Para além da consulta…

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Botas, Philippe
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Santiago, Luiz Miguel, Constantino, Liliana, Miranda, Paula
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/8002
Resumo: Enquadramento: A hipertensão arterial (HTA) é o problema crónico de saúde mais comum nas sociedades ocidentais, com regras estabelecidas de avaliação longitudinal para o diagnóstico, obrigando a trabalho clínico com o paciente para aceitação do diagnóstico e do plano terapêutico. A pressão arterial (PA) é uma medida fisiológica de grande variabilidade, condicionada por vários factores que devem considerados no processo de avaliação. Descrição do Caso: Sexo feminino, 44 anos, assistente de tesouraria, sem registo de problemas activos e com antecedentes familiares de enxaqueca, pertencente a uma família nuclear, percepcionada como altamente funcional, de classe média-alta em fase V do ciclo de vida de Duvall. Recorre à consulta em Fevereiro/2011, com quadro de cefaleia e PA elevada. Foi confirmada PA elevada e enquadrou-se a avaliação do diagnóstico de enxaqueca. Feito aconselhamento para alteração do estilo de vida, com indicação para auto-medição da pressão arterial (AMPA). Consultas de reavaliação a 11 de Março, 7 de Abril e 4 de Maio. O registo da PA em ambulatório revelou um padrão de valores mais elevados ao fim do dia, identificando-se condições de trabalho stressantes. A medição da PA em consulta foi mais elevada do que valores de auto-medição. Realizou tonometria planar de absorção a 14/03/2011 que indicou aumento da PA central. A destacar na restante avaliação complementar uma dislipidémia mista. Estabeleceu-se o diagnóstico de HTA sem complicações. A escalada terapêutica iniciou-se com a prescrição de Verapamilo 120mg ao jantar, seguida da associação de Perindopril 4mg ao jantar (posteriormente na dose de 8 mg, id) e de Propranolol 10 mg 2id. A PA está agora controlada bem como a cefaleia. Discussão: A apresentação deste caso tem como objectivo alertar para a importância de uma abordagem holística e metódica na prática clínica. Perante o diagnóstico de HTA, deve ser considerada a influência de múltiplos factores. A evidência aponta a AMPA como método de avaliação diagnóstica mais indicado ao capacitar e empoderar o utente. O controlo adequado da PA beneficia deste processo de decisão clínica partilhada assim como da utilização dos medicamentos segundo perspectiva terapêutica individualizada e integrada.
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