A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX
| Main Author: | |
|---|---|
| Publication Date: | 2014 |
| Format: | Master thesis |
| Language: | por |
| Source: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
| Download full: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12192 |
Summary: | A variaÃÃo linguÃstica à um fenÃmeno universal que atinge todos os nÃveis da gramÃtica (CAMACHO, 2011). Em muitas lÃnguas, a classe dos pronomes, especialmente a dos chamados pronomes pessoais, à a que sofre mais variaÃÃo e a que mais se reorganiza dentro do sistema (MONTEIRO, 1994), embora esta costume ser constituÃda por um nÃmero relativamente pequeno de itens gramaticais, formando um inventÃrio fechado. Dentre as pessoas do discurso, à a 2 a que mais tem sido codificada de maneira variada, nÃo sà na lÃngua portuguesa, como em diversas outras lÃnguas indo-europeias, nas quais hà um sistema dual de pronomes para a 2 PESS.: as formas T e as formas V (derivadas, respectivamente, do uso do "tu" e do "vos" latinos) â as primeiras sÃo de uso familiar ou informal, enquanto as outras denotam polidez e distanciamento. A partir da terceira dÃcada do sÃculo XX, com o uso de "vocÃ" (forma V) em variaÃÃo com "tu" (forma T), todo o quadro pronominal da lÃngua, incluindo os possessivos de 2 PESS, passou a sofrer variaÃÃo. Partindo do pressuposto defendido pela SociolinguÃstica Variacionista, sobretudo com Labov (1978; 1983; 1994; 2008), de que a variaÃÃo linguÃstica se dà motivada tanto por fatores internos quanto externos ao sistema, o presente trabalho busca analisar a variaÃÃo das formas "te" e "lhe" como pronomes de 2 PESS. SING., tanto na funÃÃo de acusativo, quanto na de dativo, no portuguÃs brasileiro escrito do sÃculo XX. Para isso, utiliza uma amostra de 186 cartas pessoais escritas entre 1940 e 2000, obtidas numa busca entre os habitantes do municÃpio de QuixadÃ, no SertÃo Central cearense. As cartas coletadas sÃo de pessoas do povo, isto Ã, nÃo de profissionais da linguagem, tendo sido trocadas entre amigos ou parentes. Como metodologia, estratifica a amostra em trÃs perÃodos do sÃculo XX nos quais as cartas foram escritas (anos 1940-50, anos 1960-70 e anos 1980-90) e por gÃnero da autoria (cartas de homens e cartas de mulheres) e submete os dados ao programa computacional GoldVarb X para obter dados estatÃsticos e interpreta esses dados à luz das teorias da SociolinguÃstica Variacionista. Os resultados da pesquisa demonstraram que a variaÃÃo das formas pronominais "te"/"lhe" à condicionada por fatores linguÃsticos, como a forma do verbo, a posiÃÃo do pronome e a presenÃa de forma V antes de "te" ou "lhe", e que, apesar de mais frequente do que o uso de "te", o uso de "lhe" sofreu declÃnio ao longo dos trÃs perÃodos de tempo analisados. |
| id |
UFC_a611bade3bcb4dbaf4b3424936609aa2 |
|---|---|
| oai_identifier_str |
oai:www.teses.ufc.br:8261 |
| network_acronym_str |
UFC |
| network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
| spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XXThe TE/LHE variability in personal letters written by people from CearÃ, Brazil, in the 20th. Century 2014-03-31Hebe Macedo de Carvalho56878486491http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4790052J1CÃlia Regina dos Santos Lopes80871690772http://lattes.cnpq.br/5621060170321062Maria Elias Soares02178761372http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do76357104353http://lattes.cnpq.br/2817920025726968Francisco Jardes Nobre AraÃjoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃsticaUFCBRVariaÃÃo pronominal Pronome oblÃquo de 2 pessoa Cartas pessoaispronoun variability object pronoun personal lettersSOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIAA variaÃÃo linguÃstica à um fenÃmeno universal que atinge todos os nÃveis da gramÃtica (CAMACHO, 2011). Em muitas lÃnguas, a classe dos pronomes, especialmente a dos chamados pronomes pessoais, à a que sofre mais variaÃÃo e a que mais se reorganiza dentro do sistema (MONTEIRO, 1994), embora esta costume ser constituÃda por um nÃmero relativamente pequeno