FORTALEZA ENTRE DUAS VISÕES: A NORMALISTA X “BELLE ÉPOQUE”. (1893 – 1930)

• Main Author: JÚNIOR, JOSÉ RIBAMAR FERREIRA
• Publication Date: 2016
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UECE
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• topic: Historia - Fortaleza - Ceara

RESUMO<br/>Esse trabalho tem como objetivo analisar a cidade de Fortaleza a partir de dois pontos de<br/>vista. Um literário e outro historiográfico. Na primeira visão, analisaremos Adolfo Caminha e<br/>A Normalista, onde sua cidade é de anti-heróis desprovidos de virtudes, todos são<br/>degenerados. A cidade do literato é local que abriga esses indivíduos, é constituída por eles,<br/>por isso, para Caminha, muito pouco sobra, senão a mesquinharia humana e uma suprema<br/>vontade de modernização para uma cidade atrasada. Na segunda visão, analisaremos a<br/>percepção de Sebastião Rogério Ponte, autor de “Fortaleza Belle Époque: reforma urbana e<br/>controle social.” Para ele a cidade é moderna, cheia de virtudes, passando por uma intensa<br/>transformação social no final do século XIX. Sua análise parece desprovida de grandes<br/>questionamentos ou mesmo de problemas. Os indivíduos todos são felizes, iguais, não há do<br/>que reclamar. Nossa problematização é uma contraposição em via de mão dupla. A<br/>Normalista contrapõe Fortaleza Belle Époque, ao passo que está a primeira. São<br/>diametralmente opostas, todavia, reais. Existiram para seus autores. Um que presenciou o<br/>período, outro que teve o privilégio do historiador, enxergar o processo e visualizar seu<br/>desenrolar. No entanto, questões tangenciadas por um por outro surgem à medida que<br/>avançamos na pesquisa. Assim nosso trabalho se deu na medida em que estas cidades se<br/>cruzam e se afastam. Seus pontos comuns e distantes. Para tanto, esse trabalho aborda a<br/>“Fortaleza Historiográfica”, falamos sobre a visão da cidade a partir da obra “Fortaleza Belle<br/>Époque”, procurando mostrar os muitos avanços e a riqueza do trabalho de Sebastião Rogério,<br/>bem como evidenciar a sua visão sobre a cidade. Na “Fortaleza Literária”, mostraremos a<br/>visão de Adolfo Caminha a partir de “A Normalista” usando o conceito de “trilinguismo”<br/>partindo da sua biografia e descrição do enredo. Por fim, “Fortaleza, entre duas visões: As<br/>táticas urbanas” buscaremos ressaltar as semelhanças e diferenças nas abordagens de nossos<br/>autores, bem como o emprego dos conceitos de “civilização” e “modernidade” em suas obras,<br/>sempre pensando nas aproximações e afastamentos um do outro, além de ser objeto as táticas<br/>“certaunianas” em Fortaleza como processo de resistência a civilização imposta.<br/>Palavras-chave: cidade; modernidade; belle époque.<br/><br/>