Integração da cultura visual em ambientes virtuais de aprendizagem : percepções, propostas e engajamento discente na educação a distância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RIBEIRO, Bianca Carneiro
Data de Publicação: 2025
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300002k2r4
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64553
Resumo: No contexto educacional, a Cultura Visual se destaca pela sua capacidade de utilizar imagens como estratégia pedagógica, visando aprimorar o engajamento discente, perpassando pela importância das imagens na colaboração para a construção do processo de comunicação no ensino e de uma aprendizagem baseada nas experiências do sujeito. Na Educação a Distância (EaD) a virtualidade e o emprego das tecnologias digitais criam um ambiente propício para a Cultura Visual influenciar positivamente a construção do conhecimento. Entretanto, quando discutimos sobre o uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), ainda prevalece uma abordagem predominantemente instrumental da tecnologia em que a organização visual das informações de um AVA, se mantém como um tema pouco explorado tanto pelas áreas de educação quanto de design, evidenciando uma lacuna na compreensão sobre o potencial comunicativo das imagens. Outro aspecto relevante é no âmbito da comunicação promovida no AVA entre discentes e docentes, em que uma das questões fundamentais consiste na compatibilidade entre os códigos linguísticos do professor e do estudante. Isto nos induziu a uma reflexão sobre quais elementos da Cultura Visual podem ser integrados na organização do AVA, no processo de comunicação e de ensino-aprendizagem em cursos de graduação a distância, visando o aumento do engajamento discente? Nesse sentido, o objetivo desta tese é investigar a relação entre o engajamento discente e a integração de elementos da Cultura Visual na comunicação, na metodologia e na organização visual das informações em um AVA, no contexto da graduação a distância. Como base teórica, traçou-se um panorama da Cultura Visual, com destaque para Barnard (2001), Mirzoeff (2003) e Hernandez (2005, 2011), que abordam as imagens como mediadoras de significados culturais e sociais. Esse estudo também fundamenta-se em uma abordagem multidimensional do engajamento discente, conforme Fredricks, Blumenfeld e Paris (2004) e Reeve (2012) e tipologias definidas por Coates (2007). O percurso metodológico foi delineado em 5 etapas, entre as quais foi realizado um diagnóstico inicial sobre a utilização de elementos da Cultura Visual no AVA, com base na análise das percepções de docentes e discentes. A partir desse diagnóstico inicial, foi elaborada uma proposta de intervenção, aplicada em uma disciplina do 1o período do curso de Licenciatura em Letras na modalidade a distância em uma universidade federal. Essa proposta contemplou três eixos: organização visual (uso de cores, imagens e ícones gerados por Inteligência Artificial), estratégia metodológica (baseada na Taxonomia de Bloom Revisada e no uso de memes como artefatos digitais) e comunicação (por meio de Diários Visuais em diferentes abordagens). A análise do impacto no engajamento discente considerou o índice de participação e uma matriz de engajamento baseada nas dimensões e tipologias. Por fim, foi analisada a percepção discente sobre a aplicação da proposta de intervenção, através codificação por ciclos Saldaña (2013). Como resultado, obteve-se um índice de envolvimento de 92% da turma até o final da disciplina, destacando o potencial da Cultura Visual na promoção do engajamento discente no AVA. No âmbito da organização visual, a proposta impactou a funcionalidade e atratividade do AVA, evidenciando que o planejamento na estruturação do AVA e a padronização das informações foram elementos essenciais para facilitar a experiência e entusiasmo dos discentes, impactando diretamente o engajamento e a percepção positiva dos estudantes sobre a disciplina. No âmbito da estratégia metodológica, os resultados apresentaram que os discentes se envolveram de maneira criativa e dinâmica, além de promover uma reflexão crítica e aplicação prática dos conceitos estudados, impactando positivamente na aquisição de novos conhecimentos, na revisão e na aplicação dos conceitos acadêmicos. Além disso, a criação de memes desempenhou um elo de conexão entre os estudantes, onde eles conseguiram estabelecer uma ponte entre os acontecimentos da vida real e o ambiente online, trazendo a cultura para o ciberespaço por meio de suas próprias narrativas visuais. No âmbito da comunicação, os diários visuais apresentaram uma pluralidade de esforços dos estudantes, demonstrando o potencial da ação em mobilizar diferentes formas de envolvimento, conectando aprendizados acadêmicos às realidades pessoais e coletivas. Essa abordagem fortaleceu tanto os laços entre os estudantes quanto o protagonismo discente, revelando-se uma ação relevante para que o docente compreenda a realidade acadêmica dos estudantes, possibilitando intervenções imediatas sempre que necessário. Dessa maneira, conclui-se que a integração de elementos da Cultura Visual no AVA, ao alinhar-se aos interesses e perfis dos discentes, proporcionou uma experiência educacional humanizada, visualmente rica, contextualizada com as vivências socioculturais dos estudantes, contribuindo diretamente para o engajamento discente.