de itens gramaticais, formando um inventÃrio fechado. Dentre as pessoas do discurso, à a 2 a que mais tem sido codificada de maneira variada, nÃo sà na lÃngua portuguesa, como em diversas outras lÃnguas indo-europeias, nas quais hà um sistema dual de pronomes para a 2 PESS.: as formas T e as formas V (derivadas, respectivamente, do uso do "tu" e do "vos" latinos) â as primeiras sÃo de uso familiar ou informal, enquanto as outras denotam polidez e distanciamento. A partir da terceira dÃcada do sÃculo XX, com o uso de "vocÃ" (forma V) em variaÃÃo com "tu" (forma T), todo o quadro pronominal da lÃngua, incluindo os possessivos de 2 PESS, passou a sofrer variaÃÃo. Partindo do pressuposto defendido pela SociolinguÃstica Variacionista, sobretudo com Labov (1978; 1983; 1994; 2008), de que a variaÃÃo linguÃstica se dà motivada tanto por fatores internos quanto externos ao sistema, o presente trabalho busca analisar a variaÃÃo das formas "te" e "lhe" como pronomes de 2 PESS. SING., tanto na funÃÃo de acusativo, quanto na de dativo, no portuguÃs brasileiro escrito do sÃculo XX. Para isso, utiliza uma amostra de 186 cartas pessoais escritas entre 1940 e 2000, obtidas numa busca entre os habitantes do municÃpio de QuixadÃ, no SertÃo Central cearense. As cartas coletadas sÃo de pessoas do povo, isto Ã, nÃo de profissionais da linguagem, tendo sido trocadas entre amigos ou parentes. Como metodologia, estratifica a amostra em trÃs perÃodos do sÃculo XX nos quais as cartas foram escritas (anos 1940-50, anos 1960-70 e anos 1980-90) e por gÃnero da autoria (cartas de homens e cartas de mulheres) e submete os dados ao programa computacional GoldVarb X para obter dados estatÃsticos e interpreta esses dados à luz das teorias da SociolinguÃstica Variacionista. Os resultados da pesquisa demonstraram que a variaÃÃo das formas pronominais "te"/"lhe" à condicionada por fatores linguÃsticos, como a forma do verbo, a posiÃÃo do pronome e a presenÃa de forma V antes de "te" ou "lhe", e que, apesar de mais frequente do que o uso de "te", o uso de "lhe" sofreu declÃnio ao longo dos trÃs perÃodos de tempo analisados.The linguistic variation is a universal phenomenon that affects all levels of grammar (CAMACHO, 2011). In many languages, of all the word classes, the pronouns, especially the so-called personal pronouns, are more inclined to variation and to rearrangement in the system (MONTEIRO, 1994), although they use to be constituted by a relatively small number of grammatical items, restricted to a kind of closed inventory. The 2nd PERS SING is which more has been coded in a variant way, not only in the Portuguese language, as in many other Indo-European languages, in which there is a dual system of pronouns for 2nd PERS: the T-forms and the V-forms (derived, respectively, from the use of Latin "tu" and "vos") â the first are used both familiarly and informally, while others denote politeness and distance. From the third decade of the twentieth century, with the use of "vocÃ" (a V-form) in variation with "tu" (a T-form), the entire pronominal frame of the Portuguese language, including the 2nd PERS possessive, began to undergo change. Assuming the ideas defended by Variationist Sociolinguistics, especially with William Labov (1978, 1983, 1994, 2008), that the linguistic variation occurs motivated by factors both internal and external to the system, this work aims to analyze the variation of forms "te" and "lhe" as 2nd PERS SING, both in accusative and in dative function, in Brazilian Portuguese written in the twentieth century. It uses a sample of 186 personal letters written between 1940 and 2000, obtained in a search among the inhabitants of the town of QuixadÃ, in the middle of the state of CearÃ. The letters are collected from common people, that is, not from language professionals, having been exchanged between friends or relatives. As methodology, the sample was stratified into three periods of the twentieth century in which the letters were written (years 1940âs and 50âs, years 1960âs and 70âs, years 1980âs and 90âs) and gender of authorship (letters