Características clínicas e epidemiológicas de crianças e adolescentes com traumatismo cranioencefálico leve e análise de fatores associados à fratura de crânio e lesão intracraniana
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| Publication Date: | 2006 |
| Format: | Master thesis |
| Language: | por |
| Source: | Repositório Institucional da UFMG |
| Download full: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72ER4U |
Summary: | Neste estudo objetivou-se descrever o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE) leve, caracterizando-as quanto aos mecanismos de trauma, presença de sinais e sintomas, ocorrência de fratura de crânio e lesão intracraniana (LIC) e evolução clínica durante a permanência hospitalar e na primeira semana após o trauma; identificar fatores associados à LIC e à fratura de crânio e avaliar a validade da radiografia de crânio como teste diagnóstico de LIC, tendo a tomografia computadorizada de crânio como padrão ouro. Trata-se de pesquisa do tipo coorte, prospectiva e observacional, realizada com 932 pacientes de zero a 12 anos e onze meses de idade, vítimas de TCE há menos de 24 horas e admitidas no Hospital de Pronto Socorro João XXIII de Belo Horizonte com pontuação na Escala de Coma de Glasgow (ECG) igual a 14 ou 15. Os dados foram coletados no período de março de 2004 a março de 2005, por meio de entrevistas realizadas durante o atendimento hospitalar e após a alta, e registrados em questionários padronizados. O TCE leve ocorreu principalmente devido a quedas, mais freqüentemente em lactentes e pré-escolares do sexo masculino. Os sintomas mais relatados foram sonolência (64,7%), hematoma de escalpo (63,7%), cefaléia (53,3% daqueles com três anos de idade ou mais), irritabilidade (38,2%) e vômito (32,2%). Realizou-se examesde imagem em 93,3% dos pacientes, sendo 69,5% submetidos apenas à radiografia de crânio, 9,3% apenas à tomografia computadorizada de crânio e 14,5% a ambos. Um número significativo de pacientes evoluiu com fratura de crânio (7,6%) e/ou LIC (3%). Foram internados 6,9% dos pacientes, com tempo médio de permanência hospitalar de 56horas, entretanto apenas quatro pacientes necessitaram neurocirurgia e não ocorreram óbitos. Na primeira semana após o trauma, os principais sintomas relatados foram cefaléia (24,1%), irritabilidade (15,6%) e sonolência (10,9%). Em um paciente foi diagnosticado hematoma extradural após a alta hospitalar, com resolução espontânea. Após regressão logística, os fatores associados à ocorrência de LIC foram fratura de crânio, pontuação na ECG igual a 14, presença de lesão em outros segmentos corporais e confusão mental momentânea. Quando o fator fratura de crânio foi excluído da análise multivariada, hematoma de escalpo e sinais de fratura de base de crânio também apresentaram associação com LIC. Na presença de algum destes sintomas, sugere-se a realização de tomografia computadorizada de crânio. Os fatores associados à ocorrência de fratura de crânio foram idade inferior a um ano, hematoma de escalpo, sinais de fratura de base de crânio,pontuação na ECG igual a 14 e vômito. A fratura à radiografia de crânio apresentou sensibilidade de 60% e valor preditivo negativo de 90% para o diagnóstico de LIC, índices inadequados para que este exame seja utilizado como teste de triagem. |
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Características clínicas e epidemiológicas de crianças e adolescentes com traumatismo cranioencefálico leve e análise de fatores associados à fratura de crânio e lesão intracraniana3Trauma craniocerebral/complicações6Evolução clínica1Trauma craniocerebral/classificação9Criança ITítulo4Fraturas cranianas/complicações8Fatores de risco2Trauma craniocerebral/epidemiologia5Hemorragia intracraniana traumática/complicações7Radiografia/tendênciasTécnicas de diagnóstico e procedimentos/tendênciasTrauma craniocerebral/complicaçõesEscala de coma de GlasgowAmnésiaEstudos prospectivosAdolescenteRadiografia/tendênciasInconsciênciaTrauma