Riscos no posicionamento cirúrgico de cirurgias robóticas a partir de uma revisão integrativa

• Autor(a) principal: Melo, Aline Riffel
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Udesc
• dARK ID: ark:/33523/0013000001gnh
• Texto Completo: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/15766
• topic: Enfermagem perioperatória; Robótica - Cirurgia - Complicações; Pacientes - Medidas de segurança

Introdução: a cirurgia robótica é um procedimento minimamente invasivo veiculado por um robô e para obter uma intervenção cirúrgica bem-sucedida, a posição do paciente se torna essencial para reduzir desconfortos e possíveis complicações perioperatória. O enfermeiro, em conjunto com a equipe cirúrgica, decide qual o melhor posicionamento a ser utilizado de acordo com o tipo e tempo de cirurgia e recursos de proteção e segurança disponíveis. Objetivo: identificar os riscos decorrentes do posicionamento cirúrgico de cirurgias robóticas. Método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura com busca de estudos primários nas bases de dados PubMed Central, CINAHL via EBSCO e LILACS. A coleta e seleção de dados ocorreu no mês de fevereiro de 2021 seguindo as recomendações da diretriz PRISMA. Estudos publicados nos últimos cinco anos (2016-2021) e disponíveis eletronicamente nos idiomas português, inglês e espanhol foram elegíveis nesta revisão. Artigos no formato de resumo simples ou expandido, editoriais, dissertações, teses, estudos reflexivos e aqueles que não versavam sobre a temática foram excluídos. Resultados e Discussão: surgiram 102 publicações identificadas e desses quatro estudos compuseram a amostra, os quais possibilitaram a análise em uma única categoria temática: riscos e/ou complicações decorrentes do posicionamento cirúrgico robótico. As posições predominantes foram a litotômica, trendelenburg, supina e trendelenburg íngreme, em pacientes idosos, maioria da amostra, submetidos a cirurgias de prostatectomia, salpingooforectomia bilateral, histerectomia e reconstrução robótica da parede abdominal. Estes posicionamentos, evidenciados nesta revisão, estão relacionados a algumas complicações, incluindo a otorragia, hipóxia cerebral e neuropatias periféricas, vinculadas ou não a comorbidades clinicas dos pacientes. As comorbidades elevam esses riscos e o enfermeiro deve ter habilidades clinicas para planejar cuidados individualizados, em casos de complicações pós-operatórias. Considerações finais: recomenda-se que estudos futuros abordem o uso de escalas de avaliação de riscos decorrentes do posicionamento cirúrgico robôtico e posicionadores específicos para cada área corporal e para cada especialidade médica. A atuação do enfermeiro, no cenário nacional, sobre cuidados nos riscos decorrentes do posicionamento cirúrgico robótica ainda é incipiente.