Adesão à terapêutica na pessoa diabética tipo 2 : influência das variáveis sociodemográficas, clínicas e motivacionais
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Publication Date: | 2016 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.19/4541 |
Summary: | Enquadramento: Portugal regista uma prevalência de 12,90 % para a diabetes mellitus tipo 2. A prevalência da diabetes mellitus tipo 2 está associado às rápidas mudanças culturais e sociais, ao envelhecimento da população, à crescente urbanização, às alterações alimentares, à redução da atividade física e a estilos de vida não saudável, bem como a outros padrões comportamentais. A motivação impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Considera-se que uma elevada motivação é um fator de predisposição para uma adesão eficaz. Objetivos: Os objetivos deste estudo são: (i) Determinar a prevalência da adesão à terapêutica da pessoa com diabetes mellitus tipo 2. (ii) Analisar a relação entre a motivação da pessoa com diabetes mellitus tipo 2 e consequentemente a sua adesão à terapêutica. (iii) Identificar as variáveis sociodemográficas e clinicas que influenciam a adesão à terapêutica da pessoa com diabetes tipo 2 quando mediadas pela motivação para a adesão à terapêutica. Métodos: Estudo do tipo observacional, transversal, descritivo-correlacional e explicativo, realizado numa amostra de 181 participantes. Para a recolha de dados foi usado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma escala de motivação para o tratamento (EMT) que resulta de uma adaptação para a língua portuguesa do Treatment Self-regulation Questionnaire (TRSQ) realizada por Apóstolo, Viveiros, Nunes, Domingues (2007). E uma escala de adesão ao tratamento (MAT) de Morisky, Green e Levine (1986), traduzida, adaptada e validada para Portugal por Delgado e Lima (2001). Resultados: Constatámos que os participantes no estudo ingerem excessivamente hidratos de carbono e lípidos em relação ao recomendado. Existe um défice de acompanhamento em consultas de diabetologia. Os participantes apresentam em 91,20% dos casos complicações associadas á diabetes. Só realizam exercício físico 1 vez por semana o que é escasso. A amostra apresenta uma média de 175,64 mg/dl de glicémia capilar, o que nos indica valores acima dos padronizados. Os participantes encontram-se medicados em 96,10 % dos casos. A taxa de motivação é de 54,40% e a adesão à terapêutica acontece em 69,50 % dos casos. A prevalência da diabetes no estudo é de 65,58 %. A variável adesão é não preditora da motivação. A Escolaridade, existência de problemas saúde associados e o tempo de diabetes mediada pela motivação são as variáveis dependentes da adesão à terapêutica. Conclusões: As evidências encontradas neste estudo indicam que o grau de motivação influência a aderência ou não à terapêutica. A enfâse na tríade de tratamento é dado à medicação colocando em segundo plano a alimentação e o exercício físico. Neste sentido, atendendo às competências do enfermeiro especialista de enfermagem Médico-cirúrgica, seria de extrema importância atuar no sentido de promoção de hábitos saudáveis e ainda realçar perante os outros profissionais de saúde a importância dos determinantes do tratamento na diabetes mellitus tipo 2. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; Adesão; Motivação. |
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Adesão à terapêutica na pessoa diabética tipo 2 : influência das variáveis sociodemográficas, clínicas e motivacionaisAdesão à medicaçãoCooperação do doenteDiabetes mellitus tipo 2MotivaçãoDiabetes mellitus, type 2Medication adherenceMotivationPatient complianceEnquadramento: Portugal regista uma prevalência de 12,90 % para a diabetes mellitus tipo 2. A prevalência da diabetes mellitus tipo 2 está associado às rápidas mudanças culturais e sociais, ao envelhecimento da população, à crescente urbanização, às alterações alimentares, à redução da atividade física e a estilos de vida não saudável, bem como a outros padrões comportamentais. A motivação impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Considera-se que uma elevada motivação é um fator de predisposição para uma adesão eficaz. Objetivos: Os objetivos deste estudo são: (i) Determinar a prevalência da adesão à terapêutica da pessoa com diabetes mellitus tipo 2. (ii) Analisar a relação entre a motivação da pessoa com diabetes mellitus tipo 2 e consequentemente a sua adesão à terapêutica. (iii) Identificar as variáveis sociodemográficas e clinicas que influenciam a adesão à terapêutica da pessoa com diabetes tipo 2 quando mediadas pela motivação para a adesão à terapêutica. Métodos: Estudo do tipo observacional, transversal, descritivo-correlacional e explicativo, realizado numa amostra de 181 participantes. Para a recolha de dados foi usado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma escala de motivação para o tratamento (EMT) que resulta de uma adaptação para a língua portuguesa do Treatment Self-regulation Questionnaire (TRSQ) realizada por Apóstolo, Viveiros, Nunes, Domingues (2007). E uma escala de adesão ao tratamento (MAT) de Morisky, Green e