craniocerebral/radiografiaTomografiaVômitoMorbidadeSíncopeHemorragia cerebral trumática/complicaçõesHemorragia intracraniana traumática/complicaçõesRecém-nascidoTrauma craniocerebral/diagnósticoTrauma craniocerebral/epidemiologiaFraturas cranianas/complicaçõesFatores de riscoTrauma craniocerebral/classificaçãoTrauma craniocerebral/mortalidadeRadiografia/utilizaçãoAnálise multivariadaLactenteHematomaPré-escolarRadiografia/economiaEvolução clínicaCriançaPediatriaNeste estudo objetivou-se descrever o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE) leve, caracterizando-as quanto aos mecanismos de trauma, presença de sinais e sintomas, ocorrência de fratura de crânio e lesão intracraniana (LIC) e evolução clínica durante a permanência hospitalar e na primeira semana após o trauma; identificar fatores associados à LIC e à fratura de crânio e avaliar a validade da radiografia de crânio como teste diagnóstico de LIC, tendo a tomografia computadorizada de crânio como padrão ouro. Trata-se de pesquisa do tipo coorte, prospectiva e observacional, realizada com 932 pacientes de zero a 12 anos e onze meses de idade, vítimas de TCE há menos de 24 horas e admitidas no Hospital de Pronto Socorro João XXIII de Belo Horizonte com pontuação na Escala de Coma de Glasgow (ECG) igual a 14 ou 15. Os dados foram coletados no período de março de 2004 a março de 2005, por meio de entrevistas realizadas durante o atendimento hospitalar e após a alta, e registrados em questionários padronizados. O TCE leve ocorreu principalmente devido a quedas, mais freqüentemente em lactentes e pré-escolares do sexo masculino. Os sintomas mais relatados foram sonolência (64,7%), hematoma de escalpo (63,7%), cefaléia (53,3% daqueles com três anos de idade ou mais), irritabilidade (38,2%) e vômito (32,2%). Realizou-se examesde imagem em 93,3% dos pacientes, sendo 69,5% submetidos apenas à radiografia de crânio, 9,3% apenas à tomografia computadorizada de crânio e 14,5% a ambos. Um número significativo de pacientes evoluiu com fratura de crânio (7,6%) e/ou LIC (3%). Foram internados 6,9% dos pacientes, com tempo médio de permanência hospitalar de 56horas, entretanto apenas quatro pacientes necessitaram neurocirurgia e não ocorreram óbitos. Na primeira semana após o trauma, os principais sintomas relatados foram cefaléia (24,1%), irritabilidade (15,6%) e sonolência (10,9%). Em um paciente foi diagnosticado hematoma extradural após a alta hospitalar, com resolução espontânea. Após regressão logística, os fatores associados à ocorrência de LIC foram fratura de crânio, pontuação na ECG igual a 14, presença de lesão em outros segmentos corporais e confusão mental momentânea. Quando o fator fratura de crânio foi excluído da análise multivariada, hematoma de escalpo e sinais de fratura de base de crânio também apresentaram associação com LIC. Na presença de algum destes sintomas, sugere-se a realização de tomografia computadorizada de crânio. Os fatores associados à ocorrência de fratura de crânio foram idade inferior a um ano, hematoma de escalpo, sinais de fratura de base de crânio,pontuação na ECG igual a 14 e vômito. A fratura à radiografia de crânio apresentou sensibilidade de 60% e valor preditivo negativo de 90% para o diagnóstico de LIC, índices inadequados para que este exame seja utilizado como teste de triagem.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEugenio Marcos de Andrade GoulartArnaldo Prata BarbosaAlexandre Rodrigues FerreiraKenia de Castro Macedo2019-08-09T13:17:00Z2019-08-09T13:17:00Z2006-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1843/ECJS-72ER4Uinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2019-11-14T06:05:04Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-72ER4URepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2019-11-14T06:05:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Características clínicas e epidemiológicas de crianças e adolescentes com traumatismo cranioencefálico leve e análise de fatores associados