from men and letters from women) and submits the data to the computer program GoldVarb X in order to obtain statistical results and interpret these results in light of theories of Sociolinguistics Variationist. The survey results showed that variation of the pronoun forms "te"/"lhe" is conditioned by linguistic factors, such as the form of the verb, the position of the pronoun and the presence of a V-form before "te" or "lhe", and that, although "lhe" was more used than "te" in the letters, its use has declined over the three periods of time analyzed.FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do CearÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12192application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:25:20Zmail@mail.com - |
| dc.title.pt.fl_str_mv |
A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX |
| dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
The TE/LHE variability in personal letters written by people from CearÃ, Brazil, in the 20th. Century |
| title |
A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX |
| spellingShingle |
A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX Francisco Jardes Nobre AraÃjo VariaÃÃo pronominal Pronome oblÃquo de 2Â pessoa Cartas pessoais pronoun variability object pronoun personal letters SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIA |
| title_short |
A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX |
| title_full |
A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX |
| title_fullStr |
A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX |
| title_full_unstemmed |
A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX |
| title_sort |
A variaÃÃo do TE/LHE em cartas pessoais de cearenses no sÃculo XX |
| author |
Francisco Jardes Nobre AraÃjo |
| author_facet |
Francisco Jardes Nobre AraÃjo |
| author_role |
author |
| dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Hebe Macedo de Carvalho |
| dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
56878486491 |
| dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4790052J1 |
| dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
CÃlia Regina dos Santos Lopes |
| dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
80871690772 |
| dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5621060170321062 |
| dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Maria Elias Soares |
| dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv |
02178761372 |
| dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do |
| dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
76357104353 |
| dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2817920025726968 |
| dc.contributor.author.fl_str_mv |
Francisco Jardes Nobre AraÃjo |
| contributor_str_mv |
Hebe Macedo de Carvalho CÃlia Regina dos Santos Lopes Maria Elias Soares |
| dc.subject.por.fl_str_mv |
VariaÃÃo pronominal Pronome oblÃquo de 2Â pessoa Cartas pessoais |
| topic |
VariaÃÃo pronominal Pronome oblÃquo de 2Â pessoa Cartas pessoais pronoun variability object pronoun personal letters SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIA |
| dc.subject.eng.fl_str_mv |
pronoun variability object pronoun personal letters |
| dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIA |
| dc.description.sponsorship.fl_txt_mv |
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà |
| dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
A variaÃÃo linguÃstica à um fenÃmeno universal que atinge todos os nÃveis da gramÃtica (CAMACHO, 2011). Em muitas lÃnguas, a classe dos pronomes, especialmente a dos chamados pronomes pessoais, à a que sofre mais variaÃÃo e a que mais se reorganiza dentro do sistema (MONTEIRO, 1994), embora esta costume ser constituÃda por um nÃmero relativamente pequeno de itens gramaticais, formando um inventÃrio fechado. Dentre as pessoas do discurso, à a 2 a que mais tem sido codificada de maneira variada, nÃo sà na lÃngua portuguesa, como em diversas outras lÃnguas indo-europeias, nas quais hà um sistema dual de pronomes para a 2 PESS.: as formas T e as formas V (derivadas, respectivamente, do uso do "tu" e do "vos" latinos) â as primeiras sÃo de uso familiar ou informal, enquanto as outras denotam polidez e distanciamento. A partir da terceira dÃcada do sÃculo XX, com o uso de "vocÃ" (forma V) em variaÃÃo com "tu" (forma T), todo o quadro pronominal da lÃngua, incluindo os possessivos de 2 PESS, passou a sofrer variaÃÃo. Partindo do pressuposto defendido pela SociolinguÃstica Variacionista, sobretudo com Labov (1978; 1983; 1994; 2008), de que a variaÃÃo linguÃstica se dà motivada tanto por fatores internos quanto externos ao sistema, o presente trabalho busca analisar a variaÃÃo das formas "te" e "lhe" como pronomes de 2 PESS. SING., tanto na funÃÃo de acusativo, quanto na de dativo, no portuguÃs brasileiro escrito do sÃculo XX. Para isso, utiliza uma amostra de 186 cartas pessoais escritas entre 1940 e 2000, obtidas numa busca entre os habitantes do municÃpio de QuixadÃ, no SertÃo Central cearense. As cartas coletadas sÃo de pessoas do povo, isto Ã, nÃo de profissionais da linguagem, tendo sido trocadas entre amigos ou parentes. Como metodologia, estratifica a amostra em trÃs perÃodos do sÃculo XX nos quais as cartas foram escritas (anos 1940-50, anos 1960-70 e anos 1980-90) e por gÃnero da autoria (cartas de homens e cartas de mulheres) e submete os dados ao programa computacional GoldVarb X para obter dados estatÃsticos e interpreta esses dados à luz das teorias da SociolinguÃstica Variacionista. Os resultados da pesquisa demonstraram que a variaÃÃo das formas pronominais "te"/"lhe" à condicionada por fatores linguÃsticos, como a forma do verbo, a posiÃÃo do pronome e a presenÃa de forma V antes de "te" ou "lhe", e que, apesar de mais frequente do que o uso de "te", o uso de "lhe" sofreu declÃnio ao longo dos trÃs perÃodos de tempo analisados. |
| dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv |
The linguistic variation is a universal phenomenon that affects all levels of grammar (CAMACHO, 2011). In many languages, of all the word classes, the pronouns, especially the so-called personal pronouns, are more inclined to variation and to rearrangement in the system (MONTEIRO, 1994), although they use to be constituted by a relatively small number of grammatical items, restricted to a kind of closed inventory. The 2nd PERS SING is which more has been coded in a variant way, not only in the Portuguese language, as in many other Indo-European languages, in which there is a dual system of pronouns for 2nd PERS: the T-forms and the V-forms (derived, respectively, from the use of Latin "tu" and "vos") â the first are used both familiarly and informally, while others denote politeness and distance. From the third decade of the twentieth century, with the use of "vocÃ" (a V-form) in variation with "tu" (a T-form), the entire pronominal frame of the Portuguese language, including the 2nd PERS possessive, began to undergo change. Assuming the ideas defended by Variationist Sociolinguistics, especially with William Labov (1978, 1983, 1994, 2008), that the linguistic variation occurs motivated by factors both internal and external to the system, this work aims to analyze the variation of forms "te" and "lhe" as 2nd PERS SING, both in accusative and in dative function, in Brazilian Portuguese written in the twentieth century. It uses a sample of 186 personal letters written between 1940 and 2000, obtained in a search among the inhabitants of the town of QuixadÃ, in the middle of the state of CearÃ. The letters are collected from common people, that is, not from language professionals, having been exchanged between friends or relatives. As methodology, the sample was stratified into three periods of the twentieth century in which the letters were written (years 1940âs and 50âs, years 1960âs and 70âs, years 1980âs and 90âs) and gender of authorship (letters from men and letters from women) and submits the data to the computer program GoldVarb X in order to obtain statistical results and interpret these results in light of theories of Sociolinguistics Variationist. The survey results showed that variation of the pronoun forms "te"/"lhe" is conditioned by linguistic factors, such as the form of the verb, the position of the pronoun and the presence of a V-form before "te" or "lhe", and that, although "lhe" was more used than "te" in the letters, its use has declined over the three periods of time analyzed. |