Levine (1986), traduzida, adaptada e validada para Portugal por Delgado e Lima (2001). Resultados: Constatámos que os participantes no estudo ingerem excessivamente hidratos de carbono e lípidos em relação ao recomendado. Existe um défice de acompanhamento em consultas de diabetologia. Os participantes apresentam em 91,20% dos casos complicações associadas á diabetes. Só realizam exercício físico 1 vez por semana o que é escasso. A amostra apresenta uma média de 175,64 mg/dl de glicémia capilar, o que nos indica valores acima dos padronizados. Os participantes encontram-se medicados em 96,10 % dos casos. A taxa de motivação é de 54,40% e a adesão à terapêutica acontece em 69,50 % dos casos. A prevalência da diabetes no estudo é de 65,58 %. A variável adesão é não preditora da motivação. A Escolaridade, existência de problemas saúde associados e o tempo de diabetes mediada pela motivação são as variáveis dependentes da adesão à terapêutica. Conclusões: As evidências encontradas neste estudo indicam que o grau de motivação influência a aderência ou não à terapêutica. A enfâse na tríade de tratamento é dado à medicação colocando em segundo plano a alimentação e o exercício físico. Neste sentido, atendendo às competências do enfermeiro especialista de enfermagem Médico-cirúrgica, seria de extrema importância atuar no sentido de promoção de hábitos saudáveis e ainda realçar perante os outros profissionais de saúde a importância dos determinantes do tratamento na diabetes mellitus tipo 2. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; Adesão; Motivação.Duarte, João CarvalhoInstituto Politécnico de ViseuAbrantes, Luís Carlos Boto2018-03-10T01:30:10Z2017-03-102016-05-302017-03-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4541urn:tid:201657775porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-06T14:02:22Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4541Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T00:13:32.567994Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Enquadramento: Portugal regista uma prevalência de 12,90 % para a diabetes mellitus tipo 2. A prevalência da diabetes mellitus tipo 2 está associado às rápidas mudanças culturais e sociais, ao envelhecimento da população, à crescente urbanização, às alterações alimentares, à redução da atividade física e a estilos de vida não saudável, bem como a outros padrões comportamentais. A motivação impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Considera-se que uma elevada motivação é um fator de predisposição para uma adesão eficaz. Objetivos: Os objetivos deste estudo são: (i) Determinar a prevalência da adesão à terapêutica da pessoa com diabetes mellitus tipo 2. (ii) Analisar a relação entre a motivação da pessoa com diabetes mellitus tipo 2 e consequentemente a sua adesão à terapêutica. (iii) Identificar as variáveis sociodemográficas e clinicas que influenciam a adesão à terapêutica da pessoa com diabetes tipo 2 quando mediadas pela motivação para a adesão à terapêutica. Métodos: Estudo do tipo observacional, transversal, descritivo-correlacional e explicativo, realizado numa amostra de 181 participantes. Para a recolha de dados foi usado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma escala de motivação para o tratamento (EMT) que resulta de uma adaptação para a língua portuguesa do Treatment Self-regulation Questionnaire (TRSQ) realizada por Apóstolo, Viveiros, Nunes, Domingues (2007). E uma escala de adesão ao tratamento (MAT) de Morisky, Green e Levine (1986), traduzida, adaptada e validada para Portugal por Delgado e Lima (2001). Resultados: Constatámos que os participantes no estudo ingerem excessivamente hidratos de carbono e lípidos em relação ao recomendado. Existe um défice de acompanhamento em consultas de diabetologia. Os participantes apresentam em 91,20% dos casos complicações associadas á diabetes. Só realizam exercício físico 1 vez por semana o que é escasso. A amostra apresenta uma média de 175,64 mg/dl de glicémia capilar, o que nos indica valores acima dos padronizados. Os participantes encontram-se medicados em 96,10 % dos casos. A taxa de motivação é de 54,40% e a adesão à terapêutica acontece em 69,50 % dos casos. A prevalência da diabetes no estudo é de 65,58 %. A variável adesão é não preditora da motivação. A Escolaridade, existência de problemas saúde associados e o tempo de diabetes mediada pela motivação são as variáveis dependentes da adesão à terapêutica. Conclusões: As evidências encontradas neste estudo indicam que o grau de motivação influência a aderência ou não à terapêutica. A enfâse na tríade de tratamento é dado à medicação colocando em segundo plano a alimentação e o exercício físico. Neste sentido, atendendo às competências do enfermeiro especialista de enfermagem Médico-cirúrgica, seria de extrema importância atuar no sentido de promoção de hábitos saudáveis e ainda realçar perante os outros profissionais de saúde a importância dos determinantes do tratamento na diabetes mellitus tipo 2. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; Adesão; Motivação. |
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