Dor irruptiva em contexto de doença oncológica : avaliação do conhecimento de médicos e enfermeiros portugueses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bastos, Petra Morais Rosado Quintela Chaves
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/48050
Resumo: Introdução: A dor irruptiva (“breakthrough pain”) é prevalente em doentes com dor oncológica (40 a 80%) e frequentemente sub-diagnosticada e sub-tratada, estando associada a diminuição da capacidade funcional e impacto negativo na qualidade de vida. O sucesso na abordagem da dor irruptiva oncológica depende de uma adequada avaliação da dor. Objetivos: Avaliar o nível de conhecimento de médicos e enfermeiros portugueses sobre dor irruptiva oncológica e identificar fatores profissionais influenciadores desse conhecimento. Metodologia: Estudo observacional, analítico e transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi de conveniência, constituída por 429 participantes, dos quais 242 enfermeiros e 187 médicos. Foi desenvolvido um questionário especificamente para o estudo, em formato digital, constituído por questões sobre dor irruptiva oncológica, dividido em dimensões: Definição, Epidemiologia, Caracterização e Classificação, Avaliação, Tratamento e Monitorização. Foi realizado um pré-teste para avaliar a estrutura e compreensão do questionário. Efetuou-se uma análise univariada através de estatística descritiva e uma análise inferencial para o estudo de associações e correlações entre as variáveis. Resultados: Obteve-se um total de 69,4% de respostas corretas. As dimensões que evidenciaram scores mais elevados no questionário, foram a Avaliação (82,45%), a Caracterização e Classificação (72,22%), seguida da Monitorização (71,56%) e Epidemiologia (68,65%). Contrariamente, verificou-se menor percentagem de respostas corretas no Tratamento (49,19%) e na Definição (30,8%). Os médicos demonstraram melhores níveis de conhecimento comparativamente aos enfermeiros, sendo que a formação prévia em cuidados paliativos, especialmente a formação intermédia e avançada, bem como a competência em Medicina Paliativa, estiveram associadas a um nível superior de conhecimentos sobre dor irruptiva oncológica. Os profissionais que trabalhavam em contexto de serviço de urgência, internamento, consulta externa e/ou hospital de dia apresentaram melhores resultados. Verificou-se também, uma correlação entre um maior nível de conhecimento e um menor tempo de exercício profissional. Conclusões: O estudo destaca um bom nível geral de conhecimento dos médicos e enfermeiros que participaram no estudo. No entanto, existem lacunas, nomeadamente na Definição e no Tratamento da DIO. Sugere-se maior investimento institucional pré-graduado em temas curriculares que abordem dor irruptiva oncológica, bem como o acesso generalizado e facilitado a formação continua pós-graduada com foco na DIO.
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