| description |
A variaÃÃo linguÃstica à um fenÃmeno universal que atinge todos os nÃveis da gramÃtica (CAMACHO, 2011). Em muitas lÃnguas, a classe dos pronomes, especialmente a dos chamados pronomes pessoais, à a que sofre mais variaÃÃo e a que mais se reorganiza dentro do sistema (MONTEIRO, 1994), embora esta costume ser constituÃda por um nÃmero relativamente pequeno de itens gramaticais, formando um inventÃrio fechado. Dentre as pessoas do discurso, à a 2 a que mais tem sido codificada de maneira variada, nÃo sà na lÃngua portuguesa, como em diversas outras lÃnguas indo-europeias, nas quais hà um sistema dual de pronomes para a 2 PESS.: as formas T e as formas V (derivadas, respectivamente, do uso do "tu" e do "vos" latinos) â as primeiras sÃo de uso familiar ou informal, enquanto as outras denotam polidez e distanciamento. A partir da terceira dÃcada do sÃculo XX, com o uso de "vocÃ" (forma V) em variaÃÃo com "tu" (forma T), todo o quadro pronominal da lÃngua, incluindo os possessivos de 2 PESS, passou a sofrer variaÃÃo. Partindo do pressuposto defendido pela SociolinguÃstica Variacionista, sobretudo com Labov (1978; 1983; 1994; 2008), de que a variaÃÃo linguÃstica se dà motivada tanto por fatores internos quanto externos ao sistema, o presente trabalho busca analisar a variaÃÃo das formas "te" e "lhe" como pronomes de 2 PESS. SING., tanto na funÃÃo de acusativo, quanto na de dativo, no portuguÃs brasileiro escrito do sÃculo XX. Para isso, utiliza uma amostra de 186 cartas pessoais escritas entre 1940 e 2000, obtidas numa busca entre os habitantes do municÃpio de QuixadÃ, no SertÃo Central cearense. As cartas coletadas sÃo de pessoas do povo, isto Ã, nÃo de profissionais da linguagem, tendo sido trocadas entre amigos ou parentes. Como metodologia, estratifica a amostra em trÃs perÃodos do sÃculo XX nos quais as cartas foram escritas (anos 1940-50, anos 1960-70 e anos 1980-90) e por gÃnero da autoria (cartas de homens e cartas de mulheres) e submete os dados ao programa computacional GoldVarb X para obter dados estatÃsticos e interpreta esses dados à luz das teorias da SociolinguÃstica Variacionista. Os resultados da pesquisa demonstraram que a variaÃÃo das formas pronominais "te"/"lhe" à condicionada por fatores linguÃsticos, como a forma do verbo, a posiÃÃo do pronome e a presenÃa de forma V antes de "te" ou "lhe", e que, apesar de mais frequente do que o uso de "te", o uso de "lhe" sofreu declÃnio ao longo dos trÃs perÃodos de tempo analisados. |
| publishDate |
2014 |
| dc.date.issued.fl_str_mv |
2014-03-31 |
| dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
| dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
| status_str |
publishedVersion |
| format |
masterThesis |
| dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12192 |
| url |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12192 |
| dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
| language |
por |
| dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
| eu_rights_str_mv |
openAccess |
| dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
| dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
| dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃstica |
| dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFC |
| dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
| publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
| dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |
| reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
| collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
| instname_str |
Universidade Federal do Ceará |
| instacron_str |
UFC |
| institution |
UFC |
| repository.name.fl_str_mv |
-
|
| repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
| _version_ |
1643295190115418112 |