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Entretanto, quando discutimos sobre o uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), ainda prevalece uma abordagem predominantemente instrumental da tecnologia em que a organização visual das informações de um AVA, se mantém como um tema pouco explorado tanto pelas áreas de educação quanto de design, evidenciando uma lacuna na compreensão sobre o potencial comunicativo das imagens. Outro aspecto relevante é no âmbito da comunicação promovida no AVA entre discentes e docentes, em que uma das questões fundamentais consiste na compatibilidade entre os códigos linguísticos do professor e do estudante. Isto nos induziu a uma reflexão sobre quais elementos da Cultura Visual podem ser integrados na organização do AVA, no processo de comunicação e de ensino-aprendizagem em cursos de graduação a distância, visando o aumento do engajamento discente? Nesse sentido, o objetivo desta tese é investigar a relação entre o engajamento discente e a integração de elementos da Cultura Visual na comunicação, na metodologia e na organização visual das informações em um AVA, no contexto da graduação a distância. Como base teórica, traçou-se um panorama da Cultura Visual, com destaque para Barnard (2001), Mirzoeff (2003) e Hernandez (2005, 2011), que abordam as imagens como mediadoras de significados culturais e sociais. Esse estudo também fundamenta-se em uma abordagem multidimensional do engajamento discente, conforme Fredricks, Blumenfeld e Paris (2004) e Reeve (2012) e tipologias definidas por Coates (2007). O percurso metodológico foi delineado em 5 etapas, entre as quais foi realizado um diagnóstico inicial sobre a utilização de elementos da Cultura Visual no AVA, com base na análise das percepções de docentes e discentes. 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No âmbito da organização visual, a proposta impactou a funcionalidade e atratividade do AVA, evidenciando que o planejamento na estruturação do AVA e a padronização das informações foram elementos essenciais para facilitar a experiência e entusiasmo dos discentes, impactando diretamente o engajamento e a percepção positiva dos estudantes sobre a disciplina. No âmbito da estratégia metodológica, os resultados apresentaram que os discentes se envolveram de maneira criativa e dinâmica, além de promover uma reflexão crítica e aplicação prática dos conceitos estudados, impactando positivamente na aquisição de novos conhecimentos, na revisão e na aplicação dos conceitos acadêmicos. Além disso, a criação de memes desempenhou um elo de conexão entre os estudantes, onde eles conseguiram estabelecer uma ponte entre os acontecimentos da vida real e o ambiente online, trazendo a cultura para o ciberespaço por meio de suas próprias narrativas visuais. No âmbito da comunicação, os diários visuais apresentaram uma pluralidade de esforços dos estudantes, demonstrando o potencial da ação em mobilizar diferentes formas de envolvimento, conectando aprendizados acadêmicos às realidades pessoais e coletivas. Essa abordagem fortaleceu tanto os laços entre os estudantes quanto o protagonismo discente, revelando-se uma ação relevante para que o docente compreenda a realidade acadêmica dos estudantes, possibilitando intervenções imediatas sempre que necessário. Dessa maneira, conclui-se que a integração de elementos da Cultura Visual no AVA, ao alinhar-se aos interesses e perfis dos discentes, proporcionou uma experiência educacional humanizada, visualmente rica, contextualizada com as vivências socioculturais dos estudantes, contribuindo diretamente para o engajamento discente.In the educational context, Visual Culture stands out for its ability to use images as a pedagogical strategy to enhance student engagement, emphasizing the importance of images in facilitating communication in teaching and fostering learning based on individual experiences. In Distance Education, virtual environments and digital technologies create favorable conditions for Visual Culture to positively influence knowledge construction. However, when discussing the use of Virtual Learning Environments (VLEs), technology is still predominantly approached instrumentally, with the visual organization of information in VLEs remaining an underexplored topic in both education and design fields. This reveals a gap in understanding the communicative potential of images. Another crucial aspect concerns communication