A imagem e o som pela máquina

Bibliographic Details
Main Author: Azevedo, Miguel Ângelo de
Publication Date: 1973
Format: Article
Language: por
Source: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
dARK ID: ark:/83112/001300000913t
Download full: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51017
Summary: Depois de conseguir comunicar-se com seu semelhante através do som das palavras, o homem sentiu a necessidade de registrar esse som, mas a gravação do som, na época, não era sequer concebível pela mente humana, de forma que foi necessária a transformação do som em sinais convencionais que passaram a ser gravados em pedra, pergaminho etc., recebendo depois o nome de escrita. Como o som, a imagem também foi gravada. Ao ser lida a mensagem, voltava-se a ouvir o som, ao mesmo tempo em que se observavam os desenhos das figuras, tendo-se assim a reprodução da imagem e do som anteriormente gravada. Essa sensação sentiu Champolion ao decifrar os hieróglifos. Enquanto o homem não conseguia inventar u'a máquina que gravasse mecânica ou eletronicamente o som, sonhava com ela e expressava seu desejo através de lendas. Por volta de 2 000 anos antes de Cristo uma velha lenda chinesa contava que um imperador recebeu de presente de um seu súdito um cofre que tinha a capacidade de guardar u'a mensagem, misteriosamente, que era restituída da mesma forma ao abrir-se o cofre. Têm-se notícias de uma "cabeça falante", do filósofo alemão e monge dominicano Alberto Magno, o Grande (1193 - 1289), no século XIII. François Rabelais (+ - 1490 - 1553), humorlsta francês que publicou o Pantagruel em 1533, em seu capítulo LVI do terceiro livro, publicado em 1546, dizia: "Palavras ditas durante uma batalha sobre o mar glacial degelavam um pouco mais tarde", ainda: "Eu queria guardar umas palavras no óleo como se podem guardá-Ias no gelo". Segundo cronistas da época, em 1590 um italiano chamado Posta teria inventado um tubo de chumbo que "aprisionava" a voz. Ao abrir-se o tubo, a voz era restituída da mesma forma.[...]
id UFC-7_bcea2185b36e01bd3bbf2b35df746db0
oai_identifier_str oai:repositorio.ufc.br:riufc/51017
network_acronym_str UFC-7
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository_id_str
spelling A imagem e o som pela máquinaImagem - gravaçãoSom - gravaçãoImagem - aspectos comunicacionaisSom - aspectos comunicacionaisDepois de conseguir comunicar-se com seu semelhante através do som das palavras, o homem sentiu a necessidade de registrar esse som, mas a gravação do som, na época, não era sequer concebível pela mente humana, de forma que foi necessária a transformação do som em sinais convencionais que passaram a ser gravados em pedra, pergaminho etc., recebendo depois o nome de escrita. Como o som, a imagem também foi gravada. Ao ser lida a mensagem, voltava-se a ouvir o som, ao mesmo tempo em que se observavam os desenhos das figuras, tendo-se assim a reprodução da imagem e do som anteriormente gravada. Essa sensação sentiu Champolion ao decifrar os hieróglifos. Enquanto o homem não conseguia inventar u'a máquina que gravasse mecânica ou eletronicamente o som, sonhava com ela e expressava seu desejo através de lendas. Por volta de 2 000 anos antes de Cristo uma velha lenda chinesa contava que um imperador recebeu de presente de um seu súdito um cofre que tinha a capacidade de guardar u'a mensagem, misteriosamente, que era restituída da mesma forma ao abrir-se o cofre. Têm-se notícias de uma "cabeça falante", do filósofo alemão e monge dominicano Alberto Magno, o Grande (1193 - 1289), no século XIII. François Rabelais (+ - 1490 - 1553), humorlsta francês que publicou o Pantagruel em 1533, em seu capítulo LVI do terceiro livro, publicado em 1546, dizia: "Palavras ditas durante uma batalha sobre o mar glacial degelavam um pouco mais tarde", ainda: "Eu queria guardar umas palavras no óleo como se podem guardá-Ias no gelo". Segundo cronistas da época, em 1590 um italiano chamado Posta teria inventado um tubo de chumbo que "aprisionava" a voz. Ao abrir-se o tubo, a voz era restituída da mesma forma.[...]Revista de Comunicação Social2020-03-31T11:13:56Z2020-03-31T11:13:56Z1973info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfAZEVEDO, Miguel Ângelo de. A imagem e o som pela máquina. Revista de Comunicação Social, Fortaleza (CE), v. 3, n. 1, p. 57-66, 1973.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51017ark:/83112/001300000913tAzevedo, Miguel Ângelo deinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFC2023-11-14T19:51:04Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/51017Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2023-11-14T19:51:04Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false