à fratura de crânio e lesão intracraniana Kenia de Castro Macedo 3Trauma craniocerebral/complicações 6Evolução clínica 1Trauma craniocerebral/classificação 9Criança ITítulo 4Fraturas cranianas/complicações 8Fatores de risco 2Trauma craniocerebral/epidemiologia 5Hemorragia intracraniana traumática/complicações 7Radiografia/tendências Técnicas de diagnóstico e procedimentos/tendências Trauma craniocerebral/complicações Escala de coma de Glasgow Amnésia Estudos prospectivos Adolescente Radiografia/tendências Inconsciência Trauma craniocerebral/radiografia Tomografia Vômito Morbidade Síncope Hemorragia cerebral trumática/complicações Hemorragia intracraniana traumática/complicações Recém-nascido Trauma craniocerebral/diagnóstico Trauma craniocerebral/epidemiologia Fraturas cranianas/complicações Fatores de risco Trauma craniocerebral/classificação Trauma craniocerebral/mortalidade Radiografia/utilização Análise multivariada Lactente Hematoma Pré-escolar Radiografia/economia Evolução clínica Criança Pediatria |
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Neste estudo objetivou-se descrever o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE) leve, caracterizando-as quanto aos mecanismos de trauma, presença de sinais e sintomas, ocorrência de fratura de crânio e lesão intracraniana (LIC) e evolução clínica durante a permanência hospitalar e na primeira semana após o trauma; identificar fatores associados à LIC e à fratura de crânio e avaliar a validade da radiografia de crânio como teste diagnóstico de LIC, tendo a tomografia computadorizada de crânio como padrão ouro. Trata-se de pesquisa do tipo coorte, prospectiva e observacional, realizada com 932 pacientes de zero a 12 anos e onze meses de idade, vítimas de TCE há menos de 24 horas e admitidas no Hospital de Pronto Socorro João XXIII de Belo Horizonte com pontuação na Escala de Coma de Glasgow (ECG) igual a 14 ou 15. Os dados foram coletados no período de março de 2004 a março de 2005, por meio de entrevistas realizadas durante o atendimento hospitalar e após a alta, e registrados em questionários padronizados. O TCE leve ocorreu principalmente devido a quedas, mais freqüentemente em lactentes e pré-escolares do sexo masculino. Os sintomas mais relatados foram sonolência (64,7%), hematoma de escalpo (63,7%), cefaléia (53,3% daqueles com três anos de idade ou mais), irritabilidade (38,2%) e vômito (32,2%). Realizou-se examesde imagem em 93,3% dos pacientes, sendo 69,5% submetidos apenas à radiografia de crânio, 9,3% apenas à tomografia computadorizada de crânio e 14,5% a ambos. Um número significativo de pacientes evoluiu com fratura de crânio (7,6%) e/ou LIC (3%). Foram internados 6,9% dos pacientes, com tempo médio de permanência hospitalar de 56horas, entretanto apenas quatro pacientes necessitaram neurocirurgia e não ocorreram óbitos. Na primeira semana após o trauma, os principais sintomas relatados foram cefaléia (24,1%), irritabilidade (15,6%) e sonolência (10,9%). Em um paciente foi diagnosticado hematoma extradural após a alta hospitalar, com resolução espontânea. Após regressão logística, os fatores associados à ocorrência de LIC foram fratura de crânio, pontuação na ECG igual a 14, presença de lesão em outros segmentos corporais e confusão mental momentânea. Quando o fator fratura de crânio foi excluído da análise multivariada, hematoma de escalpo e sinais de fratura de base de crânio também apresentaram associação com LIC. Na presença de algum destes sintomas, sugere-se a realização de tomografia computadorizada de crânio. Os fatores associados à ocorrência de fratura de crânio foram idade inferior a um ano, hematoma de escalpo, sinais de fratura de base de crânio,pontuação na ECG igual a 14 e vômito. A fratura à radiografia de crânio apresentou sensibilidade de 60% e valor preditivo negativo de 90% para o diagnóstico de LIC, índices inadequados para que este exame seja utilizado como teste de triagem. |
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