within the VLE between students and instructors, particularly regarding the compatibility between the linguistic codes used by both. This raises the question: which elements of Visual Culture can be integrated into the organization of the VLE, the communication process, and teaching and learning in distance undergraduate programs to enhance student engagement? In this regard, the objective of this dissertation is to investigate the relationship between student engagement and the integration of Visual Culture elements in communication, methodology, and the visual organization of information within a VLE in the context of Distance Education at the undergraduate level. The theoretical foundation of this study encompasses an overview of Visual Culture, drawing on Barnard (2001), Mirzoeff (2003), and Hernandez (2005, 2011), who explore images as mediators of cultural and social meanings. This study also relies on a multidimensional approach to student engagement, as proposed by Fredricks, Blumenfeld, and Paris (2004) and Reeve (2012), as well as typologies defined by Coates (2007). The methodological approach consisted of five stages, including an initial diagnosis of the use of Visual Culture elements in the VLE, based on an analysis of instructors' and students' perceptions. Following this diagnosis, an intervention proposal was developed and implemented in a first-semester course in a Distance Education Bachelor's in Literature program at a federal university. This proposal was structured around three key areas: visual organization (use of colors, images, and d icons generated by artificial intelligence), methodological strategy (based on the Revised Bloom’s Taxonomy and the use of memes as digital artifacts), and communication (through Visual Diaries with different approaches). The analysis of its impact on student engagement considered participation rates and an engagement matrix based on dimensions and typologies. Finally, students’ perceptions of the intervention were analyzed through Saldaña’s (2013) cycle coding process. As a result, the course achieved a 92% retention rate, highlighting the potential of Visual Culture in fostering student engagement within VLEs. Regarding visual organization, the proposal improved both the functionality and attractiveness of the VLE, demonstrating that structured planning and standardized information were essential in enhancing students’ experience and enthusiasm, directly impacting their engagement and positive perception of the course. In terms of methodological strategy, findings indicated that students engaged in a creative and dynamic manner, fostering critical reflection and the practical application of studied concepts. This positively influenced knowledge acquisition, concept review, and the application of academic content. Additionally, meme creation served as a connection point among students, allowing them to bridge real-life events with the online environment, bringing culture into cyberspace through their own visual narratives. Regarding communication, Visual Diaries showcased a variety of student efforts, demonstrating their potential to mobilize different forms of engagement by linking academic learning to personal and collective realities. This approach not only strengthened student relationships but also promoted student protagonism, proving to be a valuable strategy for instructors to understand students’ academic realities and implement immediate interventions when necessary. Thus, it is concluded that the integration of Visual Culture elements into the VLE, when aligned with students’ interests and profiles, provided a humanized educational experience—one that was visually rich, socioculturally contextualized, and methodologically structured—directly contributing to student engagement.Universidade Federal de PernambucoUFPEBrasilPrograma de Pos Graduacao em Educacao Matematica e TecnologicaSABBATINI, Marcelohttp://lattes.cnpq.br/9281768401926423http://lattes.cnpq.br/1924207127592816RIBEIRO, Bianca Carneiro2025-07-21T15:06:55Z2025-07-21T15:06:55Z2025-04-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfRIBEIRO, Bianca Carneiro. Integração da cultura visual em ambientes virtuais de aprendizagem : percepções, propostas e engajamento discente na educação a distância. Tese (Doutorado em Educação Matemática e