dc.title.none.fl_str_mv A imagem e o som pela máquina
title A imagem e o som pela máquina
spellingShingle A imagem e o som pela máquina
Azevedo, Miguel Ângelo de
Imagem - gravação
Som - gravação
Imagem - aspectos comunicacionais
Som - aspectos comunicacionais
title_short A imagem e o som pela máquina
title_full A imagem e o som pela máquina
title_fullStr A imagem e o som pela máquina
title_full_unstemmed A imagem e o som pela máquina
title_sort A imagem e o som pela máquina
author Azevedo, Miguel Ângelo de
author_facet Azevedo, Miguel Ângelo de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Azevedo, Miguel Ângelo de
dc.subject.por.fl_str_mv Imagem - gravação
Som - gravação
Imagem - aspectos comunicacionais
Som - aspectos comunicacionais
topic Imagem - gravação
Som - gravação
Imagem - aspectos comunicacionais
Som - aspectos comunicacionais
description Depois de conseguir comunicar-se com seu semelhante através do som das palavras, o homem sentiu a necessidade de registrar esse som, mas a gravação do som, na época, não era sequer concebível pela mente humana, de forma que foi necessária a transformação do som em sinais convencionais que passaram a ser gravados em pedra, pergaminho etc., recebendo depois o nome de escrita. Como o som, a imagem também foi gravada. Ao ser lida a mensagem, voltava-se a ouvir o som, ao mesmo tempo em que se observavam os desenhos das figuras, tendo-se assim a reprodução da imagem e do som anteriormente gravada. Essa sensação sentiu Champolion ao decifrar os hieróglifos. Enquanto o homem não conseguia inventar u'a máquina que gravasse mecânica ou eletronicamente o som, sonhava com ela e expressava seu desejo através de lendas. Por volta de 2 000 anos antes de Cristo uma velha lenda chinesa contava que um imperador recebeu de presente de um seu súdito um cofre que tinha a capacidade de guardar u'a mensagem, misteriosamente, que era restituída da mesma forma ao abrir-se o cofre. Têm-se notícias de uma "cabeça falante", do filósofo alemão e monge dominicano Alberto Magno, o Grande (1193 - 1289), no século XIII. François Rabelais (+ - 1490 - 1553), humorlsta francês que publicou o Pantagruel em 1533, em seu capítulo LVI do terceiro livro, publicado em 1546, dizia: "Palavras ditas durante uma batalha sobre o mar glacial degelavam um pouco mais tarde", ainda: "Eu queria guardar umas palavras no óleo como se podem guardá-Ias no gelo". Segundo cronistas da época, em 1590 um italiano chamado Posta teria inventado um tubo de chumbo que "aprisionava" a voz. Ao abrir-se o tubo, a voz era restituída da mesma forma.[...]
publishDate 1973
dc.date.none.fl_str_mv 1973
2020-03-31T11:13:56Z
2020-03-31T11:13:56Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv AZEVEDO, Miguel Ângelo de. A imagem e o som pela máquina. Revista de Comunicação Social, Fortaleza (CE), v. 3, n. 1, p. 57-66, 1973.
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51017
dc.identifier.dark.fl_str_mv ark:/83112/001300000913t
identifier_str_mv AZEVEDO, Miguel Ângelo de. A imagem e o som pela máquina. Revista de Comunicação Social, Fortaleza (CE), v. 3, n. 1, p. 57-66, 1973.
ark:/83112/001300000913t
url http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51017
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Revista de Comunicação Social
publisher.none.fl_str_mv Revista de Comunicação Social
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)
instacron:UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará (UFC)
instacron_str UFC
institution UFC
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository.mail.fl_str_mv bu@ufc.br || repositorio@ufc.br
_version_ 1834207743554093056