Implantação coclear por surdez pós-meningite bacteriana versus surdez congénita: comparação de desempenhos

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Main Author: Simões, Ana Margarida Freire Gaspar
Publication Date: 2011
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://hdl.handle.net/10316/26083
Summary: Introdução: A meningite bacteriana é uma conhecida causa de surdez adquirida. Esta pode ter graus variáveis e consequências inevitáveis, se não reabilitada em tempo útil. O Implante coclear, como forma de reabilitação da surdez profunda, tem reconhecida eficácia, mas melhores ou piores desempenhos são possíveis em função de vários factores, nomeadamente uma introdução atraumática e total dos eléctrodos e patologia associada no doente. O implante coclear (IC) é actualmente uma solução eficaz para doentes com surdez profunda bilateral de várias causas. Tendo por base a população de crianças surdas profundas sujeitas a implante coclear para reabilitação auditiva seguidas no Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar de Coimbra E.P.E., os autores fazem a comparação estatística dos resultados do desempenho audio-oral de crianças com surdez pós-meningite e crianças com surdez de causa congénita. Objectivo: Avaliar os resultados das capacidades audio-orais (performance auditiva, produção de fala e voz) com implante coclear em crianças com surdez profunda pós-meningite bacteriana e compara-los com os resultados de crianças com surdez profunda de causa congénita. Metodologia: Estudo retrospectivo baseado na revisão dos casos de crianças surdas profundas admitidas no programa de reabilitação auditiva com IC no CHC E.P.E. Fase 1: Revisão dos casos de crianças implantadas por surdez profunda após meningite bacteriana (24 casos). Fase 2: Criação de 2 grupos: Grupo A. crianças cuja causa de surdez foi meningite em idade pré e peri-lingual (21 casos, média de idades 35,67 meses, tempo médio de uso de implante coclear 9,88 anos; dp 3,92); Grupo B. Crianças com surdez congénita (314 casos, média de idades 35,49 meses; tempo médio de uso de implante coclear 6,90 anos, dp 4,59); Instrumentos de avaliação do desempenho com IC nos 2 grupos: A. Performance auditiva [Audiometria Tonal, Audiometria Vocal, Discriminação de Monossílabos, Números e Frases, Escala de Integração Auditiva (MAIS), Categorias de Performance Auditiva (CAP), Teste de Percepção da Palavra], B. Produção de fala [Escala de Utilização da Fala (MUSS), Racio de Inteligibilidade do Discurso (SIR), Teste de Articulação] C. Voz (Grelha de Avaliação das Características Vocais). Resultados: Os resultados dos testes das capacidades audio-orais para audição, produção de fala e voz foram semelhantes no grupo das crianças implantadas pós-meningite e no grupo implantado por surdez congénita (os valores de p foram superiores a 0,05 em todos os testes, excepto, o teste SIR p=0,004). Conclusões: Não houve diferenças estatisticamente significativas nos testes das capacidades audio-orais entre os 2 grupos estudados; o desempenho com IC foi semelhante. A meningite, como causa da surdez profunda ou total, não foi um factor de prognóstico desfavorável em crianças sujeitas a implante coclear (com aplicação precoce do IC, sem ossificação coclear), quando comparadas com as crianças com surdez profunda congénita.
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