Tecnológica) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64553ark:/64986/001300002k2r4porhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPE2025-07-27T17:59:48Zoai:repositorio.ufpe.br:123456789/64553Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212025-07-27T17:59:48Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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Outro aspecto relevante é no âmbito da comunicação promovida no AVA entre discentes e docentes, em que uma das questões fundamentais consiste na compatibilidade entre os códigos linguísticos do professor e do estudante. Isto nos induziu a uma reflexão sobre quais elementos da Cultura Visual podem ser integrados na organização do AVA, no processo de comunicação e de ensino-aprendizagem em cursos de graduação a distância, visando o aumento do engajamento discente? Nesse sentido, o objetivo desta tese é investigar a relação entre o engajamento discente e a integração de elementos da Cultura Visual na comunicação, na metodologia e na organização visual das informações em um AVA, no contexto da graduação a distância. Como base teórica, traçou-se um panorama da Cultura Visual, com destaque para Barnard (2001), Mirzoeff (2003) e Hernandez (2005, 2011), que abordam as imagens como mediadoras de significados culturais e sociais. Esse estudo também fundamenta-se em uma abordagem multidimensional do engajamento discente, conforme Fredricks, Blumenfeld e Paris (2004) e Reeve (2012) e tipologias definidas por Coates (2007). O percurso metodológico foi delineado em 5 etapas, entre as quais foi realizado um diagnóstico inicial sobre a utilização de elementos da Cultura Visual no AVA, com base na análise das percepções de docentes e discentes. A partir desse diagnóstico inicial, foi elaborada uma proposta de intervenção, aplicada em uma disciplina do 1o período do curso de Licenciatura em Letras na modalidade a distância em uma universidade federal. Essa proposta contemplou três eixos: organização visual (uso de cores, imagens e ícones gerados por Inteligência Artificial), estratégia metodológica (baseada na Taxonomia de Bloom Revisada e no uso de memes como artefatos digitais) e comunicação (por meio de Diários Visuais em diferentes abordagens). A análise do impacto no engajamento discente considerou o índice de participação e uma matriz de engajamento baseada nas dimensões e tipologias. Por fim, foi analisada a percepção discente sobre a aplicação da proposta de intervenção, através codificação por ciclos Saldaña (2013). Como resultado, obteve-se um índice de envolvimento de 92% da turma até o final da disciplina, destacando o potencial da Cultura Visual na promoção do engajamento discente no AVA. No âmbito da organização visual, a proposta impactou a funcionalidade e atratividade do AVA, evidenciando que o planejamento na estruturação do AVA e a padronização das informações foram elementos essenciais para facilitar a experiência e entusiasmo dos discentes, impactando diretamente o engajamento e a percepção positiva dos estudantes sobre a disciplina. No âmbito da estratégia metodológica, os resultados apresentaram que os discentes se envolveram de maneira criativa e dinâmica, além de promover uma reflexão crítica e aplicação prática dos conceitos estudados, impactando positivamente na aquisição de novos conhecimentos, na revisão e na aplicação dos conceitos acadêmicos. Além disso, a criação de memes desempenhou um elo de conexão entre os estudantes, onde eles conseguiram estabelecer uma ponte entre os acontecimentos da vida real e o ambiente online, trazendo a cultura para o ciberespaço por meio de suas próprias narrativas visuais. No âmbito da comunicação, os diários visuais apresentaram uma pluralidade de esforços dos estudantes, demonstrando o potencial da ação em mobilizar diferentes formas de envolvimento, conectando aprendizados acadêmicos às realidades pessoais e coletivas. Essa abordagem fortaleceu tanto os laços entre os estudantes quanto o protagonismo discente, revelando-se uma ação relevante para que o docente compreenda a realidade acadêmica dos estudantes, possibilitando intervenções imediatas sempre que necessário. Dessa maneira, conclui-se que a integração de elementos da Cultura Visual no AVA, ao alinhar-se aos interesses e perfis dos discentes, proporcionou uma experiência educacional humanizada, visualmente rica, contextualizada com as vivências socioculturais dos estudantes, contribuindo diretamente para o engajamento discente.
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