Narrativa-jogo: a interatividade em Você Radical e no filme Erica: Game-Narrative: the Interactivity in You vs Wild and in the Film Erica

• Autor(a) principal: Marafon, Luciano
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Araujo, Denize
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Texto Completo: https://doi.org/10.34623/y13t-8k41
• topic: Interatividade; Cinema; Videogame; TV

As narrativas interativas são pensadas há muito tempo, porém o que percebemos nas últimas décadas é uma reestruturação da interatividade. O primeiro filme interativo (Kinoautomat) foi lançado em 1967. Com o avanço da tecnologia, devido a um cenário de “pós-mídia”, observam-se novas possibilidades de interações com a tela que antes eram inimagináveis (Guattari, 1990). Se no início do século passado foram produzidos curtas experimentais que não tinham uma narratividade inclusiva, hoje o espectador é também construtor da narrativa, um “espectador-usuário” (Renó, 2007), como parte de um cinema expandido, por vezes se aproximando da videoarte e dos games, outras vezes entrando em museus ou se inserindo na TV. Também podemos pensar no termo “interatores”, que podem realizar ações significativas para a mudança da sua experiência na narrativa (Murray, 2001). Para essa discussão, selecionamos o programa de TV Você Radical (2019), que se transformou em um conteúdo original Netflix, desconfigurando sua própria proposta para a TV tradicional através da interatividade, e também o filme interativo do PS4 Erica (2019). Com o filme-jogo Erica discutimos não somente a figura do espectador, mas também a relação entre dispositivos, onde a narrativa pode ser alterada pelo jogador/interator utilizando o smartphone como complemento à essa interatividade proposta pela narrativa.