Bandagem da artéria pulmonar: uma cirurgia simples? Uma análise crítica em um centro terciário

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Main Author: Valente,Acrisio Sales
Publication Date: 2009
Other Authors: Mesquita,Fernando, Mejia,Juan Alberto Cosquillo, Maia,Isabel Cristina Leite, Maior,Márcia Souto, Branco,Klébia Castelo, Pinto Jr,Valdester Cavalcante, Carvalho Jr,Waldemiro
Format: Article
Language: por
Source: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
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Summary: OBJETIVO: A bandagem da artéria pulmonar (BAP) é um procedimento tecnicamente simples, mas envolto em várias peculiaridades que o fazem apresentar elevadas taxas de morbidade e mortalidade. O objetivo deste estudo é analisar a experiência de um hospital de referência na bandagem da artéria pulmonar, avaliando e correlacionando diversas variáveis relacionadas ao procedimento. MÉTODOS: Entre janeiro de 2000 e dezembro de 2008, 61 pacientes submetidos a BAP por cardiopatia congênita de hiperfluxo no Hospital do Coração de Messejana-Fortaleza/CE foram avaliados quanto a mortalidade, complicações, permanência em ventilação mecânica (VM) e terapia intensiva (UTI), uso de drogas vasoativas, dificuldade de ajustes transoperatórios e reoperações para reajuste. Análise estatística foi realizada para comparações entre subgrupos. RESULTADOS: Em 46,8% dos pacientes, não se conseguiu o ajuste pressórico pretendido e 6,5% precisaram ser reoperados para reajustes. O tempo médio UTI e VM foi 14,16 ± 10,92 dias e 14,1 ± 49,6 dias, respectivamente. Em 82,6% dos pacientes foram administradas drogas vasoativas por 10,30 ± 12,79 dias. Complicações graves incidiram em 49,15% dos pacientes, com predominância da insuficiência cardíaca (44%). A taxa de mortalidade foi de 8,2%, não influenciada por peso, procedimentos associados ou cardiopatia univentricular ou biventricular. CONCLUSÃO: Neste estudo, a BAP foi realizada com taxas de mortalidade aceitáveis, compatíveis com a literatura mundial. No entanto, os ajustes transoperatórios são de difícil análise, tornando o procedimento complexo e justificando elevados índices de complicações, resultando em longa permanência em UTI. Nenhuma variável isolada representou significante fator de risco, dentre as quais, fisiologia uni ou biventricular
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