Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carli,Daniel de
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Correa,Nivaldo Simões, Silva,Tatiana Castelo Branco Vilar, Maradei,Eduardo Malta
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000100008
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A abordagem à via aérea pode utilizar diversos recursos. Manter o paciente acordado, cujo controle seguro da ventilação/oxigenação é incerto, constitui uma opção quando há dúvida quanto à intubação. A intubação nasotraqueal (INT) às cegas é uma alternativa à fibroscopia. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 75 anos, 56 kg, candidata à hemimandibulectomia, com imobilidade cervical por artrodese, abertura bucal de 2,2 cm, retrognatismo moderado, sem protrusão voluntária da mandíbula, distância mento-esternal de 11 cm e mento-tireoidiana de 6 cm, recebendo 5 pontos na escala Wilson. A paciente previamente orientada consentiu com o procedimento. Após monitoração e oxigenação, foi iniciada infusão contínua de dexmedetomidina. Realizado bloqueio dos nervos laríngeo superior e inferior com lidocaína a 2,0% sem vasoconstritor e instilação de lidocaína spray em hipofaringe. Previamente à INT foram administrados ondansetron, midazolam, fentanil e droperidol, permanecendo a paciente acordada e cooperativa. A inserção via nasal de tubo traqueal foi orientada pela sua opacificação e ruídos respiratórios e confirmada por ausculta pulmonar e capnografia. Iniciada infusão contínua de propofol e remifentanil, administrados rocurônio e ventilação controlada. A operação de 60 minutos não teve intercorrências. Ao término, a paciente apresentava ventilação espontânea, sendo extubada e encaminhada à recuperação pós-anestésica, recebendo alta sem queixas. CONCLUSÕES: A INT é alternativa à fibroscopia quando a segurança do controle das vias aéreas é incerta. O prévio esclarecimento da paciente foi essencial. Houve segurança, sem depressão respiratória ou instabilidade hemodinâmica.
id SBA-1_2d85a9b93e488ffaed8be6a40879a9ac
oai_identifier_str oai:scielo:S0034-70942008000100008
network_acronym_str SBA-1
network_name_str Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
repository_id_str
spelling Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de casoANESTESIA, geralINTUBAÇÃO: nasotraqueal, às cegasJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A abordagem à via aérea pode utilizar diversos recursos. Manter o paciente acordado, cujo controle seguro da ventilação/oxigenação é incerto, constitui uma opção quando há dúvida quanto à intubação. A intubação nasotraqueal (INT) às cegas é uma alternativa à fibroscopia. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 75 anos, 56 kg, candidata à hemimandibulectomia, com imobilidade cervical por artrodese, abertura bucal de 2,2 cm, retrognatismo moderado, sem protrusão voluntária da mandíbula, distância mento-esternal de 11 cm e mento-tireoidiana de 6 cm, recebendo 5 pontos na escala Wilson. A paciente previamente orientada consentiu com o procedimento. Após monitoração e oxigenação, foi iniciada infusão contínua de dexmedetomidina. Realizado bloqueio dos nervos laríngeo superior e inferior com lidocaína a 2,0% sem vasoconstritor e instilação de lidocaína spray em hipofaringe. Previamente à INT foram administrados ondansetron, midazolam, fentanil e droperidol, permanecendo a paciente acordada e cooperativa. A inserção via nasal de tubo traqueal foi orientada pela sua opacificação e ruídos respiratórios e confirmada por ausculta pulmonar e capnografia. Iniciada infusão contínua de propofol e remifentanil, administrados rocurônio e ventilação controlada. A operação de 60 minutos não teve intercorrências. Ao término, a paciente apresentava ventilação espontânea, sendo extubada e encaminhada à recuperação pós-anestésica, recebendo alta sem queixas. CONCLUSÕES: A INT é alternativa à fibroscopia quando a segurança do controle das vias aéreas é incerta. O prévio esclarecimento da paciente foi essencial. Houve segurança, sem depressão respiratória ou instabilidade hemodinâmica.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2008-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000100008Revista Brasileira de Anestesiologia v.58 n.1 2008reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942008000100008info:eu-repo/semantics/openAccessCarli,Daniel deCorrea,Nivaldo SimõesSilva,Tatiana Castelo Branco VilarMaradei,Eduardo Maltapor2008-01-17T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942008000100008Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2008-01-17T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false
dc.title.none.fl_str_mv Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso
title Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso
spellingShingle Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso
Carli,Daniel de
ANESTESIA, geral
INTUBAÇÃO: nasotraqueal, às cegas
title_short Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso
title_full Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso
title_fullStr Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso
title_full_unstemmed Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso
title_sort Intubação nasotraqueal às cegas em paciente acordada candidata à hemimandibulectomia: relato de caso
author Carli,Daniel de
author_facet Carli,Daniel de
Correa,Nivaldo Simões
Silva,Tatiana Castelo Branco Vilar
Maradei,Eduardo Malta
author_role author
author2 Correa,Nivaldo Simões
Silva,Tatiana Castelo Branco Vilar
Maradei,Eduardo Malta
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Carli,Daniel de
Correa,Nivaldo Simões
Silva,Tatiana Castelo Branco Vilar
Maradei,Eduardo Malta
dc.subject.por.fl_str_mv ANESTESIA, geral
INTUBAÇÃO: nasotraqueal, às cegas
topic ANESTESIA, geral
INTUBAÇÃO: nasotraqueal, às cegas
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A abordagem à via aérea pode utilizar diversos recursos. Manter o paciente acordado, cujo controle seguro da ventilação/oxigenação é incerto, constitui uma opção quando há dúvida quanto à intubação. A intubação nasotraqueal (INT) às cegas é uma alternativa à fibroscopia. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 75 anos, 56 kg, candidata à hemimandibulectomia, com imobilidade cervical por artrodese, abertura bucal de 2,2 cm, retrognatismo moderado, sem protrusão voluntária da mandíbula, distância mento-esternal de 11 cm e mento-tireoidiana de 6 cm, recebendo 5 pontos na escala Wilson. A paciente previamente orientada consentiu com o procedimento. Após monitoração e oxigenação, foi iniciada infusão contínua de dexmedetomidina. Realizado bloqueio dos nervos laríngeo superior e inferior com lidocaína a 2,0% sem vasoconstritor e instilação de lidocaína spray em hipofaringe. Previamente à INT foram administrados ondansetron, midazolam, fentanil e droperidol, permanecendo a paciente acordada e cooperativa. A inserção via nasal de tubo traqueal foi orientada pela sua opacificação e ruídos respiratórios e confirmada por ausculta pulmonar e capnografia. Iniciada infusão contínua de propofol e remifentanil, administrados rocurônio e ventilação controlada. A operação de 60 minutos não teve intercorrências. Ao término, a paciente apresentava ventilação espontânea, sendo extubada e encaminhada à recuperação pós-anestésica, recebendo alta sem queixas. CONCLUSÕES: A INT é alternativa à fibroscopia quando a segurança do controle das vias aéreas é incerta. O prévio esclarecimento da paciente foi essencial. Houve segurança, sem depressão respiratória ou instabilidade hemodinâmica.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-02-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000100008
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000100008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0034-70942008000100008
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Anestesiologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Anestesiologia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia v.58 n.1 2008
reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
instacron:SBA
instname_str Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
instacron_str SBA
institution SBA
reponame_str Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
collection Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
repository.mail.fl_str_mv ||sba2000@openlink.com.br
_version_ 1752126625969864704