Três ensaios sobre os mercados de gasolina, etanol e açúcar no Brasil
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Publication Date: | 2012 |
Format: | Doctoral thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFPE |
Download full: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10274 |
Summary: | Este trabalho é divido em três ensaios sobre o mercado de gasolina, etanol e açúcar no Brasil. O primeiro ensaio tem como objetivo analisar como o preço da gasolina reage a choques de demanda, oferta e atividade econômica. Analisa-se também como o preço se comporta, diante de mudanças no imposto sobre a gasolina (CIDE) e a mistura obrigatória do etanol na gasolina. Esse estudo é motivado pela grande importância do mercado de gasolina do Brasil, que desde 2002 é determinado pelas forças de mercado. No entanto a literatura aponta que o governo realiza intervenções no preço da gasolina, para evitar o efeito da volatilidade do preço do petróleo e também para evitar a inflação. Para desenvolver a análise utiliza-se o modelo de Vetores Autorregressivos (VAR). Como resultado, observa-se que o comportamento do preço da gasolina é determinado pela inflação no curto prazo e pela atividade econômica no longo prazo, havendo, portanto, pouca influência da oferta na variação do preço da gasolina. Isso indica que o comportamento do preço é determinado pela demanda e que a inflação é alvo de preocupação do governo e que a gasolina reflete o comportamento do índice de preço. O preço do petróleo também é fator importante na dinâmica do preço no longo prazo. O segundo ensaio visa analisar a relação entre o mercado de gasolina e o mercado de etanol. A literatura relaciona apenas o efeito substituição entre os combustíveis. No entanto o Brasil, além de possuir um substituto direto da gasolina – o etanol, possui também etanol misturado na gasolina, podendo existir um efeito complementaridade. Dessa forma, através do modelo de Vetores Autorregressivos, procurou-se entender esses dois efeitos. Com relação aos resultados, nota-se no curto prazo que o efeito do preço da gasolina é maior na demanda de etanol. No longo prazo, porém, os consumidores aumentam a demanda pelo biocombustível. Além disso, a entrada dos veículos flex no Brasil não ocasionou um aumento na demanda e no preço do etanol, porém a crise financeira de 2008 afetou positivamente o preço do biocombustível. Como implicação, nota-se que a escolha do consumidor pela gasolina é predominante no curto prazo. No entanto, um aumento repentino no preço do combustível fóssil leva a uma substituição de combustíveis ao longo do tempo. Deve-se assim garantir o abastecimento de etanol no mercado doméstico para não afetar o consumidor com o aumento dos dois combustíveis no longo prazo. O terceiro ensaio relaciona os mercados de açúcar, etanol e gasolina. Ele procura responder como o produtor do setor sucroalcooleiro reage a mudanças nos preços do açúcar, etanol e gasolina. O açúcar brasileiro tem se mostrado consolidado no mercado internacional. Já a produção de etanol ganha destaque na produção, a partir da introdução dos veículos flex que reacendeu a competição do etanol com a gasolina. Dessa forma surge um trade-off entre a produção de etanol e açúcar de acordo com os preços das commodities e da gasolina. Para desenvolver tal análise utilizou-se o modelo de Vetores Autorregressivos para analisar como as ofertas de etanol e açúcar respondem a choques dos preços do etanol, açúcar e gasolina. Como resultado, o produtor reage mais fortemente a uma mudança no preço do açúcar, demonstrando a preferência deste em produzir açúcar para o mercado externo. |
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Este trabalho é divido em três ensaios sobre o mercado de gasolina, etanol e açúcar no Brasil. O primeiro ensaio tem como objetivo analisar como o preço da gasolina reage a choques de demanda, oferta e atividade econômica. Analisa-se também como o preço se comporta, diante de mudanças no imposto sobre a gasolina (CIDE) e a mistura obrigatória do etanol na gasolina. Esse estudo é motivado pela grande importância do mercado de gasolina do Brasil, que desde 2002 é determinado pelas forças de mercado. No entanto a literatura aponta que o governo realiza intervenções no preço da gasolina, para evitar o efeito da volatilidade do preço do petróleo e também para evitar a inflação. Para desenvolver a análise utiliza-se o modelo de Vetores Autorregressivos (VAR). Como resultado, observa-se que o comportamento do preço da gasolina é determinado pela inflação no curto prazo e pela atividade econômica no longo prazo, havendo, portanto, pouca influência da oferta na variação do preço da gasolina. Isso indica que o comportamento do preço é determinado pela demanda e que a inflação é alvo de preocupação do governo e que a gasolina reflete o comportamento do índice de preço. O preço do petróleo também é fator importante na dinâmica do preço no longo prazo. O segundo ensaio visa analisar a relação entre o mercado de gasolina e o mercado de etanol. A literatura relaciona apenas o efeito substituição entre os combustíveis. No entanto o Brasil, além de possuir um substituto direto da gasolina – o etanol, possui também etanol misturado na gasolina, podendo existir um efeito complementaridade. Dessa forma, através do modelo de Vetores Autorregressivos, procurou-se entender esses dois efeitos. Com relação aos resultados, nota-se no curto prazo que o efeito do preço da gasolina é maior na demanda de etanol. No longo prazo, porém, os consumidores aumentam a demanda pelo biocombustível. Além disso, a entrada dos veículos flex no Brasil não ocasionou um aumento na demanda e no preço do etanol, porém a crise financeira de 2008 afetou positivamente o preço do biocombustível. Como implicação, nota-se que a escolha do consumidor pela gasolina é predominante no curto prazo. No entanto, um aumento repentino no preço do combustível fóssil leva a uma substituição de combustíveis ao longo do tempo. Deve-se assim garantir o abastecimento de etanol no mercado doméstico para não afetar o consumidor com o aumento dos dois combustíveis no longo prazo. O terceiro ensaio relaciona os mercados de açúcar, etanol e gasolina. Ele procura responder como o produtor do setor sucroalcooleiro reage a mudanças nos preços do açúcar, etanol e gasolina. O açúcar brasileiro tem se mostrado consolidado no mercado internacional. Já a produção de etanol ganha destaque na produção, a partir da introdução dos veículos flex que reacendeu a competição do etanol com a gasolina. Dessa forma surge um trade-off entre a produção de etanol e açúcar de acordo com os preços das commodities e da gasolina. Para desenvolver tal análise utilizou-se o modelo de Vetores Autorregressivos para analisar como as ofertas de etanol e açúcar respondem a choques dos preços do etanol, açúcar e gasolina. Como resultado, o produtor reage mais fortemente a uma mudança no preço do açúcar, demonstrando a preferência deste em produzir açúcar para o mercado externo. |
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