Poderão as estatinas provocar disfunção eréctil em homens adultos?
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Summary: | Introdução: A disfunção eréctil (DE) é definida como uma incapacidade persistente de conseguir iniciar e manter uma erecção suficiente que permita ter uma performance sexual satisfatória. Esta pode ter uma etiologia neuropática, vascular, psicogénica ou endócrina, sendo vários os factores que contribuem ou agravam a DE. As estatinas, fármacos utilizados no tratamento das dislipidemias, poderão diminuir a produção de hormonas esteróides (por diminuição do colesterol, precursor da maioria das hormonas sexuais) e, por conseguinte, levar à diminuição dos níveis de testosterona, provocando assim disfunção eréctil. Objectivo: Rever a evidência existente sobre o impacto das estatinas na função eréctil. Metodologia: Pesquisa de revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos controlados e aleatorizados e normas de orientação clínica publicados nas principais bases de dados (National Guidelines Clearinghouse, Guidelines Finder, CMA Infobase, The Cochrane Library, Bandolier, Embase e MEDLINE/PubMed), em Português, Inglês, Castelhano e Francês, com os termos MeSH Erectile Dysfunction AND Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors, no dia 23/05/2017. A avaliação da qualidade da evidência foi feita com recurso à escala SORT. Critérios de inclusão: Estudos com indivíduos do sexo masculino com idade ≥ 18 anos enquadrados nos termos de pesquisa. Da pesquisa foram excluídos todos os artigos anteriores à última revisão sistemática da literatura encontrada em cada base de dados. Resultados: Dos 52 artigos encontrados, após exclusão dos artigos que não se enquadravam no tema, artigos repetidos e artigos anteriores à última revisão sistemática da literatura em cada base de dados, três artigos cumpriam os critérios de inclusão: uma revisão sistemática e meta-análise, uma meta-análise e um artigo original). Apesar dos artigos serem heterogéneos, a maioria parece indicar que as estatinas poderão melhorar a DE ou reduzir o risco do seu aparecimento. Conclusões: Da pesquisa efectuada conclui-se que as estatinas parecem diminuir sintomas de disfunção eréctil (força de recomendação B). Contudo, os estudos incluídos nas revisões sistemáticas e meta-análise analisadas são de curta duração e a maioria não avalia os níveis de testosterona no início e no fim do estudo, impedindo correlacionar a toma de estatinas com um hipogonadismo fármaco-induzido que poderia agravar ou manifestar a DE. Mais ensaios clínicos aleatorizados, com mais dados clínicos e laboratoriais e um maior tempo de follow-up serão necessários para melhor esclarecer os efeitos das estatinas na DE. |
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Poderão as estatinas provocar disfunção eréctil em homens adultos?Disfunção eréctilEstatinasInibidores da hidroximetilglutaril-CoA reductaseHipogonadismoIntrodução: A disfunção eréctil (DE) é definida como uma incapacidade persistente de conseguir iniciar e manter uma erecção suficiente que permita ter uma performance sexual satisfatória. Esta pode ter uma etiologia neuropática, vascular, psicogénica ou endócrina, sendo vários os factores que contribuem ou agravam a DE. As estatinas, fármacos utilizados no tratamento das dislipidemias, poderão diminuir a produção de hormonas esteróides (por diminuição do colesterol, precursor da maioria das hormonas sexuais) e, por conseguinte, levar à diminuição dos níveis de testosterona, provocando assim disfunção eréctil. Objectivo: Rever a evidência existente sobre o impacto das estatinas na função eréctil. Metodologia: Pesquisa de revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos controlados e aleatorizados e normas de orientação clínica publicados nas principais bases de dados (National Guidelines Clearinghouse, Guidelines Finder, CMA Infobase, The Cochrane Library, Bandolier, Embase e MEDLINE/PubMed), em Português, Inglês, Castelhano e Francês, com os termos MeSH Erectile Dysfunction AND Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors, no dia 23/05/2017. A avaliação da qualidade da evidência foi feita com recurso à escala SORT. Critérios de inclusão: Estudos com indivíduos do sexo masculino com idade ≥ 18 anos enquadrados nos termos de pesquisa. Da pesquisa foram excluídos todos os artigos