos 35 anos de idade, especialmente nos atletas. Nos últimos anos pesquisas têm sido realizadas visando a identificação de marcadores de risco para MS. O eletrocardiograma de alta resolução (ECGAR) é um método não invasivo que baseia-se no registro dos potenciais tardios (PT). Vários investigadores têm demonstrado que o registro destes potenciais em pacientes acometidos de infarto do miocárdio pode estar relacionado a maior probabilidade para o desenvolvimento de arritmias ventriculares e MS. O valor deste exame na estratificação de risco de outras cardiopatias não está bem estabelecido. O presente estudo tem por finalidade verificar a associação da presença dos PT com marcadores de malignidade em um grupo de pacientes (pct.) portadores de cardiomiopatia hipertrófica familiar (CMH). Entre março de 2001 e dezembro de 2002, 32 pct. foram selecionados através do ecocardiograma transtorácico, dos quais 22 foram incluídos e interrogados sobre MS familiar e ocorrência de síncope. O Holter de 24h foi realizado para a pesquisa de arritmias ventriculares complexas e o ECGAR para a pesquisa de PT. A idade variou de sete a 54 anos, com média 25,6 ± 14,7 anos, sendo 12 pct. do sexo feminino (55%). Hipertrofia septal assimétrica predominou em 16 pct. (73%). Do ponto de vista hemodinâmico apenas três apresentavam obstrução (14%). História familiar de CMH foi relatada por 14 pct. (64%); MS súbita familiar foi referida por 12 (55%) e síncope por cinco (23%). Arritmias ventriculares complexas foram detectadas em três pct. (14%) e PT em cinco (23%). Foi analisado, então, se a presença dos PT 8 estava associada a MS familiar, síncope e arritmias ventriculares complexas. O teste estatístico utilizado foi o exato de Fisher, sendo considerado significante p≤ 0,05. Os resultados do presente estudo não mostraram associação estatística de PT com MS familiar (p=1,00), síncope (p=0,54) nem com arritmias ventriculares complexas (p=1,00). Neste estudo, a presença dos PT não contribuiu na estratificação de risco dos portadores de CMH e não foram associados a outros marcadores prognósticos já estabelecidosUniversidade Federal de PernambucoGuimarães Victor, Edgar Virgínia Ferreira Chaves, Ândrea2014-06-12T18:28:36Z2014-06-12T18:28:36Z2003info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfVirgínia Ferreira Chaves, Ândrea; Guimarães Victor, Edgar. Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7051porAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPE2019-10-25T17:29:57Zoai:repositorio.ufpe.br:123456789/7051Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T17:29:57Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.none.fl_str_mv Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos
title Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos
spellingShingle Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos
Virgínia Ferreira Chaves, Ândrea
Cardiomiopatia Hipertrofica
Hipertrofia Septal Assimétrica
title_short Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos
title_full Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos
title_fullStr Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos
title_full_unstemmed Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos
title_sort Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos
author Virgínia Ferreira Chaves, Ândrea
author_facet Virgínia Ferreira Chaves, Ândrea
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Guimarães Victor, Edgar
dc.contributor.author.fl_str_mv Virgínia Ferreira Chaves, Ândrea
dc.subject.por.fl_str_mv Cardiomiopatia Hipertrofica
Hipertrofia Septal Assimétrica
topic Cardiomiopatia Hipertrofica
Hipertrofia Septal Assimétrica
description A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética de caráter autossômico dominante em cerca de 50% dos casos e é a principal causa de morte súbita (MS) de origem cardíaca em pessoas abaixo dos 35 anos de idade, especialmente nos atletas. Nos últimos anos pesquisas têm sido realizadas visando a identificação de marcadores de risco para MS. O eletrocardiograma de alta resolução (ECGAR) é um método não invasivo que baseia-se no registro dos potenciais tardios (PT). Vários investigadores têm demonstrado que o registro destes potenciais em pacientes acometidos de infarto do miocárdio pode estar relacionado a maior probabilidade para o desenvolvimento de arritmias ventriculares e MS. O valor deste exame na estratificação de risco de outras cardiopatias não está bem estabelecido. O presente estudo tem por finalidade verificar a associação da presença dos PT com marcadores de malignidade em um grupo de pacientes (pct.) portadores de cardiomiopatia hipertrófica familiar (CMH). Entre março de 2001 e dezembro de 2002, 32 pct. foram selecionados através do ecocardiograma transtorácico, dos quais 22 foram incluídos e interrogados sobre MS familiar e ocorrência de síncope. O Holter de 24h foi realizado para a pesquisa de arritmias ventriculares complexas e o ECGAR para a pesquisa de PT. A idade variou de sete a 54 anos, com média 25,6 ± 14,7 anos, sendo 12 pct. do sexo feminino (55%). Hipertrofia septal assimétrica predominou em 16 pct. (73%). Do ponto de vista hemodinâmico apenas três apresentavam obstrução (14%). História familiar de CMH foi relatada por 14 pct. (64%); MS súbita familiar foi referida por 12 (55%) e síncope por cinco (23%). Arritmias ventriculares complexas foram detectadas em três pct. (14%) e PT em cinco (23%). Foi analisado, então, se a presença dos PT 8 estava associada a MS familiar, síncope e arritmias ventriculares complexas. O teste estatístico utilizado foi o exato de Fisher, sendo considerado significante p≤ 0,05. Os resultados do presente estudo não mostraram associação estatística de PT com MS familiar (p=1,00), síncope (p=0,54) nem com arritmias ventriculares complexas (p=1,00). Neste estudo, a presença dos PT não contribuiu na estratificação de risco dos portadores de CMH e não foram associados a outros marcadores prognósticos já estabelecidos
publishDate 2003
dc.date.none.fl_str_mv 2003
2014-06-12T18:28:36Z
2014-06-12T18:28:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv Virgínia Ferreira Chaves, Ândrea; Guimarães Victor, Edgar. Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7051
identifier_str_mv Virgínia Ferreira Chaves, Ândrea; Guimarães Victor, Edgar. Cardiomiopatia hipertrófica familiar: potenciais tardios e outros marcadores prognósticos. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7051
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1834468057018269696