Construções "em vez de" e "ao invés de": níveis de substituição
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Publication Date: | 2025 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
dARK ID: | ark:/87559/00130000193w7 |
Download full: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/36826 |
Summary: | O estudo de articulação de orações aponta a necessidade de investigação das relações em situação real de comunicação, nas variedades da língua portuguesa: brasileira, angolana e moçambicana, para que se dê conta de novas relações sintáticas. Com efeito, nota-se que as construções substitutivas são iniciadas formalmente pelos conectores “em vez de” e “ao invés de” que introduzem orações adverbiais para instanciarem um evento negado, enquanto a oração principal representará o evento (a ser) realizado. A análise procura diferenciá-los, tendo em vista os pressupostos da Linguística Centrada no Uso (LCU), que incorpora a base funcionalista e a base cognitivista. Consideramos que as construções investigadas pertencem ao grupo das hipotáticas adverbiais substitutivas, conforme Decat (2001) e representam unidades de informação, segundo Decat (2014), em uma relação núcleo-satélite. Os resultados mostram que as construções “em vez de” substituem uma informação pela outra; já as construções “ao invés de” substituem por meio da oposição de informação. Além disso, observa-se que a oração iniciada pelo conector indica um evento negado em relação à oração principal que apresenta o evento real. As construções em estudo observáveis no Corpus do Português apresentam percentagem elevada do uso de em vez de nas três variedades investigadas. A construção ao invés de constitui apenas 15% dos resultados. A posição preferida de ambas as construções é a anteposição da hipotática adverbial, numa relação tópico-comentário. Os conectivos substitutivos, oriundos de locução prepositiva, apontam para o uso do infinitivo como preferencial, sendo que a oração principal apresentará os verbos na forma finita. São raras as ocorrências de correlação infinitivo-infinitivo. O verbo semântico mais recorrente foi o de valor material (conforme Halliday). |
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O estudo de articulação de orações aponta a necessidade de investigação das relações em situação real de comunicação, nas variedades da língua portuguesa: brasileira, angolana e moçambicana, para que se dê conta de novas relações sintáticas. Com efeito, nota-se que as construções substitutivas são iniciadas formalmente pelos conectores “em vez de” e “ao invés de” que introduzem orações adverbiais para instanciarem um evento negado, enquanto a oração principal representará o evento (a ser) realizado. A análise procura diferenciá-los, tendo em vista os pressupostos da Linguística Centrada no Uso (LCU), que incorpora a base funcionalista e a base cognitivista. Consideramos que as construções investigadas pertencem ao grupo das hipotáticas adverbiais substitutivas, conforme Decat (2001) e representam unidades de informação, segundo Decat (2014), em uma relação núcleo-satélite. Os resultados mostram que as construções “em vez de” substituem uma informação pela outra; já as construções “ao invés de” substituem por meio da oposição de informação. Além disso, observa-se que a oração iniciada pelo conector indica um evento negado em relação à oração principal que apresenta o evento real. As construções em estudo observáveis no Corpus do Português apresentam percentagem elevada do uso de em vez de nas três variedades investigadas. A construção ao invés de constitui apenas 15% dos resultados. A posição preferida de ambas as construções é a anteposição da hipotática adverbial, numa relação tópico-comentário. Os conectivos substitutivos, oriundos de locução prepositiva, apontam para o uso do infinitivo como preferencial, sendo que a oração principal apresentará os verbos na forma finita. São raras as ocorrências de correlação infinitivo-infinitivo. O verbo semântico mais recorrente foi o de valor material (conforme Halliday). |
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