anteriores à última revisão sistemática da literatura encontrada em cada base de dados. Resultados: Dos 52 artigos encontrados, após exclusão dos artigos que não se enquadravam no tema, artigos repetidos e artigos anteriores à última revisão sistemática da literatura em cada base de dados, três artigos cumpriam os critérios de inclusão: uma revisão sistemática e meta-análise, uma meta-análise e um artigo original). Apesar dos artigos serem heterogéneos, a maioria parece indicar que as estatinas poderão melhorar a DE ou reduzir o risco do seu aparecimento. Conclusões: Da pesquisa efectuada conclui-se que as estatinas parecem diminuir sintomas de disfunção eréctil (força de recomendação B). Contudo, os estudos incluídos nas revisões sistemáticas e meta-análise analisadas são de curta duração e a maioria não avalia os níveis de testosterona no início e no fim do estudo, impedindo correlacionar a toma de estatinas com um hipogonadismo fármaco-induzido que poderia agravar ou manifestar a DE. Mais ensaios clínicos aleatorizados, com mais dados clínicos e laboratoriais e um maior tempo de follow-up serão necessários para melhor esclarecer os efeitos das estatinas na DE.Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2019-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000600008Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar v.35 n.6 2019reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000600008Ribeiro,Ricardo PintoCavaleiro,IsaJesus,JoanaSalta,Emíliainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:27:56Zoai:scielo:S2182-51732019000600008Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T13:15:08.757551Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Introdução: A disfunção eréctil (DE) é definida como uma incapacidade persistente de conseguir iniciar e manter uma erecção suficiente que permita ter uma performance sexual satisfatória. Esta pode ter uma etiologia neuropática, vascular, psicogénica ou endócrina, sendo vários os factores que contribuem ou agravam a DE. As estatinas, fármacos utilizados no tratamento das dislipidemias, poderão diminuir a produção de hormonas esteróides (por diminuição do colesterol, precursor da maioria das hormonas sexuais) e, por conseguinte, levar à diminuição dos níveis de testosterona, provocando assim disfunção eréctil. Objectivo: Rever a evidência existente sobre o impacto das estatinas na função eréctil. Metodologia: Pesquisa de revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos controlados e aleatorizados e normas de orientação clínica publicados nas principais bases de dados (National Guidelines Clearinghouse, Guidelines Finder, CMA Infobase, The Cochrane Library, Bandolier, Embase e MEDLINE/PubMed), em Português, Inglês, Castelhano e Francês, com os termos MeSH Erectile Dysfunction AND Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors, no dia 23/05/2017. A avaliação da qualidade da evidência foi feita com recurso à escala SORT. Critérios de inclusão: Estudos com indivíduos do sexo masculino com idade ≥ 18 anos enquadrados nos termos de pesquisa. Da pesquisa foram excluídos todos os artigos anteriores à última revisão sistemática da literatura encontrada em cada base de dados. Resultados: Dos 52 artigos encontrados, após exclusão dos artigos que não se enquadravam no tema, artigos repetidos e artigos anteriores à última revisão sistemática da literatura em cada base de dados, três artigos cumpriam os critérios de inclusão: uma revisão sistemática e meta-análise, uma meta-análise e um artigo original). Apesar dos artigos serem heterogéneos, a maioria parece indicar que as estatinas poderão melhorar a DE ou reduzir o risco do seu aparecimento. Conclusões: Da pesquisa efectuada conclui-se que as estatinas parecem diminuir sintomas de disfunção eréctil (força de recomendação B). Contudo, os estudos incluídos nas revisões sistemáticas e meta-análise analisadas são de curta duração e a maioria não avalia os níveis de testosterona no início e no fim do estudo, impedindo correlacionar a toma de estatinas com um hipogonadismo fármaco-induzido que poderia agravar ou manifestar a DE. Mais ensaios clínicos aleatorizados, com mais dados clínicos e laboratoriais e um maior tempo de follow-up serão necessários para melhor esclarecer os efeitos das estatinas na DE. |
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